Este artigo pretende discutir as relações entre corpo, cidade e sexualidade (SANTAELLA, 2004; HISSA & NOGUEIRA, 2013), a partir das interferências da travesti Gilda, em Curitiba, nas décadas de 70 e 80, e que, por sua vez, deram origem a vários movimentos artísticos, na música, no teatro e no cinema. Para subsidiar as interpretações em relação à Modernidade, PósModernidade e cidade, enquanto espaço-tempo do trânsito dos corpos, foram emprestadas as reflexões de Baudelaire, Benjamin, Canclini e Sarlo.
Por meio da análise de dois romances de José Eduardo Agualusa, O ano em que Zumbi tomou o Rio (2002) e de A rainha Ginga (2014), publicado no Brasil em 2015, pretende-se estudar a centralidade que as culturas de Língua Portuguesa exercem em sua produção desde 1997. No caso dos dois romances, o protagonismo é emprestado a duas personagens históricas de culturas de origem africana, Zumbi e Ginga, que compõem um intrincado tabuleiro de identidades na triangulação lusófona desenhada pelo Oceano Atlântico. A reflexão sobre língua, poesia e tradução constituem, contudo, a tônica nunca ausente dos romances e contos desse prosador angolano.
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