OBJETIVO: investigar a aquisição fonológica em uma população de crianças com desenvolvimento normal. MÉTODOS: foram avaliadas 240 crianças, de ambos os sexos, com idades entre três e oito anos. Foram realizadas análises relativas ao inventário fonético e percentual de consoantes corretas. Os dados foram analisados em relação à faixa etária e sexo. RESULTADOS: aos três anos de idade os fonemas /p/, /b/, /t/, /d/, /k/, /g/, /m/, e /n/ já estão adquiridos e estabilizados no sistema fonológico das crianças. Os fonemas /f/, /v/, /s/, /ʃ/,/z/, /ʒ/, /ʎ/e/ɲ/ e as africadas [tʃ]e[dʒ]também são adquiridos nesta faixa etária apesar de ter sido encontrada uma grande variabilidade de produção entre as crianças. A aquisição do fonema /ɾ/ ocorre inicialmente na posição de onset simples (quatro anos) e posteriormente na posição de onset complexo (cinco anos), a aquisição do fonema /l/ em onset simples ocorre aos três anos e em onset complexo aos quatro anos e o fonema /R/ em onset simples é adquirido na faixa etária de três anos e na posição de coda aos quatro anos. CONCLUSÃO: desde a faixa etária de três anos, muitas crianças possuem o inventário fonético completo havendo, porém, uma grande variabilidade entre as crianças. Com relação ao PCC e ao PCC-R, concluiu-se que a média do percentual de consoantes corretas tem um crescimento significativo e gradual de acordo com o aumento da faixa etária. Em relação à variável sexo, não foi observada nenhuma diferença estatisticamente significante em nenhuma das análises realizadas nesta pesquisa.
OBJETIVO: O presente estudo teve como objetivo verificar o uso dos processos fonológicos em uma população de crianças com desenvolvimento fonológico normal. MÉTODOS: Fizeram parte da pesquisa 240 crianças, de ambos os sexos, com idades entre três e oito anos. Foram realizadas análises relativas aos processos fonológicos e os dados foram comparados em relação à faixa etária e sexo. RESULTADOS: A análise dos resultados permitiu concluir que aos três, quatro e cinco anos os processos de redução de encontro consonantal, lateralização e apagamento de consoante final foram os mais utilizados. A metátese foi o segundo processo mais utilizado na faixa etária de seis anos, aparecendo em terceiro lugar na faixa etária de sete anos. Em relação ao número de processos fonológicos utilizados por faixa etária, aos três anos de idade as crianças utilizaram um mínimo de dois processos e a partir da faixa etária de quatro anos o número mínimo de processos fonológicos utilizados foi zero e o número máximo diminuiu gradativamente de acordo com o aumento da faixa etária, assim como a média. Em relação à variável sexo, não foi observada nenhuma diferença estatisticamente significante em nenhuma das análises realizadas nesta pesquisa. CONCLUSÕES: Os dados encontrados nesta pesquisa evidenciam a dificuldade encontrada pelas crianças na produção das líquidas e nas estruturas silábicas mais complexas.
The information collected may ultimately help speech-language pathologists in the assessment and treatment of children with speech sound disorders.
