Passados dez anos do lançamento dos Parâmetros Curriculares Nacionais de línguas estrangeiras (BRASIL, 1998), a língua inglesa permanece fora do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Como os documentos fazem um deslocamento de ensino sobre a língua para um ensino visando ao engajamento discursivo do aluno, i.e., língua como prática social, partimos da hipótese de que os livros didáticos, mesmo sem avaliação pelo PNLD, têm tentado se adequar aos princípios postulados pelo documento oficial. O objetivo deste artigo é, portanto, comparar a proposta dos PCNs de LE com a de duas séries didáticas - Great! e English In Formation. O corpus se restringe a dois textos e respectivas atividades, cuja análise evidencia a concepção de língua como código e texto como pretexto para ensino de vocabulário e gramática, a descaracterização de gêneros textuais, e a inclusão de atividades de leitura e linguagem que vão de encontro ao documento.
ResumoNos dias atuais, as teorias fundamentadas nos Novos Letramentos representam uma importante referência para o ensino de Língua Inglesa no Brasil, propondo uma educação linguística que, ao mesmo tempo, possa fortalecer a consciência crítica e favorecer a agência cidadã. Nessa perspectiva, o presente artigo relata a experiência de um projeto de extensão voltado para o ensino de inglês para adolescentes e jovens, com foco na profissionalização e no letramento crítico, com o objetivo de evidenciar de que forma a proposta curricular e metodológica do projeto, além de promover o desenvolvimento do conhecimento da língua inglesa, constituiu-se um espaço de engajamento dialógico e de expansão de perspectiva dos participantes. O estudo foi desenvolvido com base na análise de fragmentos das aulas, registrados em vídeo, dos planos de aula e material didático utilizado, além das postagens dos jovens participantes acerca dos temas abordados em uma página do projeto em uma rede social. As categorias que guiaram a interpretação dos dados se referem a etapas constituintes das aulas e consistem em: preparação, exploração, problematização e expansão (EDMUNDO, 2012); e ainda: experiências com o conhecido, experiências com o novo, conceituações, conexões locais e globais, expansão de perspectiva, transformação (MONTE-MOR, 2010;DUBOC, 2015). No final, argumenta-se a favor da transposição dessa abordagem, desenvolvida em um espaço não escolar em João PessoaParaíba (organização não-governamental), para o espaço da escola, de forma a ampliar, na educação básica, as possibilidades de uma aprendizagem da língua inglesa mais significativa e capaz de empoderar adolescentes e jovens no uso da linguagem.
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