RESUMO -O presente artigo discute algumas das pesquisas recentes sobre o desenvolvimento do Self dialógico nos primeiros anos de vida. Revisamos os estudos publicados que tinham como fundamento teórico a emergência do Self. Identificamos que existe um rápido crescimento de pesquisas com bebês, contudo, pesquisas em fases iniciais de alfabetização são praticamente ausentes, a lacuna mais significativa se estende dos 4 aos 6 anos. Encontramos, ainda, que o modelo adulto da Teoria do Self Dialógico tenta ser adaptado para crianças, mas esse modelo precisa de transformações para dar conta dos processos de desenvolvimento do Self. Concluímos que, para a realização de pesquisas com crianças, seja incluída a análise microgenética de interações sociais das crianças em contextos específicos, com vistas ao estudo da emergência de seus processos de desenvolvimento.Palavras-chave:Teoria do Self Dialógico, desenvolvimento, emergência Dialogical Self Development in Early Life: Theory and ResearchABSTRACT -This article discusses some recent studies on the development of the dialogical self during the first years of life. We reviewed published studies that had the emergence of self as a theoretical basis. We identified an increasing number of studies with babies. However, studies realized during the early stages of literacy are absent, and the most significant gap extends from 4-to-6-year-old children. We found that there are attempts to adapt the adult model of the Dialogical Self Theory for children, but this model needs to change to account for processes of the development of self. We conclude by arguing that there is a need for microgenetic analysis of children's social interactions within specific contexts, in order to study the emergence of their development processes.Keywords: Dialogical Self Theory, development, emergence (Hermans & Hermans-Konopka, 2010). Recentemente, um número especial da revista Interacções (2013), publicado em Portugal, em língua inglesa, reuniu alguns importantes avanços teóricos da psicologia dialógica.Considerando a relevância do tema e o fato de a literatura em português ser ainda restrita (Santos & Gomes, 2010), o presente artigo tem por objetivo abordar a Teoria do Self Dialógico (Hermans, 2001;Hermans & Hermans-Konopka, 2010) na interface com a psicologia do desenvolvimento humano de caráter cultural (Bertau, 2012;Bertau & Gonçalves, 2007;Fogel, Koeyer, Bellagamba, & Bell, 2002;Lyra, 2007). Não pretendemos, no entanto, apresentar uma revisão da literatura sobre a temática do self dialógico, mas sim descrever e discutir concepções e elaborações teóricas acerca do desenvolvimento do self dialógico na infância, com base na psicologia dialógica. Para tanto, será dada ênfase ao contexto das relações dialógicas construídas pela criança, desde o nascimento até, aproximadamente, os 7anos de vida.A Teoria do Self Dialógico tem sido desenvolvida, principalmente, com base na narrativa de adultos, mas, nos últimos 10 anos, a literatura mostra um substancial incremento do estudo destes estudos durante o...
Ao meu irmão, meu sobrinho e minha família em geral, pelo carinho e amor que me expressam a cada dia.À minha querida orientadora Angela, que me acolheu quando eu mais necessitava, sempre acreditou em mim, apoiou-me incondicionalmente e me ensinou com paciência e carinho que é possível ser uma acadêmica generosa. Sem ela este triunfo não seria possível.À professora Maria Claudia, que em vários momentos contribuiu para o meu processo formativo, primeiro, como coordenadora do programa e, posteriormente, como parte do LabMis, onde consegui elaborar muitos dos conceitos que fazem parte deste trabalho.A Telma e Rossana, amigas incondicionais durante estes quatro anos, que me ensinaram sobre a vida, forneceram-me apoio emocional e fizeram deste tempo uma viagem divertida e fascinante.A Paula Calaçães, que me assistiu durante a pesquisa e que com muito esforço, dedicação e carinho, participou de maneira ativa neste processo.A Sandra, que me apoiou emocional e academicamente, inspirando muitas de minhas reflexões.À minha família brasileira, Celso, Zenaide e Telma, que abriram as portas de seus lares para me receber com carinho e generosidade, e sempre me fizeram sentir como alguém da família.A Mônica, Lourdes e Gina, que foram de grande apoio em um momento definitivo de mudança e desenvolvimento.À minha banca de qualificação, Elsa, Sandra e Maria Claudia, e de doutorado, Elsa, Sandra, Maria Claudia, Ana Flavia e Tatiana, cujas discussões formais e informais me permitiram dar sustento a este trabalho.iii A minhas colegas e professoras do LabMis, pelas discussões que nutriram meu trabalho, assim como também ao pessoal do PGPDS e, em especial, a Claudia, que com muita paciência me ajudou nos tramites administrativos, nestes quatro anos.