A beleza da publicação inicia-se pelo excelente trabalho gráfico, em papel de boa qualidade e bem encadernado. Além disso, o livro traz todos os seus escritos também em inglês, assumindo a forma bilíngüe, de tal modo a possibilitar um maior alcance social.
Neste artigo, analisamos o Sermão do Mandato, proferido pelo padre jesuíta Antônio Vieira aos enfermos do Hospital Real de Lisboa, no ano de 1643, destacando as representações do amor nele presentes e as influências que obras literárias, teológico-morais e filosóficas exerceram sobre a percepção que o pregador jesuíta apresenta sobre as doenças do corpo e da alma e, em especial, sobre os remédios que promoveriam a cura dos enfermos de amor.In this article, we analyze the Sermão do Mandato, delivered by jesuit priest Antônio Vieira to the diseased of the Royal Hospital of Lisbon, in the year of 1643, highlighting the representations of love present in it and the influence that literary, theological, moral and philosophical works had on the perception the Jesuit preacher presents about the sicknesses of the body and the soul and, especially, about the remedies that would promote the cure of the love sick.
Este texto discute formas de educação em terreiros de Quimbanda, enquanto pedagogias culturais, que incidem na produção de corporeidades. Está orientado pelo campo dos Estudos Culturais, recorrendo ao fazer metodológico da Análise Cultural alicerçado na ideia de que os corpos são produzidos em meio à pedagogizações. Os terreiros são compreendidos como espaços educacionais que possuem, dentre seus propósitos, manter memórias, sinalizar a existência de culturas específicas, por meio da demarcação de identidades. Ao tornarmo-nos parte do terreiro os saberes que carregamos são compartilhados, tangenciando uma corresponsabilidade na educação de todos (as) envolvidos(as), tanto na prática religiosa, quanto nas relações que extrapolam estes espaços.
ResumoEm Portugal do início do século XVIII foi profícua a impressão de livros religiosos que pedagogicamente visavam a instruir como os leitores deveriam evitar ações, pensamentos e sentimentos pecaminosos para adquirir condutas e virtudes entendidas como adequadas à moral e à fé católica. Entre as atitudes a serem controladas e modificadas estavam aquelas relacionadas ao consumo exagerado, prazeroso e curioso de comidas e bebidas. Neste artigo, a partir de um conjunto de obras religiosas impressas em Portugal, identificamos e analisamos os discursos sobre a gula, atentando aos significados religiosos e culturais do consumo alimentar demasiado, às instruções sobre os modos de evitar e remediar o "vício" e às percepções sobre os efeitos nocivos ao corpo e à alma. A partir de referenciais teórico-metodológicos da história cultural, e em diálogo com a historiografia voltada à alimentação e às ideias católicas da Idade Moderna, buscamos compreender os códigos culturais e simbólicos que conformavam os entendimentos da gula enquanto pecado. Em universo social fortemente cristão, concluímos que a escrita sobre a moderação no comer e no beber carregava juízos quanto aos comportamentos considerados legítimos para a garantia da salvação e reafirmava os propósitos da Igreja Católica no domínio moral dos corpos e das almas.
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