Objetivo. Identificar e compilar os achados de estudos observacionais que analisaram a relação de fatores do ambiente alimentar escolar e individuais de consumo na escola com excesso de peso em escolares da América do Sul no período de 2011 a 2021. Métodos. A pesquisa foi realizada em cinco bases de dados (PubMed, Web of Science, SciELO, Scopus e LILACS) e no Google Scholar, além de consulta a especialistas. Foram selecionados estudos observacionais com escolares de 5 a 19 anos, realizados na América do Sul, que usaram medidas objetivas para avaliar excesso de peso, como o índice de massa corporal (Organização Mundial da Saúde e/ou International Obesity Task Force), em associação a fatores do ambiente alimentar escolar e individuais de consumo na escola. O protocolo foi registrado na plataforma PROSPERO (CRD42020212383). Resultados. Dos 906 registros identificados, 13 estudos transversais (um da Argentina, um do Equador e 11 do Brasil) foram incluídos na revisão. As prevalências variaram de 7,5% a 32,5% para sobrepeso e 1,7% a 28,0% para obesidade. Fatores do ambiente alimentar escolar, dos domínios político e físico (como educação alimentar e nutricional insatisfatória e indisponibilidade de refeições preparadas na escola) se associaram com maiores prevalências de excesso de peso. Fatores individuais relacionados à adesão ao programa de alimentação escolar (como consumo da alimentação oferecida pela escola ao invés de lanche trazido de casa) se associaram a menores prevalências de excesso de peso. Conclusões. São escassos os estudos sul-americanos enfocando a associação entre fatores do ambiente alimentar escolar e/ou individuais e excesso de peso em escolares. As evidências restritas a contextos locais ou regionais incentivam novos estudos de abrangência nacional.
This study attempted to reflect on health promotion and prevention using diferente types of knowledge, in the context of the COVID-19 pandemic. We carried a bibliography review based on scientific evidence and traditional knowledge from a multisystemic health perspective. It included nutritional aspects, physical activity, and integrality of health care in a holistic approach, transcending scientifically produced understanding for the discussion of traditional knowledge and other cultural elements of extreme importance. Because of the accumulated information in health and nutrition, a reflection of the biocultural arsenal is emphasized in the comprehension of integral health in confronting the demands resulting from the pandemic.
O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência de duas mães de crianças menores de cinco anos com desnutrição internadas no Hospital do distrito da Massinga em Moçambique (África), visando problematizar as questões da realidade em que se encontram. Trata-se de um trabalho observacional de relato de casos, descritivo com delineamento qualitativo. Os dados foram coletados em 2021 pelo nutricionista clínico responsável da pesquisa por meio da metodologia de itinerário terapêutico, a partir de entrevistas semiestruturadas de acordo com um roteiro guia de perguntas abertas com duas mães, na qual uma mãe tenha realizado o aleitamento materno e a outra não. A seleção foi aleatória de acordo com os critérios de inclusão do estudo, como ser mãe de uma criança menor de cinco anos com internação por desnutrição. Os dados foram transcritos e codificados preservando a identidade das entrevistadas para posterior organização em uma linha do tempo e ideias centrais. A partir do itinerário terapêutico foi permitido conhecer as vivências das mães moçambicanas e suas dificuldades com a saúde materna e da criança. Como a responsabilização pela alimentação da criança e a falta de orientações do serviço de saúde quanto ao aleitamento materno e a introdução alimentar da criança. Os resultados sugerem a existência da falta de uma rede de proteção suportada por políticas públicas adequadas e a importância dos conhecimentos tradicionais, ressaltando a pesquisa qualitativa para o conhecimento de realidades.
O estudo do sistema alimentar não encontra explicação somente na lógica da produção ou de necessidades nutricionais. Neste contexto, este artigo objetivou, descrever os sistemas alimentares, incluindo os ambientes alimentares, buscando compreender suas possíveis influências na segurança alimentar e nutricional (SAN). Trata-se de estudo de caso, de caráter descritivo, de abordagem qualitativa, realizado no distrito de Sussundenga em Moçambique. O delineamento do trabalho foi realizado por meio da observação sistemática com diário de campo e mapa-falante, envolvendo as comunidades de Sussundenga-sede, Munhinga e Chidowa, como base para um modelo explicativo das interações e influências entre as diversas variáveis. Os resultados mostram que o sistema alimentar, nos componentes geofísicos e ambientais, com destaque para as mudanças climáticas, pode ser dos componentes que mais pode afetar a SAN das comunidades, incluindo os ambientes alimentares. Por sua vez, a análise dos ambientes alimentares permitiu constatar que o ambiente nas vias públicas pode apresentar maiores riscos à saúde humana, sobretudo, às crianças, em parte devido a questões ligadas à exposição de alimentos em condições higiênico sanitárias deficientes, suscetíveis de originar doenças que podem causar a desidratação devido a vômitos e diarréias, quando consumidos os alimentos nas condições em que são comercializados. Assim, são necessárias estratégias e ações para a melhoria dos sistemas alimentares, enfatizando a conscientização e a resiliência da população, na melhoria das escolhas alimentares com vista a promoção da saúde e prevenção de doenças, por meio da qualidade nutricional e segurança dos alimentos.
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