As publicações do Ipea estão disponíveis para download gratuito nos formatos PDF (todas) e EPUB (livros e periódicos). Acesse: http://www.ipea.gov.br/portal/publicacoes As opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e inteira responsabilidade dos autores, não exprimindo, necessariamente, o ponto de vista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ou do Ministério da Economia.É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.
As publicações do Ipea estão disponíveis para download gratuito nos formatos PDF (todas) e EPUB (livros e periódicos). Acesse: http://www.ipea.gov.br/portal/publicacoes As opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e inteira responsabilidade dos autores, não exprimindo, necessariamente, o ponto de vista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ou do Ministério da Economia.É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.
Resumo: Este artigo discute a participação dos ciganos calon no comércio de escravos africanos e no poder judiciário carioca desde a corte de D. João VI, analisando as práticas comerciais e a formação de redes de organizações e relações informais. A presença desse grupo no mais importante mercado de cativos e numa instituição pública cuja lógica se baseia nos laços impessoais e contratuais, constitutivos vida urbana, oferece-nos uma interessante oportunidade de reflexão sobre as formas de negociação a partir das quais os ciganos conse guiram, na esfera do trabalho, uma inserção de destaque na cidade do Rio de Janeiro. Suas estratégias revelam a alta competência sociológica do grupo ao ocupar um nicho de mercado, valendo-se da habilidade para comercializar mercadorias freqüentemente preteridas pela gran de empresa traficante (os chamados "escravos de segunda-mão") e para incluir nas "custas", as despesas de um litígio, gorjetas estabelecidas mediante uma arguciosa negociação com as partes envolvidas num processo judicial.Palavras-Chaves: Ciganos calon; Comércio de escravos; Poder judiciário; Rio de Janeiro.Um ofício e um lugar na Corte
O objetivo deste artigo é presentar algumas considerações sobre a categoria étnica cigano, realçando que aqueles identificados por ela possuem consideráveis diferenças sociológicas e culturais entre si. A partir de uma pesquisa etnográfi ca que compreende famílias que se autoclassificam como calon, horarano, kalderas (entre outras formas de autodesignação) e, sobretudo, lideranças políticas, exponho a relação entre classificações estatais, práticas transnacionais e sujeitos cujo processo de construção identitária tem a ver com a identidade cigana geral, fortemente marcada por estereóitipos.
O artigo trata dos desafios de conciliar maternidade e universidade, focando a graduação, a partir da pesquisa etnográfica desenvolvida junto aoColetivo de Mães da UFF, do qual fiz parte (2016- 2019) e, que buscou visibilidade, apoio às mães e a implementação de políticas públicas específicas à permanência na universidade. Relaciona-se a um movimento de “politização” da maternidade, propondo novas linguagens e negociações. Os movimentos feministas levaram a importantes reflexões sobre a sujeição das mulheres (inclusive maternidade), bem como sobre um possível lugar de emancipação delas. A produção antropológica sobre o tema da maternidade cresce a cada dia e, a partir do trabalho de campo desenvolvido (2018-2019), propõe-se uma reflexão sobre os desafios enfrentados em conciliar maternidade e estudar em uma universidade pública no Brasil.
Este artigo é baseado em trabalho de campo etnográfico com mulheres refugiadas do Conflito sírio no Rio de Janeiro e São Paulo de 2015 a 2018. O texto discute narrativas de mulheres refugiadas que desafiam discursos nos quais elas são apresentadas como eternamente vulneráveis ou oprimidas pela “cultura”, reconhecendo sua agência e descrevendo outras dinâmicas de poder interseccional. Este texto contribui para o debate antropológico sobre refugiados do Oriente Médio a partir de uma crítica à retórica humanitária sobre os corpos das mulheres.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.