O artigo é recorte de uma pesquisa de doutorado e tem como objetivo evidenciar algumas implicações de uma formação continuada intitulada ‘Programando e Aprendendo com o Scratch’ nas práticas dos professores. Trata-se de uma pesquisa do tipo Pesquisa-formação, na qual analisamos narrativas produzidas por 11 professores gerenciadores de tecnologias educacionais e recursos midiáticos (Progetec’s), ligados ao Núcleo de Tecnologia Educacional, da Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso do Sul. A partir das dinâmicas propostas, os professores/Progetec’s foram provocados a refletir e narrar sobre a formação e seus desdobramentos em suas práticas. Para realizar o estudo das narrativas, produzimos uma nuvem de palavras utilizando a interface de análises qualitativas Iramuteq, a qual destacou dois papéis recorrentes no contexto de formação: o do professor e o do aluno, não como dicotômicos, hierarquizados, mas sob uma perspectiva de colaboração, de parceria e de soma, ora se misturando, ora se complementando, ora se confundindo. Os professores/Progetec’s se reconhecem em movimento no processo inventivo de ensinar e aprender, com estratégias ambíguas e por isso positivas de rupturas e continuidades. Também apontam que os alunos passam a ter mais protagonismo e espaço de voz e participação no contexto das práticas com tecnologias. As considerações nos permitiram visualizar fissuras e avanços na prática dos professores no exercício de aprender e ensinar com as tecnologias, especificamente com a linguagem de programação Scratch.
O presente artigo apresenta a utilização da Metodologia de Reunião em Espaço Aberto (OST) no contexto de uma formação continuada online com Scratch a qual se intitulou “Programando e Aprendendo com o Scratch”. Tal formação problematizou conhecimentos e saberes relacionados às tecnologias educacionais e utilizou-se da metodologia de Reunião em Espaço Aberto a qual se mostrou como uma interface que desafia os participantes a resolver problemas de forma colaborativa e dialógica. A metodologia de Reunião em Espaço Aberto, ou Open Space–OST, foi criada ou “iniciada” pelo estadunidense Harisson Owen em 1997 e apresenta a junção de elementos de várias culturas ancestrais, como o caso do “bastão de falar” presente nas reuniões de círculo nas aldeias africanas, indígenas e em aldeias no interior de Portugal, os “jornais de parede, ou mercados tradicionais” presentes em culturas medievais e contemporâneas, o “respeito pelo outro” das culturas orientais. A partir dos desafios propostos aos professores no espaço aberto, foram produzidos vídeos com músicas, mapas conceituais, paródias, poesias e histórias animadas com o Scratch. Ao fim de cada atividade os participantes eram convidados a produzir uma narrativa crítico-reflexiva sobre a experiência vivenciada. A experiência descrita é parte de uma pesquisa de doutorado em Educação, em andamento e conta com o financiamento integral por meio de bolsa PROSUP/CAPES.
Inovação e qualidade são termos utilizados com frequência nos documentos, normativas e designação de práticas da educação. Nos propomos a entender os conceitos a partir dos quais esses termos vêm sendo traduzidos e empregados nos discursos dos atores da cena educativa. Este artigo tem como objetivo apresentar os conceitos emergentes nos textos escolhidos sobre inovação e qualidade a partir da análise da base de dados de teses e dissertações construída pelos pesquisadores da Pesquisa intitulada “Políticas de Expansão da Educação a Distância (EaD) no Brasil: Regulação, Qualidade e Inovação em Questão”, discuti-los e problematizá-los a partir da análise do discurso de Van Dijk (2008a, 2008b, 2013). Como resultados, apontamos que não há meios de simplificar o conceito de qualidade à construção de novos espaços e estruturas bem equipadas com dispositivos tecnológicos digitais de última geração, sem a consideração dos aspectos humanos presentes na relação de trabalho e estudo de professores e alunos no que se refere ao tempo, espaço, formação dentro do horário de trabalho ou estudo, valorização dos saberes e fazeres de cada ator do processo de aprendizagem, a partir de movimentos do micro para o macro nas relações dos contextos educativos com o mundo.
This paper explores how conversations about digital culture, innovation, and online pedagogy can inform practices accentuated during the pandemic. The immediatism adopted by universities around the world due to the urgency of lockdowns is problematic in many ways. Firstly, the little time to switch to an online environment, advance online delivery, and ensure assessment is undeniable. Second, the extent to which universities were at different levels of digitally ready infrastructure and related staff and students’ development, training, and readiness to learn and teach remotely is also challenging. However, research shows the important role of digital culture in pedagogical choices inside the classroom, as much as it considers how individuals cope with technological innovation in their daily online practices. From a Freirean perspective, pedagogy is reflective and transformative and online pedagogies can reconceptualize knowledge and practice, minimize physical and intangible spaces, and redefine time, constructing new ecologies of learning for an inclusive pedagogy. This paper addresses the above by presenting data from interviews with instructors, administrative staff, and students at three universities in Brazil, Canada, and the UK. This qualitative study uses intercultural concepts of pedagogical innovation, and how participants have adapted their practices in digital culture. We further explore the pedagogical implications of their attitudes towards online learning, the reconstruction of their self-awareness, and aim at corroborating future comprehensions on how COVID-19 will impact higher education. This paper is timely in problematizing concepts that are important to understanding and dealing with digital culture, innovation, and online pedagogies in learning contexts post-COVID.
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