Nesta conferência, Jacques LeGoff aborda o interesse de Foucault pela chamada "nova história" no decênio 1965-1974, época de publicação <em>de As palavras e as coisas</em> e <em>A arqueologia do saber</em>. Recorre ainda à sua memória pessoal para mostrar as relações recíprocas entre Foucault e o grupo dos <em>Annales</em>. Para ambos, é fundamental o conceito de genealogia, ou seja, de uma investigação histórica que parta do presente, ideia já contida no ataque de Marc Bloch ao conceito de origem. A nova história define-se também pela escolha de novos objetos, ignorados até então pela história tradicional. Nessa perspectiva, a história das mentalidades é vista criticamente como resposta à história tradicional das ideias. Abordam-se, ainda, brevemente, os conceitos de longa duração, história global e história total. Para LeGoff, Foucault, apesar de não ser propriamente historiador, manteve um grande interesse pelas inovações na pesquisa histórica, e deixa aos historiadores uma importante lição: a da inquietude.
Este artigo discute as dificuldades encontradas pelos alunos do Ensino Médio, da rede pública estadual, do estado do Rio Grande do Sul, ao responder questões de Física do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O artigo faz a análise de uma prova simulada, contendo questões do Enem de anos anteriores, juntamente com um questionário, no qual os alunos de uma escola pública de Paraí responderam às dificuldades encontradas durante o simulado. Verificaremos se as dificuldades respondidas condizem com os acertos e erros do simulado.
Apresentando os textos escritos por Michel Foucault por ocasião de sua viagem ao Irã durante os meses mais agudos da Revolução de 1978 que terminaria por depor a ditadura do xá Pahlavi, o artigo ressalta o conceito de vontade coletiva como fundamental para a interpretação foucaultiana da crise política que então se instalava naquele país. Em seguida, mostra-se que a polêmica suscitada na França pelas reportagens iranianas é produto da incompreensão do novo papel social do intelectual, representado por Foucault. Para ele, a figura do intelectual universal não tinha mais espaço, devendo ser substituído pelo intelectual específico, capaz de captar mais atentamente as contradições do presente. Correspondente a essa nova figura intelectual, a ideia de Revolução cede lugar às diversas formas de revolta, como aberturas da história ao acontecimento.
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