Objetivo: Contribuir ao campo da ciência aberta a partir de um estudo sobre a especificidade da construção de repositórios digitais para abertura de dados antropológicos oriundos de pesquisas acadêmicas. Método: Utiliza a revisão sistemática de literatura seguida de uma análise qualitativa das bibliografias encontradas. Resultado: Os resultados encontrados foram analisados e agrupados em cinco grupos de convergência temática: 1) problema da eticidade na abertura de dados na internet; 2) questões específicas entre Ciência da Informação e Antropologia; 3) demandas comunicacionais e relacionais das plataformas dos repositórios; 4) especificidade dos dados multimídia da subárea chamada Antropologia Visual; 5) repositórios digitais para museus antropológicos que abrigam dados de pesquisa. Conclusões: A literatura sobre o tema ainda é pequena, mas vem crescendo desde 2015, principalmente na língua inglesa. Conclui-se que há vários desafios específicos para concretização de repositórios digitais para esse tipo de dado e que as relações interdisciplinares entre Comunicação, Ciência da Informação e Antropologia são desejadas para superar essas adversidades.
The article talks about the “heterotopias” and “heterochronias” based on studies of ethnography of duration (Eckert & Rocha, 2013b) in the context of large Brazilian metropolises. We propose a reflection especially in relation to the work Des espaces autres (1967) by Michel Foucault (1984) in which the author criticizes the cumulative conception of time for the understanding of the contemporary world. According to the author, the current epoch is more related to space than to the accumulation of time, because the experiences of juxtaposition and simultaneity are opposed to the experiences of linear and progressive time proposed by the modern epistème. In opposition to the use of heterotopias as a way of neglecting the importance of “heterochronias”, this writing proposes a critical incorporation of Foucault's heterotopology into the studies of the ethnography of duration in contemporary urban spaces
Esse artigo aborda as especificidades da construção de periódicos científicos digitais para publicação de fotoetnografias no Brasil. Parte-se da compreensão de que, nas últimas duas décadas, as revistas acadêmicas <em>online</em> foram desenvolvidas principalmente para publicação de artigos científicos escritos, havendo uma lacuna de pesquisa no que se refere às produções universitárias que são feitas com outras mídias - como a fotografia. Assim sendo, esse artigo contribui para suprir essa lacuna com um relato sobre a fundação e desenvolvimento da revista Fotocronografias pelo Banco de Imagens e Efeitos Visuais (BIEV/UFRGS), um periódico que possui cinco anos de existência e que tem como foco a publicação seriada de fotoetnografias em dossiês temáticos. Entendendo que houve (e ainda há) muitos desafios comunicacionais e informacionais para criação e manutenção de um periódico como esse, criou-se esse relato a fim de demonstrar quais foram os problemas enfrentados e quais ainda são debatidos pela Comissão Editorial responsável. A metodologia para a produção deste artigo foi a Etnografia da Duração, visto que este relato não é uma redação que contém fatos objetivos narrados de forma imparcial, mas sim múltiplas memórias narradas pelo autor deste artigo.
Os observatórios de mídia podem ser vistos como atores políticos que apresentam resistências, com o papel social de apontar aos públicos outras formas de ver os acontecimentos. A partir desse entendimento, o Grupo de Pesquisa em Jornalismo Ambiental (GPJA), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), percebeu que a criação de um observatório dedicado à cobertura de meio ambiente poderia não só extrapolar os muros da universidade, levando as reflexões acadêmicas para outros espaços e praticando a extensão a partir de atividades de ensino e pesquisa, como também qualificar o debate ambiental no contexto brasileiro, fomentando o exercício efetivo da cidadania planetária. Este texto, de caráter analítico-exploratório, apresenta a iniciativa e discute os desafios associados à crítica jornalística ambiental. Ressaltam-se, como considerações finais, os limites identificados na produção empírica, decorrentes de uma lógica jornalística nem sempre associada à cidadania, e na própria manutenção dos projetos de extensão nas universidades, fatores que restringem o potencial pedagógico dos observatórios e, nesse caso, do debate sobre jornalismo ambiental.
