The second DGBP enables a new way of thinking about meals and foods, on the strengthening of socio-cultural dimensions of feeding, and on addressing food and nutritional guidelines on culinary practices, eating and edibility.
Resumo Este artigo analisa as dimensões sociais e culturais da alimentação abordadas nas diretrizes alimentares da segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira (GAPB), contrapondo-o com a sua primeira edição. Trata-se de um estudo qualitativo. Empregamos a análise de discurso Pecheutiana. O universo de estudo são a primeira e a segunda edição do GAPB. A análise dos dados utilizou três etapas: identificação de textos similares e diferentes dos materiais; elucidação das dimensões sociais e culturais da alimentação nos materiais; e análise sistemática com contraposição dos discursos emergentes em ambos os GAPBs. Enfatizamos que na segunda edição os referenciais teóricos - estudos epidemiológicos, clínicos, sociológicos, antropológicos e saberes populares - e a utilização da classificação de alimentos NOVA favoreceram o desenvolvimento de diretrizes alimentares mais holísticas que abordam os padrões de alimentação e refeição, as práticas culinárias, o ato de comer e a comensalidade. Conclui-se que a segunda edição do GAPB possibilita aos profissionais de saúde e à população uma compreensão do alimento enquanto parte concreta da vida dos indivíduos e coletividade, extrapolando sua dimensão fisiológica e biológica.
Visual representations of food-based dietary guidelines (FBDG) express diverse dietary and sociocultural norms, especially as they relate to healthy eating habits. This article investigates government recommendations for healthy eating habits expressed in the visual representation of Latin American FBDGs. Drawing on 15 images published between 1991 and 2017, we conducted an anthropological visual analysis guided by the methodology proposed by James Collier and Malcolm Collier: unstructured analyses, open viewing analyses, structured analyses and microanalyses. Here, we explore government recommendations based on visual representation shapes, food classification systems, lifestyle recommendations and embedded sociocultural elements. Our main findings relate to how dietary and sociocultural norms are used to promote eating practices considered healthy. Dietary norms focus on variety, proportionality, and moderation, as expressed in terms of food classification and food standards considered healthy. Sociocultural norms are referenced by the use of cultural symbols as strategies to promote traditional foods, cooking practices, commensality, water consumption and physical activity. Ultimately, we argue that FBDG visual representations contain embedded messages that counsel individuals to plan, buy, prepare and consume food with family; to consume foods considered healthy; to pay full attention to their meals, without distractions, such as television and cell phones; and to celebrate traditional, local and/or native foods and culinary preparations.
Although food insecurity configures a public health issue in developing countries going through nutrition transition, there is still lack of evidence on how it is affected by social determinants and its relationship with ultra-processed food (UPF) consumption. Using qualitative methods, we investigated the experience of food (in)security among mothers living in the Brazilian Amazon area, identifying aspects of food insecurity promoting UPF consumption. In-depth interviews were performed with 40 women and inductive content analysis was used. Signs of food insecurity included difficulties in food affordability and irregular access to food. Strategies to deal with lack of food quantity took place during food production (growing foods and raising animals), acquisition (gaining food, shopping incentives and food substitutions) and preparation (creativity in cooking). Not being able to afford staple foods was the main aspect of food insecurity promoting UPF consumption, as fresh foods were substituted by UFP options. Our study contributes to the current literature by presenting explanatory insights about the inconclusive quantitative results on the relationship between food insecurity and UPF consumption. Additionally, it supports the need of policies and interventions focused on promoting sustainable food systems and the regional food culture, which may approach food insecurity through an intersectional perspective.
