A criação de um espaço democrático de participação na condução do Sistema Único de Saúde (SUS) constituiu indubitável conquista dos brasileiros. O pleno exercício deste direito implica, no entanto, no conhecimento do próprio direito, dos espaços e dos mecanismos de participação, que permitam uma ação autônoma. No presente trabalho avalia-se o grau de conhecimento nos diversos segmentos sociais acerca da questão. Foram entrevistados usuários e trabalhadores do SUS, além de membros dos Conselhos de Saúde. Os resultados demonstram grande desinformação dos usuários, dos novos conselheiros e da maioria dos trabalhadores, em contraste com os gestores e os conselheiros com mais tempo no cargo.
Resumo O sofrimento dos médicos-residentes causado por suas condições de trabalho é fartamente descrito na literatura. As condições, muitas vezes inaceitáveis, impostas a esse tipo de trabalhador, além de objeto de produções científicas, são de pleno conhecimento entre aqueles que trabalham na área da saúde e da educação médica. O presente estudo foi realizado em 2010 com o objetivo de descrever os principais aspectos dessas condições em dois hospitais públicos de Curitiba (Paraná) e refletir sobre os motivos e mecanismos da reprodução da maioria delas. Realizou-se um estudo transversal, a partir da aplicação de questionários, para a explicitação dos processos críticos protetores e destrutivos da saúde dos médicos-residentes. Dos cem médicos-residentes do primeiro ano em atividade nos hospitais estudados, 58 participaram da pesquisa. Os resultados mostram elevada jornada de trabalho semanal, elevado número de horas contínuas de trabalho, falta de supervisão e alta carga de estresse. O processo de trabalho caracteriza-se pela subordinação do ensino-aprendizagem à exploração da força de trabalho dos residentes, constituindo-se mais como destrutivo do que como protetor de sua saúde. Palavras-chave saúde do trabalhador; residência mé-dica; processo de trabalho; exploração.Abstract The suffering of medical residents caused by their working conditions is broadly described in the literature. The conditions imposed on this type of work, often unacceptable, are object of scientific investigations, and are fully aware of those who work in health and medical education. This study was conducted in 2010 in order to describe the main aspects of these conditions in two public hospitals in Curitiba (Brazil) and reflect on the reasons and mechanisms reproduction of most of them. We conducted a cross--sectional study from the application of questionnaires, for the explanation of the protective critical processes and destructive ones in health of medical residents. Of the 100 medical residents in his or her first year in activity in the hospitals studied, 58 participated in the survey. The results show high weekly working hours, high number of continuous working hours, lack of supervision and high load stress. The working process is characterized by the subordination of teaching and learning to the exploitation of the labor force of residents, becoming more like destructive than as a protector of his or her health.
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