Keywordsand working memory test. Results: Children in the alphabetic phase presented a good development of phonological awareness, and 85% of them showed a high-performance working memory. Children in the syllabic-alphabetic phase had changes in phonological awareness, and 91.6% of them showed an average working memory performance. The subjects at pre-syllabic and syllabic phases demonstrated more difficulties in phonological awareness than those at syllabic-alphabetic and had a poor working memory performance. Between-group differences were observed for CONFIAS and working memory tests (p<0.0001). There was also a significant correlation (r=0.78, p=0.01) between the skills of phonological awareness and working memory for the total sample of individuals.Conclusions: Based on these results, it was found that as phonological awareness and working memory levels increased, the literacy phase also advanced, therefore showing that these are directly proportional measures. RESUMOObjetivo: Investigar as habilidades de consciência fonológica e memória de trabalho, bem como a sua influên-cia no processo de alfabetização em um grupo de crianças intelectualmente normais. Métodos: Participaram desta pesquisa 40 crianças de 7 anos e 6 meses a 8 anos, intelectualmente normais, dos segundo e terceiro anos do ensino fundamental. Estas foram organizadas em dois grupos com 20 cada, sendo um com dificuldade na alfabetização, e outro sem alterações nesse processo. Esses participantes foram submetidos ao teste RAVEN do quociente de inteligência, à avaliação audiométrica, ao teste de Consciência Fonológica -Instrumento de Avaliação Sequencial, à prova escrita de ditado e ao teste de memória de trabalho. Resultados: Os indivíduos que se encontram na fase alfabética apresentaram bom desenvolvimento da consciência fonológica e 85% deles, elevado desempenho da memória de trabalho. As crianças na fase silábico-alfabética apresentaram alterações na consciência fonológica e 91,6% delas mostraram um mediano desempenho da memória de trabalho. Os sujeitos que se encontram nas fases silábica e pré-silábica tiveram mais dificuldades na consciência fonológica do que aqueles na silábico-alfabética, e obtiveram um baixo desempenho da memória de trabalho. Houve diferença entre as médias dos grupos para os testes CONFIAS e memória de trabalho (p<0,0001). Houve uma correlação também significativa, r=0,78, com p=0,01, entre as habilidades de consciência fonológica e memória de trabalho para o total de sujeitos da amostra. Conclusões: Verificou-se que, na medida em que os níveis de consciência fonológica e memória de trabalho se elevam, a fase de alfabetização da criança também avança, sendo, portanto, medißdas diretamente proporcionais.
RESUMOObjetivo: caracterizar o tipo de consistência alimentar e a articulação da fala em crianças com oclusão normal e com apinhamento dentário, verifi cando-se possíveis correlações e interferências. Métodos: participaram 60 crianças, de ambos os sexos, entre 7 e 12 anos, divididas em dois grupos. G1: 30 crianças com apinhamento dentário, G2: 30 crianças sem apinhamento dentário, conforme avaliação odontológica. Foram critérios de exclusão: défi cits neurológicos e cognitivos, presença de hábitos orais, respiração oral crônica, deformações dentofaciais, realização de tratamento ortopédico/ortodôntico e/ou fonoaudiológico. Foram realizadas: avaliação do sistema estomatognático; avaliação odontológica quanto à situação dento-oclusal; aplicação de questionários aos pais visando contemplar critérios de exclusão e defi nir os hábitos alimentares quanto à sua consistência; avaliação de fala quanto à produção fonética e fonológica. Resultados: crianças sem apinhamento dentário têm alimentação predominantemente dura, enquanto aquelas com apinhamento dentário têm alimentação predominantemente amolecida; caracterizada principalmente pelo hábito de ingestão de líquido na presença do alimento na boca. Quanto à fala, não foram encontradas alterações signifi cativas independente do apinhamento dentário e do tipo de consistência alimentar. Conclusão: há indícios de que a presença do apinhamento dentário relaciona-se à consistência alimentar. A alimentação amolecida parece constituir provável fator etiológico ou contribuinte à existência do apinhamento dentário. O tipo de alimentação e a presença de apinhamento dentário parecem não interferir na articulação da fala. DESCRITORES: INTRODUÇÃOVerifi cando-se o desenvolvimento do ser humano, percebem-se grandes modifi cações de suas características anátomo-fi siológicas durante sua evolução. Estudos antropológicos demonstram que a cabeça do homem sofreu modifi cações e, ■ em especial o sistema estomatognático, provavelmente em conseqüência da mudança de seus hábi-tos comportamentais e alimentares, pois o homem primitivo utilizava seu sistema mastigatório intensamente, não só pela variação do tipo de alimento, mas também como ferramenta ou arma de ataque e defesa em suas lutas [1][2][3] . Isso o difere do homem moderno, pós-revolução industrial, que ingere alimentos mais amolecidos e que passam por fases prévias de preparação. A consistência da alimentação atual é bem diferente, podendo minimizar, a cada dia, a ação da mastigação e assim provocar crescente modifi cação anátomo-fi siológica, aumentando as possibilidades de perturbações em todo o sistema 3,4 . Os alimentos duros parecem exercer infl uência em diversas estruturas, tal como a força da muscu-
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