Resumo Fundamentado na Psicologia Histórico-Cultural, este artigo é parte de uma dissertação de mestrado que teve como objetivo analisar a influência da música na promoção de mudanças na relação estabelecida por alunos de classe de recuperação com as atividades escolarizadas. Foram sujeitos alunos de duas turmas de classes de recuperação intensiva, do Ensino Fundamental II, de uma escola pública estadual de uma cidade do interior de São Paulo.Foram realizados encontros semanais com duração de 1h30, num total de aproximadamente 20 encontros com cada turma. Os procedimentos de construção de informações foram: diálogos com a equipe gestora, professoras e alunos; observações; atividades com músicas, vídeos e filme; devolutivas escritas pelos alunos sobre cada encontro; composições musicais;entrevista semiestruturada com as professoras. Os resultados revelaram que a música é uma materialidade potente na transformação de emoções e sentimentos, favorecendo a configuração de sentidos e significados, sendo uma ferramenta para o trabalho do psicólogo escolar.
Este artigo apresenta parte de uma pesquisa em que se investiga o potencial da música, neste recorte o rap, na mobilização de processos imaginativos e criativos de estudantes do Ensino Médio de uma escola pública. Abordando uma visão de adolescência como produção histórica e cultural, visa por em relevo a importância em dar voz aos adolescentes quando se trata de pensar/agir sobre suas condições de vida atuais e futuras. De modo subjacente o artigo permite refletir sobre a atuação do psicólogo na escola, quando ancorado em uma perspectiva crítica que focaliza o coletivo como potência para a transformação da realidade. A análise realizada se sustenta nos pressupostos teórico-metodológicos da Psicologia Histórico-Cultural, priorizando os conceitos de imaginação e pensamento por conceito, funções psicológicas que assumem prevalência na adolescência. Elegeu-se como objeto da presente análise dois encontros envolvendo 40 estudantes em atividades de apreciação musical, reflexão sobre a biografia de dois rappers e sobre suas músicas e produção de músicas. Os resultados demonstram que a experiência com a música, sobretudo o rap, parece potente na promoção de significados e sentidos sobre a vida dos adolescentes, podendo promover novas relações e percepções sobre seus modos atuais de vida e suas possibilidades futuras.
Este artigo, derivado de duas pesquisas de doutorado, reflete sobre os fundamentos teóricos da Psicologia Histórico-Cultural em sua compreensão da adolescência. Objetiva discutir possibilidades de intervenção mediadas pela arte em uma perspectiva que compreende esse momento do desenvolvimento como propício à ampliação do pensamento e da imaginação, duas funções psicológicas que assumem prevalência na adolescência. O artigo ressalta, ainda, a importância de compreender os afetos na adolescência como base da potência de ação do sujeito, o que requer a criação de formas emergentes de intervenção que favoreçam o desenvolvimento da imaginação e do pensamento, funções que têm na base o afetivo.
RESUMO Este artigo, de natureza teórica, tem como objetivo apresentar a compreensão de um grupo de pesquisa acerca do conceito de imaginação na perspectiva da Psicologia Histórico-Cultural, focalizando, sobretudo, as ideias desenvolvidas por Vigotski e alguns de seus interloculores. Com base nesta perspectiva, compreende-se a imaginação como uma função psicológica superior responsável por criar horizontes, libertando o sujeito de sua realidade concreta. Por possibilitar, imbricada ao pensamento, que o sujeito alcance formas abstratas de pensar, a imaginação assume grande relevância no processo de ensino/aprendizagem, sendo fundamental, portanto, às ações desenvolvidas na escola. Intenta-se, ainda, neste artigo, refletir sobre o conceito de liberdade na relação com a imaginação, visando destacar a importância dos processos imaginativos para o desenvolvimento do sujeito. Ainda, é realizad uma análise com relação ao conceito de liberdade, tal como proposto pela Psicologia Histórico-Cultural e sua relação com a imaginação. O artigo se encerra destacando-se a necessidade de avanços na compreensão da imaginação e sua importância na promoção do desenvolvimento de adolescentes e para a apropriação do conhecimento escolarizado.
Ancorados nos pressupostos teórico-metodológicos da psicologia histórico-cultural, objetivamos discutir como estudantes do primeiro ano do ensino médio da rede pública estadual percebem a escola e analisar como essas percepções se relacionam com sua aproximação/afastamento dos processos de ensino-aprendizagem. Reunimos duas pesquisas de iniciação científica, uma realizada a partir das respostas de questionários aplicados a 86 alunos do período diurno e outra de dois encontros realizados com 57 alunos do período noturno. Resultados demonstraram que os adolescentes destacam as condições materiais e de organização da escola como aspectos que os afastam das atividades de ensino, assim como valorizam a relação dialógica com o professor como central para seu envolvimento com os conhecimentos. Evidencia-se que os adolescentes estabelecem uma relação de caráter pragmático e socializador com a escola, pois frequentá-la seria um meio de alcançar um emprego ou de convívio com os colegas. Concluímos que é preciso reconhecer os alunos como atores ativos no processo de transformação escolar e desconstruir a concepção de adolescentes como naturalmente desinteressados. Ressaltamos a importância de se construir espaços para maior participação dos alunos com a finalidade de favorecer novas reflexões sobre o contexto escolar e sua relação com a vida atual e futura dos jovens. Palavras-chave: ensino médio, evasão escolar, psicologia escolar, adolescência, psicologia histórico-cultural.Anchored in the theoretical-methodological assumptions of historical-cultural psychology, we aim to discuss how freshmen high school students at a state public school apprehend their school and analyse how these perceptions relate to their approach/distance from the teaching-learning processes. We gathered two undergraduate research, one carried out from 86 questionnaires answered by morning class students, and the other from two meetings with 57 evening class students. Results show that these students highlight the school's material and organizational conditions as aspects that distance them from teaching activities, as well as value the dialogical relationship with the teacher as central to their involvement with knowledge. It is evident that adolescents establish a pragmatic and socializing relationship with school, since attending to it would be a means of getting a job or socializing with colleagues. We conclude that it is necessary to recognize students as active actors in the school's transformation process and to deconstruct the conception of naturally disinterested adolescents. We emphasize the importance of building spaces for greater student participation in order to encourage new reflections about the school context and its relation with the current and future lives of young people.
This theoretical article aims to present a research group’s understanding about the concept of imagination from the perspective of Historical-Cultural Psychology, focusing, above all, on the ideas developed by Vigotski and some of his interlocutors. Based on this perspective, imagination is understood as a higher psychological function responsible for creating horizons, freeing the subject from his concrete reality. By enabling, intertwined with thought, the subject reaches abstract ways of thinking, the imagination assumes great relevance in the teaching/learning process, being fundamental, therefore, to the actions developed at school. It is also intended, in this article, to reflect about the concept of freedom in relation to the imagination, aiming to highlight the importance of imaginative processes for the subject’s development. Furthermore, an analysis is carried out in relation to the concept of freedom, as proposed by Historical-Cultural Psychology and its relationship with imagination. The article ends by highlighting the need for advances in the understanding of imagination and its importance in promoting the adolescents’ development and in appropriating school knowledge.
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