A Doença Ulcerosa Péptica consiste em afecção relativamente comum e causadora de injúria da mucosa gástrica e/ou duodenal, a qual pode comprometer as camadas mais profundas dos órgãos. Tal condição apresenta importantes complicações, entre as quais podemos mencionar os sangramentos, perfuração e obstrução. São condições que agregam ao paciente um risco de vida considerável, com altas taxas de morbidade e mortalidade. Este estudo tem como objetivo ampliar o conhecimento médico sobre essa doença, bem como analisar a correlação entre mortalidade e a localização, presença de neoplasia e tratamento proposto.
O Adenocarcinoma Pancreático, que representa a principal neoplasia do pâncreas, é reconhecidamente uma das neoplasias de maior mortalidade, tendo taxas de óbito próximas aos 87% nos Estados Unidos. Alguns dos seus fatores de risco são bem descritos e relacionados, em especial o tabagismo e a presença de histórico familiar positivo, o que pode ser observado na relação da sua fisiopatologia com algumas alterações genéticas específicas e o diagnóstico de pancreatite crônica. Tem-se ainda como fundamental o entendimento da anatomia pancreática, principalmente, para o entendimento da sua expressão clínica, que pode variar de acordo com o segmento acometido, mas também para o estudo da possibilidade de ressecção da neoplasia, sendo esse o único tratamento com possibilidade curativa. Este estudo objetivou revisar a literatura acerca dos principais tópicos envolvidos no entendimento do Adenocarcinoma Pancreático, por meio da pesquisa, de modo exploratório e descritivo, nas bases de dados Medline e SciElo.
O crescimento exuberante do volume de cirurgias bariátricas criou um contingente de pessoas que podem necessitar de atendimento em emergências pelas mais diversas causas, desde casos simples de desconforto abdominal até situações que podem evoluir de forma grave se não forem diagnosticados e tratados com agilidade e segurança. Apresentamos uma breve descrição das principais complicações cirúrgicas após gastroplastias, detalhando o quadro clínico, diagnóstico e terapêutica, com o intuito de despertar interesse no assunto. As alterações anatômicas do trânsito intestinal podem propiciar o surgimento de complicações específicas. Compreender a anatomia e fisiologia das cirurgias e das prováveis complicações possa em muito contribuir para o diagnóstico eficaz e conduta terapêutica efetiva a tempo de reduzir maiores agravantes.
O Linfoma Difuso de Grandes Células B é o mais comum dos Linfomas Não- Hodgkin, sendo também o mais comum em adultos. É classificado como alto ou baixo grau, de acordo com sua agressividade, podendo ter taxas elevadas de mortalidade. O acometimento extranodal é relativamente comum, e o principal sítio é o trato gastrointestinal. Neste relato de caso, apresentamos uma paciente feminina, de 72 anos, com quadro de obstrução intestinal por intussuscepção do íleo para o ceco, secundária a massa tumoral por Linfoma Difuso de Grandes Células B. Como tratamento, realizou-se uma ileocolectomia direita com linfadenectomia retroperitoneal. No estudo imuno-histoquímico, CD-20, MUM-1, BCL-6, BCL-2 e Ki - 67 foram positivos e CD-3, c-MYC e CD-10 foram negativos. Após um mês do ato cirúrgico, a paciente realizou um PET/CT o qual não foi evidenciado neoplasia linfoproliferativa em atividade. Os sítios mais comuns de linfomas no trato gastrointestinal são estômago, seguido do intestino delgado e do cólon, representando os linfomas primários colônicos apenas 3 a 4% de todos os tumores malignos do trato gastrointestinal. Devido a grande quantidade de tecido linfático, a região ileocecal é a mais comumente envolvida em linfomas intestinais primários. Como normalmente a doença é diagnosticada de forma tardia, o tratamento realizado costuma basear-se na combinação entre cirurgia e quimioterapia adjuvante.
