O uso compartilhado de infraestrutura é uma prática que gera benefícios mútuos aos setores que a compartilham e à sociedade. Por isso, o uso compartilhado de postes é usual mundo afora, visto que pode reduzir os custos das distribuidoras de energia elétrica e das operadoras de telecomunicações, impactando os preços dos serviços aos consumidores e, consequentemente, a acessibilidade a esses serviços. No Brasil, entretanto, o compartilhamento de postes provoca conflitos entre os setores, inibindo os ganhos potenciais que poderia gerar à sociedade. Portanto, com o objetivo de ajudar a mitigar os conflitos, este trabalho visa identificar os principais motivos que geram desentendimentos entre os setores ao compartilhar o uso de postes e, com isso, recomendar algumas práticas que poderiam melhorar esse relacionamento.
Este trabalho é dividido em duas partes complementares. Na primeira parte, é desenvolvido um modelo de equilíbrio parcial por meio do qual é possível analisar o impacto da modicidade tarifária e da ocupação clandestina dos postes sobre quatro agentes: distribuidoras de energia, operadoras de telecomunicações, clientes de energia e de telecomunicações. Os resultados apurados mostram, para quatro cenários de precificação simulados, os impactos sobre a eficiência econômica e o bem-estar social. Na segunda parte, utilizou-se a teoria dos jogos para analisar o compartilhamento de pontos de fixação de postes entre distribuidoras de energia e operadoras de telecomunicações, em especial a ocupação clandestina de parte das operadoras. As simulações avaliaram tanto cenários extremos como contextos de comportamento adaptativo dos jogadores.
Ao contrário de tecnologias da informação e comunicação (TICs) de gerações anteriores, cuja implantação em grande parte era mais restrita ao ambiente corporativo, a tríade de tecnologias formada por internet das coisas (internet of things – IoT), computação em nuvem e na borda, e inteligência artificial (IA) é aplicável às mais variadas áreas da atividade humana. Se o Brasil perdeu oportunidades em décadas anteriores no setor de eletroeletrônicos, existem notícias alvissareiras que permitem um maior otimismo no que diz respeito à IoT. Em primeiro lugar, o país possui um sistema setorial de inovação com capacidade para gerar e implementar as tecnologias necessárias. O Brasil desenvolveu também um plano de IoT bem elaborado e com uma boa governança de acompanhamento. Finalmente, várias iniciativas de classe mundial já são realidade. Este texto traz uma caracterização da IoT no Brasil composta de análise bibliométrica; apresentação do Plano Nacional de IoT e sua inserção na Estratégia Brasileira para a Transformação Digital (E-Digital); uma revisão de trabalhos sobre IoT e agronegócio; um detalhamento das políticas setoriais relacionadas à oferta de tecnologias para a IoT; e uma comparação internacional e casos de sucesso de implementação da tecnologia no Brasil.
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