As Florestas Estacionais Semideciduais ocorrem em alguns locais no Bioma Cerrado, mas estão sendo suprimidas em meio à ampla matriz agropecuária no Brasil Central. O objetivo do trabalho foi caracterizar a estrutura horizontal e vertical, as síndromes de dispersão, os grupos sucessionais e a similaridade florística do estrato arbóreo e regenerativo de um trecho de fragmento de Floresta Estacional Semidecidual no município de Itumbiara, GO. Todos os indivíduos arbóreos vivos com circunferência do tronco a altura do peito (CAP) ≥15 foram identificados e medidos quanto à altura e circunferência do tronco em 25 parcelas de 20 x 20 m. A amostragem do estrato regenerativo foi realizada em 25 subparcelas de 10 m x 10 m, totalizando 0,25 ha, alocadas no vértice inferior direito das parcelas utilizadas para a amostragem do estrato arbóreo. Nestas subparcelas foram identificados e contados todos os indivíduos regenerantes de espécies arbóreas com altura maior ou igual a 1 m até aqueles com CAP < 15 cm. Para o estrato arbóreo foi calculados: a densidade, frequência, dominância, valor de importância e a estratificação vertical. Nos dois estratos foram amostradas 100 espécies. A espécie com maior valor de importância no estrato arbóreo foi Nectandra megapotamica (Spreng) Mez, e no estrato regenerativo Siparuna guianensis Aubl teve maior número de indivíduos. Ambos os estratos apresentaram maior proporção de espécies secundárias iniciais e a zoocoria foi a síndrome de dispersão mais frequente. A estrutura fitossociológica atual mostra que o fragmento contém diversas espécies pouco representadas em outras Florestas Semideciduais, o que mostra a sua importância como área de preservação permanente. Palavras-chave: estratificação; grupos ecológicos; síndrome de dispersão.
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