O presente artigo apresenta uma breve reflexão acerca do pensamento de Paulo Freire, tendo como pano de fundo os debates que se travam sobre ele no contexto do Movimento Escola Sem Partido. Além disso, apresentamos documentos da ditadura militar que exemplificam a forma como o pensamento freireano era perseguido na época. Trata-se de uma análise que faz uso de fontes primárias e secundárias. Constatamos que apesar de vivermos em momentos históricos distintos, as estratégias de perseguição parecem similares, sempre associando o pensamento de Paulo Freire a processos de doutrinação ideológica de esquerda. Na realidade, no pensamento freireano, a transferência/imposição de conhecimentos por parte dos professores não encontra abrigo, pois, para ele esta é a educação é bancária.
Resumo: O artigo busca estabelecer relações entre o controle do trabalho docente em dois períodos históricos distintos, situando esse controle no campo das disputas políticoideológicas em torno do currículo. Para tal, apresentamos documentos da ditadura militar guardados pelo Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil (1964-1985)-Memórias Reveladas, do Arquivo Nacional, buscando exemplificar como a prática docente crítica era alvo de perseguição na época. Por analogia, refletimos sobre o Programa Escola sem Partido, que postula pela neutralidade do ato de ensinar e contra o que é chamado de "doutrinação e de abuso da liberdade de ensinar" por parte dos docentes. O artigo constitui-se de revisão bibliográfica e da utilização de fontes primárias e secundárias. Foi possível concluir que, apesar de vivermos em um período dito democrático, o recrudescimento das forças sociais conservadoras no momento contemporâneo tem suscitado um novo processo de perseguição docente no interior das instituições escolares. O pano de fundo é a disputa entre projetos de formação humana, evidenciando a educação escolar como espaço contraditório, podendo também servir como espaço de conscientização e emancipação das camadas populares. Em ambos os processos, o trabalho docente crítico-reflexivo é um elemento central.
Resumo-Este artigo se propõe a refletir sobre os limites e possibilidades da socialização do conhecimento científico e tecnológico no contexto das políticas contemporâneas de formação para o trabalho. Considera-se como elemento central do debate a questão da socialização do conhecimento como instrumentalização para a luta da classe trabalhadora contra o capital. Para tal, partimos das experiências de programas como o ProJovem, o Proeja e o Pronatec, aprofundando o debate sobre este último, apontando sua estratégia de submissão da classe trabalhadora, mediante a democratização da oferta de educação profissional sem socialização do conhecimento e elevação de escolaridade.
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