Às instituições, professoras, crianças e famílias participantes deste estudo, por abrirem suas portas e me fornecerem apoio incondicional.Ao The Niels Bohr Professorship Centre for Cultural Psychology at Aalborg University e a Jaan Valsiner e seu grupo, pelas reflexões sobre minha pesquisa e sobre a vida.À professora Maria Helena Fávero e a Yilton Riascos, que me proporcionaram o primeiro passo neste caminho e acreditaram no meu projeto doutoral.A MRUA, que em seu momento me acompanhou para eu realizar o sonho de ser doutora.À CAPES, que forneceu o suporte financeiro de meus estudos, mesmo eu não sendo brasileira.À varanda da 216J/615, contexto semiótico de crescimento pessoal, testemunha de minha transformação como indivíduo em desenvolvimento. RESUMOA presente pesquisa se contextualiza na interseção entre a Psicologia Cultural e a Teoria do Self Dialógico. O objetivo geral foi caracterizar a maneira como as crianças constroem e reconstroem significações sobre si no processo de transição institucional da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, tendo em vista analisar o desenvolvimento do seu sistema de Self. Para tanto, propomos, neste trabalho, alguns construtos advindos da psicologia cultural e da psicologia dialógica. Os três conceitos propostos para análise do sistema de Self dialó...
RESUMO.A partir da abordagem da Psicologia Cultural e da Teoria do Self Dialógico, o objetivo da pesquisa consistiu em caracterizar e analisar as significações de uma criança em fase de transição da Educação Infantil (EI) para o Ensino Fundamental (EF) relativas às suas percepções e avaliações de si. Utilizando uma metodologia qualitativa de caráter idiográfico, acompanhamos um grupo de crianças durante seu último semestre na EI e os primeiros seis meses no EF, realizando observações diretas e sessões semiestruturadas diversas, devidamente filmadas, e entrevistas com pais e professores. Neste artigo analisamos o estudo de caso de Gisele, identificando três campos afetivo-semióticos (CAS) que configuram seu sistema de Self: ser versus não ser bonita, ser versus não ser inteligente e ser versus não ser amada. Estes três campos afetivo-semióticos evidenciam as fortes tensões no Self de Gisele. Com base nos dados obtidos, verificamos que a transição da EI para o EF permitiu a configuração e reconfiguração de diversos campos afetivo-semióticos no sentido da transformação e equilíbrio (desenvolvimento) do sistema de Self de Gisele. Isto ocorreu mediante a emergência de novas significações de si no contexto da dinâmica no interior dos referidos campos. Evidenciamos situações de conflito e a configuração de opostos capazes de levar à síntese de novos sentidos do Self dialógico em desenvolvimento.Palavras-chave: Psicologia Cultural; dialogismo; desenvolvimento do eu. THE DEVELOPMENT OF SELF MEANING-MAKING IN CHILDREN FROM A DIALOGIC CULTURAL PERSPECTIVEABSTRACT. Based on Cultural Psychology and the Dialogical Self Theory, the main goal of this study was to analyze the meaning making processes of a child in her transition from Preschool to Elementary School, regarding her Self-perceptions and Self-evaluations. Using a qualitative methodology with an idiographic focus, we followed a group of children during their last semester at Preschool and first semester at an Elementary School. We carried out direct observations, and semi-structured sessions, properly filmed, and interviews with the selected kids' parents and teachers. This article analyzes Gisele's case study. As a result of the empirical research, we identified three affective-semiotic fields that configure Gisele Self system: to be versus not be pretty, to be versus not be smart and to be versus not be loved. These four affective-semiotic fields highlight the tensions in Gisele self system. According to the results, the transition from Preschool to Elementary School configured and reconfigured several affective-semiotic fields towards the balance as well as the transformation (development) of Gisele Self system. The emergence of new Selfmeanings provided for the dynamics inside the fields. We demonstrate how some conflicts and the emergence of opposites may eventually lead to the synthesis of new directions in dialogical Self development.Keywords: Cultural psychology; dialogism; self-development. DESARROLLO DE LAS SIGNIFICACIONES DE SÍ EN NIÑOS EN LA PERSPECTIVA DI...
