Diagnósticos de neoplasia são cada vez mais frequentes em animais de companhia. Na medicina veterinária brasileira, o exame citopatológico como método diagnóstico é relativamente novo. Este método é de grande importância para o diagnóstico precoce de neoplasias por ser seguro, pouco invasivo, rápido processamento e baixo custo. O objetivo deste trabalho é categorizar a frequência de neoplasmas em cães e gatos diagnosticadas por avaliação citopatológica no período de 2015 a 2019 no Setor de Anatomia Patológica da União Pioneira de Integração Social (UPIS) do Distrito Federal. Entre os processos neoplásicos identificados em cães e gatos 50,12% (387/772) foram considerados malignos. De acordo com a origem 37,04% (286/772) eram epiteliais, 35,23% (272/772) de células redondas e 20,07% (155/772) mesenquimais. A glândula mamária foi a mais acometida representando 24,16% (180/745) das localizações anatômicas em que neoplasmas foram identificados. Os processos neoplásicos foram mais observados em animais idoso e não houve predisposição racial assim como sazonalidade em sua ocorrência. A avaliação contínua e o diagnóstico dos neoplasmas por meio do exame citopatológico pode contribuir para a identificação precoce da lesão e, consequentemente, uma abordagem terapêutica melhor assertiva, contribuindo para a qualidade de vida do paciente.
A cana-de-açúcar é uma fonte de nutriente amplamente utilizada na nutrição de ruminantes no território brasileiro. Porém, processo inadequados de trituração e moagem da cana-de-açúcar podem dificultar a sua apreensão pelos animais ou até mesmo causar traumas no trato gastrointestinal. O presente estudo relata um caso de um bovino com histórico de dificuldade respiratória e aumento de volume focalmente extenso na região ventral do pescoço que foi a óbito três dias após ser internado em um hospital veterinário do Distrito Federal. Os achados de necropsia revelaram acúmulo de exsudato purulento em tecido subcutâneo e musculatura no pescoço, massa composta com tecido fibrinonecrótica em região músculo cleidocefálico com presença de fragmento de casca de cana-de-açúcar em seu interior. Esse fragmento formava uma fístula entre a massa e a região de laringofaringe permitindo escoamento de exsudato purulento para o rúmen e pulmão. Baseado nos achados macroscópicos, quadro clínico e alterações hematológicas, a causa morte do animal foi insuficiência respiratória decorrente de pneumonia grave, agravada por compressão das vias aéreas superiores pela massa em região de pescoço, associada a processo infeccioso grave.
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