O objetivo primário é avaliar e comparar os diversos desfechos cirúrgicos nas cirurgias de reconstrução de trânsito entre pacientes obesos e não obesos. Realizou-se estudo retrospectivo, observacional e unicêntrico por meio da análise de prontuários médicos de 26 pacientes submetidos à cirurgia de reconstrução de trânsito intestinal a entre julho de 2016 e outubro de 2018. Foram incluídos na amostra 26 pacientes dos quais 16 submetidos a abaixamento de cólon laparoscópico e 7 convencional, além de 2 reconstrução de ileostomias terminais laparoscópicas e 1 convencionais. Foram excluídos pacientes com ostomia em alça. Avaliados com auxílio da classificação de complicações de Clavien-Dindo. Foi identificado uma diferença significativa na incidência de complicações grau II entre o grupo de pacientes obesos e não obesos. (p = 0,047) Foi identificado maior tendência de complicações grau III no grupo dos obesos. (p = 0,052). A taxa de conversão mostrou-se maior no grupo com a comorbidade. Não houve diferença significativa no tempo cirúrgico. A obesidade mostrou-se fator de piora para desfechos cirúrgicos na amostra analisada. Os pacientes com obesidade devem ser orientados dos riscos cirúrgicos elevados.
RESUMODefeitos na parede abdominal incluem diástase dos músculos retos abdominais, hérnias da linha média (umbilical e epigástrica) e hérnia incisional. Essas patologias podem surgir de forma isolada ou, muito frequentemente, de maneira simultânea. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo descrever a técnica de abordagem subcutânea pré-aponeurótica, originalmente denominada de SCOLA (Subcutaneous Onlay Laparoscopic Approach) para a correção de hérnias ventrais combinada com a plicatura da diástase dos músculos retos abdominais.
No Brasil, entre 9,1% a 19,4% da população adulta possuem colelitíase, com cerca de 20% destes apresentando sintomas típicos, sendo a maioria assintomática. Nos pacientes sintomáticos, está indicada a colecistectomia, de preferência videolaparoscópica, desde que o paciente não possua contraindicação para o procedimento. Dentre as complicações intra-operatórias, a lesão de vias biliares corresponde a 0,3% dos casos, podendo ser necessária a realização de uma derivação biliodigestiva para correção de lesões mais complexas, de acordo com a classificação de Bismuth. Entretanto, tais derivações podem evoluir também com estenose, as quais devem ser corrigidas com brevidade por via cirúrgica, endoscópica ou por radiologia intervencionista, pois como complicações da estenose biliar, temos cirrose biliar secundária, decorrendo em hepatectomias e até em transplante hepático. O presente artigo relata um paciente diagnosticado com lesão de vias biliares na confluência dos ductos hepáticos pós-colecistectomia, que foi submetido a uma derivação biliodigestiva em "Y de Roux" no quinto dia de pós-operatório. Aproximadamente um ano depois, voltou a apresentar dor abdominal, icterícia, acolia fecal, colúria, prurido, febre e calafrios. Realizou colangiorressonância, detectando estenose da derivação biliodigestiva, comprometendo ambos os ductos hepáticos. Devido à dificuldade técnica de uma nova intervenção cirúrgica, foi optado por procedimento percutâneo guiado por radiografia para colocação de prótese na via biliar para drenagem e dilatação desta, com resultado satisfatório. A prótese foi retirada após dez meses, mantendo-se o paciente assintomático.
A obesidade, principalmente a mórbida – IMC maior ou igual a 40 kg/m 2 - tem sido apontada como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). Uma das opções de tratamento da obesidade e para DM2 é a cirurgia bariátrica. Este é um estudo transversal, analítico e retrospectivo com base em prontuários de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica em um hospital secundário de Fortaleza, Ceará, no período de novembro de 2018 a fevereiro de 2021, avaliando o perfil glicêmico pré e pós-operatório. Em nosso estudo, após os critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 18 pacientes. Todos os pacientes apresentaram perda de peso significativa no pós-operatório no período de avaliação, com melhora do IMC, geralmente, tendo mudança da classificação. Apenas um paciente não alterou classificação IMC, mantendo-se ainda obeso mórbido e com perda de peso sutil. De modo geral, no momento anterior à terapia cirúrgica, quinze indivíduos faziam uso de alguma terapia hipoglicemiante, desses, dois usavam insulina e hipoglicemiantes orais. No seguimento, dezesseis pacientes não faziam uso de nenhuma medicação para controle glicêmico e 02 mantiveram uso de hipoglicemiantes orais, desses, um paciente era insulinodependentes. Foi observado diferença significativa entre o uso de medicações pré e pós-operatória, com p < 0,001.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.