<p style="text-align: justify;">El presente artículo tiene como propósito documentar la comprensión de los deseos a partir de dos aproximaciones: situaciones que utilizan el humor gráfico y situaciones clásicas de preferencias con niños entre 2.8 y 3 años. Se trabaja con el método microgenético combinado con un estudio en series de tiempo durante 10 sesiones de aplicación (dos meses y medio). Se realizan dos tipos de análisis, uno intragrupo y uno intraindividual que permite capturar los diversos caminos por los cuales transitan los niños al enfrentarse a las tareas. Los resultados arrojan la identificación de tres tendencias en los desempeños: estable, descendente y ascendente. Igualmente, se pone en evidencia la importancia de trabajar otras vías para el estudio de los procesos cognitivos en términos metodológicos y se confirma el humor gráfico como alternativa para el estudio de los estados mentales.</p><p style="text-align: justify;"><strong>Palabras clave: </strong>Humor, incongruencia, teoría de la mente, preferencias, comprensión de deseos.</p>
ResumenEl presente estudio tiene como propósito explorar y analizar el proceso de coconstrucción de las significaciones sobre sí mismos de tres niños entre los cinco y los seis años, quienes se encuentran institucionalizados y declarados en adoptabilidad. Se hace uso de un abordaje idiográfico y microgenetico y por medio del estudio de caso se identificaron los posicionamientos dinámicos de sí para cada uno de los niños, los cuales se encuentran promovidos por los otros significativos que los rodean. Se encontró que los niños presentan una tensión entre el sentirse amados frente al sentirse abandonados y de igual manera, cada uno crea diferentes estrategias para sobrellevar los retos que implica el proceso de institucionalización.Palabras clave: Institucionalización, abordaje idiográfico, método microgenético, teoría sociocultural, transiciones, posicionamientos dinámicos de sí. Self co-construction in children institutionalized and declared for adoptionAbstract The purpose of this study is to explore and analyze the process of co-construction of meanings about themselves, with three children five and six years-old, who are institutionalized and have been declared adoptable. By developing case studies, both idiographic and microgenetic methods are used to identify each child's Dynamic Positions. It was found that in all three kids there's a present tension between two opposing fields, feeling loved vs. feeling abandoned. That is why children use resources as tools and create positions to overcome experience in the institution, reinforced by relationships with significant others around them.
Las familias, en la actualidad, enfrentan nuevos retos y cambios que comprometen su capacidad de adaptación y su bienestar. Este estudio tuvo como objetivo describir y comparar indicadores de resiliencia familiar y bienestar familiar de 442 familias colombianas ubicadas geográficamente en Bogotá (n = 196), Santa Marta (n = 81) y Cali-Palmira (n = 145). El diseño fue analítico transversal. Las familias diligenciaron el Índice Familiar de Regeneración y Adaptación (FIRA-G) para valorar la resiliencia y el Índice de Bienestar de los miembros de la Familia (FMWB). Los resultados demostraron relaciones significativas y positivas entre bienestar familiar y resiliencia familiar al igual que una relación inversa y significativa entre indicadores de resiliencia negativos como tensión, distrés y tensión familiar con indicadores positivos de resiliencia familiar tales como coherencia, fortaleza y apoyo social. La comparación entre ciudades evidenció divergencias entre las familias de Bogotá y Cali-Palmira, en los niveles de bienestar familiar, estresores familiares y apoyo de parientes y amigos. En el caso de la ciudad de Santa Marta se encuentran diferencias en los estresores familiares con Cali-Palmira y en apoyo social comunitario con Bogotá. La discusión se orienta a mostrar que la resiliencia familiar es resultado de la participación de varios elementos: los recursos familiares adaptativos positivos que le permiten a las familias reducir el estrés y enfrentar las demandas del ambiente, la presencia de los dos padres en familias sin indicadores clínicos que hace que la carga de estrés sea compartida –lo cual abona el terreno para la resiliencia familiar–, y el apoyo social manifestado en ayudas externas al núcleo familiar por parte de la comunidad, los parientes y los amigos.
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