RESUMO Este artigo intenciona promover reflexões sobre vivências e aprendizagens de jovens estudantes da Licenciatura em Educação do Campo (UFRB), no período da pandemia da Covid-19. Nesse sentido, buscou-se discutir quais estratégias são utilizadas pelos jovens na construção de condições para produzir a vida em tempos de pandemia, identificando implicações econômicas, sócio/culturais e políticas nos modos de ser e resistir, que já se apresentam como características destes estudantes. O texto emerge como uma das ações do projeto“Entre desafios e aprendizagens: repercussões da pandemia para a vida de jovens da Educação do Campo-CETENS/UFRB”, vinculado ao grupo de pesquisa Educação e Diversidade (GEPED/UFRB). Ratificando a crença de que entendemos como relevante a valorização das falas dos jovens, no sentido de compreendermos seus anseios, dilemas e modos de existir e resistir, validamos as narrativas dos jovens universitários a partir de um viés metodológico (auto)biográfico, de escuta e acolhimento. Para isso, foram realizadas rodas de conversas e entrevistas narrativas em ambiente virtual com estudantes integrantes do projeto, em um movimento de escuta sensível para o que dizem, de modo a nos dar subsídios de enfrentamento das questões da permanência na Universidade, no período pós-pandemia. A partir da pesquisa desenvolvida, algumas conclusões apontam para a riqueza das aprendizagens construídas pelos jovens no enfrentamento das adversidades provocadas pela pandemia e revelam a necessidade de novos estudos que valorizem os estudantes como produtores de conhecimentos em suas vivências cotidianas, permitindo-nos repensar as experiências pedagógicas e as estratégias de permanência destes jovens na Universidade.
O presente artigo tem como objetivo apresentar resultados de pesquisa vinculada ao projeto Multisseriação e trabalho docente: diferenças, cotidiano escolar e ritos de passagem (FAPESB/CNPq) e propõe, a partir das narrativas de vida e de leitura, uma reflexão sobre os percursos formativos e a atuação docente de quatro professoras de classes multisseriadas que atuam no munic ípio de Amargosa/Bahia, no entendimento de como estas profissionais se formam como leitoras e como formam leitores. O estudo ancorou-se metodologicamente nos pressupostos da abordagem (auto)biográfica, com ênfase nas narrativas docentes.
O texto discute questões relacionadas aos ritos de passagem de estudantes de escolas rurais para escolas na cidade, com o objetivo de entender como a transição entre o território rural e urbano produz (des)encontros e (re)configurações nos alunos de escolas rurais, à medida que suas identidades são desvalorizadas, modificadas e até anuladas pelo projeto de sociedade da escola urbana. Metodologicamente, nos apoiamos em princípios da abordagem (auto)biográfica com a utilização de entrevistas narrativas como dispositivos de pesquisa. Os resultados indicam a necessidade de maior atenção aos alunos que ingressam no espaço escolar, sobretudo aqueles oriundos dos territórios rurais, desdobrando-se em modos próprios de acompanhamentos dos seus processos de inserção escolar e de aprendizagens. A escola precisa respeitar e valorizar as especificidades de cada estudante, notadamente, no que se refere a sua origem, suas expectativas e maneiras de ser e viver, sem qualquer discriminação e assegurando sua permanência como um direito social.
RESUMOO texto discute questões vivenciadas por jovens rurais que, para dar continuidade aos estudos, precisam se deslocar diariamente para escolas da cidade. Esse movimento, entendido como rito de passagem, provoca conflitos, desencontros e reconfigurações nos estudantes, que, para se adaptarem às novas exigências da escola, professores e demais colegas, se veem forçados a assumir uma identidade urbana. O estudo ancora-se, metodologicamente, em princípios da abordagem (auto)biográfica, com a utilização de entrevistas narrativas como dispositivo de pesquisa. A pesquisa conclui que há necessidade de que os professores que acolhem esses alunos e alunas, na escola urbana, repensem seus currículos, discursos e práticas pedagógicas, de modo a respeitar e valorizar as especificidades de cada estudante, evitando a discriminação e a exclusão destes sujeitos.Palavras-chave: Juventudes rurais. Rito de passagem. Pesquisa (auto)biográfica. Reconfiguração identitária. ABSTRACTThe text discusses issues experienced by rural young people who, to continue their studies, need to travel daily to schools in the city. This movement, understood as a rite of passage, causes conflicts, mismatches and reconfigurations in the students, who, in order to adapt to the new demands of the school, teachers and other colleagues, are forced to assume an urban identity. The study is methodologically based on the principles of the (auto) biographical approach, using narrative interviews as a research device. The research concludes that there is a need for teachers who welcome these students in urban schools to rethink their curricula, discourses and pedagogical practices, in order to respect and value the specificities of each student, avoiding discrimination and exclusion of these subjects. RESUMENEl texto discute aspectos vivenciados por jóvenes rurales que, para dar continuidad a sus estudios, necesitan desplazarse diariamente para escuelas de la ciudad. Ese desplazamiento, entendido como rito de pasaje, provoca conflictos, desencuentros y reconfiguraciones en los estudiantes, que, para adecuarse a las nuevas exigencias de la escuela, de los profesores y demás colegas se ven forzados a asumir una identidad urbana. El estudio se ancorase metodológicamente, en principios de abordaje (auto)biográfico con la utilización de entrevistas narrativas como dispositivo de indagación. La investigación concluye que es necesario que los profesores que acogen a esos alumnos y alumnas en la escuela urbana repiensen sus currículos, discursos y prácticas pedagógicas, de modo que se respete y se valorice las especificidades de cada estudiante para evitar la discriminación y la exclusión de estos sujetos.
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