Introdução: as mulheres brasileiras são as principais responsáveis pelas práticas e as habilidades culinárias domésticas necessárias para obter, preparar e oferecer os alimentos à família. Estudos sugerem que os problemas de saúde das mulheres podem ser agravados pela sobrecarga de atividades dentro e fora do domicílio. Objetivo: investigar as dinâmicas de gêneros relacionadas às práticas culinárias domésticas, ao aprender e ensinar as habilidades culinárias e aos arranjos de divisões dos trabalhos culinários domésticos das mães vivendo em Cruzeiro do Sul -Estado do Acre -Amazônia Ocidental Brasileira. Métodos: desenvolveu-se um programa de pesquisa qualitativo de fundamentação interpretativa feminista no contexto do seguimento de dois anos do "Estudo MINA-Brasil: saúde e nutrição materno-infantil em Cruzeiro do Sul, Acre". Produziu-se os dados a partir de entrevistas em profundidade com 16 mulheres, autorreferidas cisgêneros, com idades entre 18 e 41 anos, que cozinhavam em casa no mínimo uma vez ao dia e que eram mãe de, ao menos, uma criança com 2 anos de idade. Também, entrevistou-se 5 homens, autorrelatados cisgêneros e cônjuges dessas mulheres. Analisou-se os dados a partir da análise de conteúdo, assim se identificou as unidades de significâncias regulares, expressivas e significativas presentes nas entrevistas. Interpretou-se os dados a partir das teorias: do sistema linguístico culinário apresentada pelo antropólogo Claude Lévi-Strauss, das práticas sociais da alimentação proposta pelo sociólogo Alan Warde, da performatividade de gênero segundo a filósofa Judith Butler, e do fazer gênero de acordo com a socióloga e do sociólogo Candace West e Don Zimmerman. Resultados: As mulheres desenvolveram suas habilidades culinárias em diferentes momentos da vida. Na infância, elas foram ensinadas por figuras maternas e aprenderam habilidades culinárias necessárias para preparar a comida tradicional de seus locais de origem, a "comida da mata". Na idade adulta, foram ensinadas por suas empregadoras a desenvolveram habilidades culinárias necessárias para o trabalho remunerado doméstico, expresso através do cozinhar a "comida da cidade". Notoriamente, essas mulheres, também, foram ensinadas por seus maridos a cozinhar alimentos que atendessem aos gostos e aos padrões alimentares deles. Diferentemente, essas mulheres ensinavam às crianças habilidades culinárias para desenvolver sua autonomia alimentar, não sobrecarregar outras mulheres e promover a divisão igualitária do trabalho culinário doméstico. Apesar disso, a maioria das entrevistadas realizavam, em suas casas, atividades culinárias rotineiras, não discricionárias, com maior consumo de tempo e focadas para seus familiares. Enquanto seus cônjuges realizavam poucas (ou nenhuma) atividades culinárias domésticas, sendo a maioria destas dedicadas ao autocuidado ou ao lazer. Esse arranjo ficou, especialmente, evidente durante o processo de transição para a maternidade, pois quando não tinham crianças, as entrevistadas mencionaram realizar práticas culinárias atendend...
PurposeThe authors aimed to triangulate food intake data obtained by two qualitative methods (in-depth interviews and participant observations) and one quantitative method (food-frequency questionnaire (FFQ)). The purpose of this paper was to analyze the kind of data each method produced and how these different pieces of information are methodologically related to the characteristics and limitations of different methods used and theoretically connected to participants' identities and masculinities.Design/methodology/approachThe analysis was based on data from an ethnographic study; whose participants were 35 men who self-identified as gay bears. The participants' food intake was investigated through participant observations, in-depth interviews and an FFQ.FindingsThe qualitative methods indicated an overconsumption of meat and beer and a rejection of fresh foods, especially fruits and vegetables, as diacritical signs of the bears' identity. The FFQ showed a major consumption of minimally processed food, with fruits and vegetables being eaten more than meat. The authors proposed that the participants have compartmentalized their many habitual intakes and assessed one of them, separately, according to the method used (what was being asked and the context of that moment). Additionally, the authors connected these two patterns of habitual intake to the participants' identities and masculinities, questioning the existence of a constant hegemonic masculinity among this group.Originality/valueThe triangulation of methods employed in the present study is seldom addressed in the literature. This approximation provided a rich discussion regarding the connections between eating, sexuality, gender and identity, through a novel methodological and theoretical lens.
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