Neste artigo, buscaremos entender o uso do esporte como ferramenta diplomática e política por países, governos e seus comitês olímpicos, procurando entender o movimento de boicote aos jogos dentro do contexto de disputa política da Guerra Fria e da disputa ideológica entre comunismo e capitalismo. Para isso, é necessário compreender as origens do Esporte Moderno e dos Jogos Olímpicos modernos, em seus contextos e conjunturas iniciais. Analisaremos outro caso de combinação explícita entre esportes e política: o caso das Olimpíadas de Berlim de 1936, realizadas durante o governo nazista de Adolf Hitler. Em seguida, enfocaremos o caso das Olimpíadas de Moscou de 1980, em seu contexto de aumento das tensões entre Estados Unidos e União Soviética e da politização dos jogos através do boicote.
Desde a chegada das primeiras levas imigratórias provenientes do Oriente Médio ao final do século XIX, o fluxo de imigrantes de origem árabe manteve-se, em maior ou menor intensidade, ao longo do século XX em decorrência de conflitos mundiais, regionais e locais, com destaque para a Guerra Civil do Líbano (1975-1990) e a Questão da Palestina em decorrência da Nakba de 1948. As primeiras décadas do século XXI também fizeram chegar ao país as populações oriundas de cenários mais recentes da crise humanitária, deflagrada com a Guerra Civil da Síria em curso desde 2011. Nessa perspectiva, a proposta deste dossiê foi, desde o princípio, congregar a nova produção acadêmica voltada ao estudo das diferentes migrações entre a região do Oriente Médio e o Brasil, desde uma perspectiva histórica que considerasse o início desse fluxo em meados do século XIX, até a chegada de populações solicitantes da condição de exílio e de refúgio na atualidade. Novas definições (diáspora, refúgio) juntam-se aos termos consolidados (imigrantes, retornados) em estudos dessa natureza, enquanto adaptação, contribuição e inserção dessa população no cenário nacional vão sendo colocadas em xeque com o debate sobre as questões identitárias e de pertencimento.
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