Um mundo estranho, difuso e desolado: imensos "territórios vazios", população concentrada no litoral, em geral composta por homens primitivos, mestiços e pobres, vivendo sem leis, sem ordem, sem as facilidades do mundo civilizado. Assim foram descritas por Seleções do Reader's Digest a região territorial e as sociedades latino-americanas entre 1942 e 1970.Seleções era a versão brasileira do Reader's Digest norte-americano, revista lançada nos Estados Unidos em 1922 e um sucesso absoluto de público naquele país. No Brasil, Seleções entrou em 1942 -plena Segunda Guerra Mundial -pedido de Nelson Rockefeller ao Departamento de Estado norte-americano. Rockefeller, na época, tinha interesses comerciais na América Latina em geral, e no Brasil em particular. A solicitação devia-se ao fato da revista mostrar uma imagem positiva dos Estados Unidos, apresentados como o único país capaz de reverter o equilíbrio de forças da guerra, fazendo a balança pender de forma decisiva para o lado dos Aliados.DeWitt Wallace, fundador da revista, optou pelo lançamento do periódico no Brasil, embora as pesquisas de mercado apontassem para a ausência de uma classe média significativa na América Latina, aspecto que poderia inviabilizar o negócio. No entanto, o esforço de guerra merecia o risco. Nascia assim a famosa
O objetivo principal desse trabalho é tratar da primeira expedição norte-americana científica de circunavegação, de nome U. S. Exploring Expedition, realizada entre 1838 e 1842, e comandada pelo capitão-tenente Charles Wilkes. Discuto os objetivos de tal expedição no contexto de viagens do mesmo tipo realizadas, no período, pelas potências européias.
Analisa o principal objetivo da viagem científica de circunavegação realizada pelos EUA entre 1838 e 1842. A tarefa de mapeamento destaca-se entre outras metas científico-estratégicas da viagem exploratória. A iniciativa da empreitada foi movida pela busca da exata localização em alto-mar após a instituição do sistema de longitudes, quando cartas náuticas e mapas de vários países foram conferidos, e outros, novos, desenhados. Os EUA participaram desse esforço internacional, dando início à constituição de um sistema cartográfico próprio.
Este artigo tem por objetivo mapear as expedições realizadas pela U. S. Navy - a marinha de guerra dos Estados Unidos - em direção à América Latina, no século XIX. Foram realizadas doze viagens no período, mostrando o interesse norte-americano pela região desde a década de 1830.
Agradeço à Capes, que me forneceu auxílio financeiro ao longo de quatro anos, sem o qual esta pesquisa não teria sido realizada.Ao grupo de discussão sobre a América Latina: Camilo, Marqui, Silvia, Stella e Marisa. Em especial, agradeço a Gabriela, pelo estímulo e amizade; Felipe por tantas conversas e apoio e ao Rafael, pelas figurinhas trocadas.A Ledô, pelas leituras criteriosas e pelas conversas sempre voltadas para o interior do Brasil. A Cecília Azevedo, agradeço a leitura atenta e as dicas preciosas. A Lúcia pela amizade desde os tempos de graduação.
Aos professores Elias Tomé Saliba e Maria Helena Capelato pelas indicações bibliográficas e sugestões precisas.A Maria Ligia Prado, querida orientadora, a quem devo tanto. A começar pelo eixo central desta tese, que foi se moldando a partir dos textos que foram indicados ainda no curso de graduação. Agradeço o estímulo e a confiança depositados. Acima de tudo, devo a você a abertura desse mundo extraordinário e fascinante da História da América.Agradeço, ainda, a família Junqueira pela torcida.Ao Tom pela cumplicidade, afeto e apoio constantes. Ao Pedro pela compreensão e carinho. Aos dois eu dedico esse trabalho.
FFLCH/USP m muitos países, particularmente nos períodos eleitorais, é notória a utilização de propaganda política que, junto às pesquisas de opinião, se sofisticam mais e mais com a finalidade de conquistar os "corações e mentes" dos eleitores. Embora seja um tema que envolve riscos e desafios, mais do que nunca a propaganda política precisa e deve ser estudada, dada a extraordinária penetração dos meios de comunicação de massa. O fenômeno surgiu na primeira metade do século XX, quando o rádio (por exemplo) instalado nas salas das casas fazia com que as donas-de-casa tivessem companhia durante o dia e agregasse a família em torno das notícias e programas variados durante a noite. Sabe-se que a utilização maciça da propaganda política na América Latina, na primeira metade do século XX, esteve vinculada aos regimes de Vargas, no Brasil, e de Perón, na Argentina. É sobre esse período que a historiadora Maria
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