RESUMOEste estudo propõe como seu problema o entendimento de duas práticas de tradução concorrentes no Império Português entre os séculos XVI e XVIII: a que defendia ser a boa tradução a que se atinha ao estabelecimento de equivalências lexicais exatas entre o original e o texto traduzido -cabendo, é claro, especificar os limites que as diferenças entre as línguas de partida e de chegada impõem ao próprio ato de traduzir, para além do que cada tradutor compreende ele próprio por e define como tradução mot à mot -, e aquela outra, que fixava como sua tarefa a determinação de equipolências entre unidades frásicas ou oracionais. Como se tentará demonstrar ao longo deste estudo, as diferentes práticas de tradução implicam compreensões muito distintas do valor diferencial das línguas de partida e de chegada, considerando-se que os textos de partida estão compostos, no corpus por nós constituído, em grego e latim; no valor diferencial das línguas de partida e de chegada, por seu turno, está implicada outra questão: a da querela gramatical sobre a superioridade das línguas clássicas
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.