O presente artigo tem como base uma oficina que foi preparada em 2019/02 e realizada em 2020/01 no Banco de Imagens e Efeitos Visuais (BIEV) na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A intenção inicial era a criação de um ambiente de ensino e aprendizagem através do software livre Tainacan que permite a gestão e a publicação de coleções digitais oriundas da Etnografia da Duração (ECKERT; ROCHA, 2013c). Assim sendo, almejou-se não só a capacitação técnica, mas uma oficina que iniciasse um percurso de pesquisa coletivo que envolve rupturas epistemológicas diversas no trabalho com coleções etnográficas. Por isso, esse artigo irá expor que desafios à transposição didática foram encontrados no processo de ensino a fim de explicitar a importância da formação de competência aos(às) antropólogos(as) para construção de repositórios digitais que diluam a custódia das suas coleções produzidas em pesquisa universitária.
Um dos maiores desafios contemporâneos postos à Antropologia Visual/da Imagem realizada nas Sociedades Complexas Brasileiras é o trabalho com a questão ambiental. Neste artigo, expomos duas incursões intelectuais realizadas nos últimos três anos na área temática de pesquisa sobre Memória Ambiental. A intenção é demonstrar, a partir de narrativas textuais e imagéticas, a intersecção entre o trabalho visual com a questão ambiental e a Etnografia da Duração realizada no núcleo de pesquisa Banco de Imagens e Efeitos Visuais (Biev) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Primeiramente, abordamos as intenções teóricas que guiam este percurso intelectual para, posteriormente, demonstrar os desafios de encarar o trabalho do antropólogo visual como um trabalho de memória e patrimônio sobre nossos ecossistemas humanos e não humanos nas cidades brasileiras. Concluímos com reflexões sobre a necessidade de interdisciplinaridade entre os saberes Antropológicos e os oriundos das Ciências da Informação tanto por motivos metodológicos de pesquisa quanto pela atuação expandida dos etnógrafos urbanos em instituições diversas.
Inspirados pelos estudos piagetianos e durandianos sobre a inteligência e o imaginário, relatamos experiências do ensino da disciplina de Antropologia Visual e da Imagem e de Antropologia Urbana no Curso de Ciências Sociais e no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Estas pesquisas são desenvolvidas no Núcleo de Antropologia Visual (Navisual) e no Banco de Imagens e Efeitos Visuais (BIEV), projetos coordenados pelas Professoras Cornelia Eckert e Ana Luiza Carvalho da Rocha. A fim de demonstrar diferentes propostas de ensino-aprendizagem na produção de etnografias na e da cidade de Porto Alegre, expomos dois projetos produzidos por alunos e professores em que diferentes recursos – escritos, imagéticos e hipermidiáticos – são mobilizados para expressão do trabalho de campo: a exposição denominada “Carta aos Narradores Urbanos: etnografia de rua na Porto Alegre das intervenções artísticas” e o projeto hipermídia intitulado “Livro do Etnógrafo”.
Neste artigo, argumento que o "efeito placebo" não existe; placebos existem, mas eles são inertes, portanto não têm efeitos (é isso que "inerte" significa). No entanto, sabemos que muitas vezes acontecem coisas após a administração de placebo. Dentre as várias causas para tal mudança, atribuo alguns efeitos aos significados que os placebos transmitem aos participantes do evento médico - os médicos, enfermeiras, pacientes, família, comunidade, etc., do paciente. Chamo isso de "respostas significativas" e pesquiso aqui algumas das maneiras como elas ocorrem (com ou sem a presença de placebos). Em seguida, descrevo alguns estudos recentes que complicam dramaticamente a interpretação dos ensaios clínicos randomizados e nossos entendimentos que, talvez, sejam excessivamente simplistas acerca da natureza da eficácia médica.
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