Neste estudo se propôs levantar dados da condição do Complexo Fepasa em Jundiaí-SP, enquanto bem ferroviário protegido por meio de tombamento decretado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a fim de cotejar com diretrizes existentes sobre conservação do patrimônio, especificamente o da tipologia industrial. Para isso foram analisadas sete diferentes cartas patrimoniais que orientam quanto à preservação do patrimônio cultural, cotejadas com as motivações que levaram ao decreto do tombamento, justificativas do corpo técnico e valorações consideradas na proteção do bem. Realizou-se consulta a livros e documentos públicos, além do auxílio na identificação de bens por meio de Sistema de Informação Geográfica (SIG). Ao fim, identificou-se que apesar de algumas iniciativas condizentes com as recomendações de preservação ao patrimônio, ainda falta diversidade e orientação no órgão de preservação na figura de seu corpo técnico quanto à proteção, conservação e identificação de valorações especificamente voltadas ao patrimônio industrial ferroviário.
Este estudo visa aprofundar o conhecimento sobre metodologias de identificação e análise de paisagem, a fim de explorar sua aplicabilidade ao patrimônio industrial ferroviário. Utiliza-se como objeto de estudo os bens protegidos da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro, da cidade de Jundiaí, interior de São Paulo, atualmente conhecido como Complexo da Ferrovia Paulista Sociedade Anônima. A investigação baseia-se em consulta às metodologias internacionais de paisagem, que recomendam a utilização do Sistema de Informação Geográfica na identificação e análise do patrimônio. Por fim, compreende-se que o âmbito paisagístico identificado com o auxílio da ferramenta de georreferenciamento seja o mais indicado para se atuar no patrimônio industrial ferroviário, diferente da categoria de conjunto comumente adotada por órgãos de preservação na proteção dessa tipologia de bens.
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