O Linfoma Difuso de Grandes Células B é o mais comum dos Linfomas Não- Hodgkin, sendo também o mais comum em adultos. É classificado como alto ou baixo grau, de acordo com sua agressividade, podendo ter taxas elevadas de mortalidade. O acometimento extranodal é relativamente comum, e o principal sítio é o trato gastrointestinal. Neste relato de caso, apresentamos uma paciente feminina, de 72 anos, com quadro de obstrução intestinal por intussuscepção do íleo para o ceco, secundária a massa tumoral por Linfoma Difuso de Grandes Células B. Como tratamento, realizou-se uma ileocolectomia direita com linfadenectomia retroperitoneal. No estudo imuno-histoquímico, CD-20, MUM-1, BCL-6, BCL-2 e Ki - 67 foram positivos e CD-3, c-MYC e CD-10 foram negativos. Após um mês do ato cirúrgico, a paciente realizou um PET/CT o qual não foi evidenciado neoplasia linfoproliferativa em atividade. Os sítios mais comuns de linfomas no trato gastrointestinal são estômago, seguido do intestino delgado e do cólon, representando os linfomas primários colônicos apenas 3 a 4% de todos os tumores malignos do trato gastrointestinal. Devido a grande quantidade de tecido linfático, a região ileocecal é a mais comumente envolvida em linfomas intestinais primários. Como normalmente a doença é diagnosticada de forma tardia, o tratamento realizado costuma basear-se na combinação entre cirurgia e quimioterapia adjuvante.
No Brasil, entre 9,1% a 19,4% da população adulta possuem colelitíase, com cerca de 20% destes apresentando sintomas típicos, sendo a maioria assintomática. Nos pacientes sintomáticos, está indicada a colecistectomia, de preferência videolaparoscópica, desde que o paciente não possua contraindicação para o procedimento. Dentre as complicações intra-operatórias, a lesão de vias biliares corresponde a 0,3% dos casos, podendo ser necessária a realização de uma derivação biliodigestiva para correção de lesões mais complexas, de acordo com a classificação de Bismuth. Entretanto, tais derivações podem evoluir também com estenose, as quais devem ser corrigidas com brevidade por via cirúrgica, endoscópica ou por radiologia intervencionista, pois como complicações da estenose biliar, temos cirrose biliar secundária, decorrendo em hepatectomias e até em transplante hepático. O presente artigo relata um paciente diagnosticado com lesão de vias biliares na confluência dos ductos hepáticos pós-colecistectomia, que foi submetido a uma derivação biliodigestiva em "Y de Roux" no quinto dia de pós-operatório. Aproximadamente um ano depois, voltou a apresentar dor abdominal, icterícia, acolia fecal, colúria, prurido, febre e calafrios. Realizou colangiorressonância, detectando estenose da derivação biliodigestiva, comprometendo ambos os ductos hepáticos. Devido à dificuldade técnica de uma nova intervenção cirúrgica, foi optado por procedimento percutâneo guiado por radiografia para colocação de prótese na via biliar para drenagem e dilatação desta, com resultado satisfatório. A prótese foi retirada após dez meses, mantendo-se o paciente assintomático.
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