Este artigo apresenta, inicialmente, um apanhado geral da história da Educação Sexual no Brasil. Em seguida, e delineada uma síntese da história da Educação Sexual em uma das cidades do sul do Brasil, de significativa posição econômica e social, a fim de estabelecer uma ponte de reflexão entre o que se tem registrado na história da Educação Sexual do pais como um todo e na história de cidades não alocadas no eixo Rio–São Paulo. Conclui-se que o entendimento dos fatos históricos podem oferecer elementos para mudar o rumo da história e pode ser útil ao educador para poder envolver-se concreta e afetivamente com a Educação Sexual e repensar o seu processo pessoal de preparação e envolvimento com esse tipo de educação. A partir deste ponto, o apanhado geral que se apresenta da história da Educação Sexual no Brasil foi retirado da dissertação da presente autora, intitulada: "Educação Sexual no Brasil: Estado da Arte de 1980 a 1993". USP, 1995. Uma media de 250 professores, sendo a maioria de 1ª a 4ª series e alguns de 5ª a 8ª. A coordenação do Projeto e de responsabilidade da autora deste artigo.
sexual : Problemas de conceituação e terminologias básicas adotadas na produção acadêmico-científica brasileira. Semina: Ci. Sociais/Humanas, v. 17, n. 3, p. 286-293, set. 1996 PALAVRAS-CHAVE: Educação Sexual; conceituação de Educação Sexual; terminologia básica;Estado da Arte. INTRODUÇÃOComo parte de uma pesquisa mais ampla, que procurou analisar toda a produção acadêmico-científica brasileira sobre Educação Sexual do período de 1980de a 1993de (FIGUEIRÓ, 1995 percebeu-se, já nas leituras preliminares, que vários termos estavam sendo usados como sinônimos ou em substituição ao termo Educa ção Sexual. Entre eles, citam-se: orientação sexual , informação sexual , instrução sexual, etc.Esse quadro parecia complicar-se ainda m2Js, quando distorções e incoerências também foram identificadas , entre vários autores, nas tentativas de conceituação de Educação Sexual e/ou orientação se xual, ou de outras terminologias relacionadas . Acresce se a isso as divergências quanto à classificação dos tipos de Educação Sexual .Acreditando que as lacunas ou distorções refe rentes à terminologia básica adotada, à conceituação e à classificação pudessem comprometer, sobremanei ra, a qualidade da produção científica e interferir no avan ço do corpo teórico desta área do conhecimento, procu rou-se fazer uma análise aprofundada das referidas questões. Tendo participado do V Congresso Brasileiro de Sexualidade Humana, ocorrido em São Paulo, no perío do de 16 a 20 de maio de 1995, ficaram mais fortemen te ratificadas, para a autora, a urgência e a relevância das reflexões que a seguir serão apresentadas. Além , de constatar, mais uma vez, a ausência de uma termi nologia comum (uns usavam educação sexual e outros, orientação sexual), uma situação peculiar chamou a atenção: um dos elementos da platéia, em uma deter minada conferência, comentou que o termo educação sexual deveria ser abolido e defendia o uso de orienta ção sexual. Um outro profissional da platéia levantou se dizendo que apoiava a necessidade da abolição do termo e destacou o "brilhantismo" da idéia.No mesmo evento, um pôster estava sendo ex posto e folhetos (BERLER , 1995) entregues, com o objetivo de divulgar a implantação de um Programa de "Educação Afetivo Sexual". Esta terminologia viria, en tão, para aumentar ainda mais a listagem dos termos adotados em substituição e/ou como sinônimo do ter mo Educação Sexual.Foram estas constatações, num evento tão signi ficativo para a temática aqui tratada, que levaram a au tora do presente artigo à determinação pessoal de em penho para a divulgação, mais ampla, através de perió dico, de suas reflexões já elaboradas sobre a questão.
O presente texto aborda a experiência em formação de educadores sexuais, na Universidade Estadual de Londrina (UEL) - PR, destacando-se o período de 2006 a 2007, no qual o projeto de extensão ampliou-se, unindo- se ao Programa Brasil Sem Homofobia (MEC/SECAD, de Brasília). Desta forma, Grupos de Estudos sobre Educação Sexual (GEES), desenvolvidos desde 1995, passaram a ser reforçados por outras ações, quais sejam: assessoria aos profissionais já formados pelo GEES; realização de eventos sobre a temática, a fim de aprofundar o aprendizado e possibilitar a proximidade dos integrantes com homossexuais militantes e, ainda, sensibilizar outros para o combate à homofobia; realização de oficinas sobre diversidade sexual nas escolas; publicação e distribuição gratuita de livros sobre o tema. Inserida numa perspectiva de Educação Sexual emancipatória, a experiência tem sido uma clara demonstração do quanto o ensino sobre a sexualidade necessita estar vinculado a lutas sociais, entre essas, a luta contra a opressão, a discriminação e a violência.
São urgentes e necessárias a formação inicial e a formação continuada de professores(as) para trabalhar a educação sexual nas escolas, sobretudo num período de forte conservadorismo. Com base em pesquisas e extensão universitárias desenvolvidas no período de 1995 a 2013 sobre a formação continuadana área da educação sexual na Universidade de Londrina (UEL-PR), este texto pretende refletir sobre conquistas, superações e desafios interligados ao trabalho do(a) educador(a) e fornecer elementos que subsidiem a atuação dos(as) profissionais formadores(as). Entre algumas conquistas importantes paraa educadora que se dedica à educação sexual, podemos citar, por exemplo, o crescimento em sua visão pessoal a respeito da sexualidade, crescimento esse que pode refletir positivamente em sua vida sexual e a conquista de maior proximidade e amizade com seus alunos. Os desafios são vários e têm se acentuado devido à forte onda de conservadorismo. Um deles é a necessidade de superação da vergonha e do medo de falar sobre sexo. Concluímos que formadores(as) e educadores(as) necessitam conhecer os desafios e as alternativas que dão respaldo legal ao ensino da sexualidade nas escolas, para não se deixarem paralisar diante de ações repressoras feitas pelos inimigos da educação sexual. Necessitam, também, desenvolver o fortalecimento e a união dos profissionais que atuam nas escolas, começando pelo conhecimento do significado e do sentido da educação sexual planejada e intencional na vida de crianças, adolescentes e jovens.
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