Resumo De maneira geral, o "Cupuaçu" (Theobroma grandiflorum) floresce na região de Manaus entre maio e setembro, época de menor precipitação pluviométrica e a safra se dá entre meados de janeiro até final de março. Nele foram encontradas dez espécies de insetos visitantes dos quais: 5 himenópteros (abelhas), 2 himenópteros (formigas), 1 ortóptero e 1 díptero. As abelhas são nesta região, difinitivamente, as responsáveis pela polinização. Com média de produção de aproximadamente 3.500 flores por árvore e safra com ± 17,2 frutos maduros, a espécie é considerada de baixíssima eficiência na produção de frutos. Porém, em termos de eficiência energética com safra de ± 16,46 Kg de fruto por árvore, assemelha-se a outras espécies de fruteiras tropicais. A falta de correlação entre flores e frutos maduros (r: 0,86) sugere, como no caso de outras espécies tropicais, que o tamanho da safra é controlado por fatores endógenos.
RESUMO -O araçá-boi (Eugenia stipitata McVaugh ssp. sororia McVaugh, Myrtaceae) é uma frutífera nativa da Amazônia Ocidental com potencial para a indústria de sucos e flavorizantes. Embora pouco plantada na Amazônia brasileira devido a sua acidez, é frequentemente cultivada na Amazônia peruana. O conhecimento de sua fenologia pode ajudar no planejamento do manejo do plantio e da comercialização dos frutos. A fenologia de dez plantas, crescendo num latossolo amarelo degradado, foi observada durante cinco anos. O araçá-boi geralmente floresceu e frutificou três vezes ao longo do ano e sempre teve pelo menos um pico de floração forte durante a estação seca (julho a setembro) e um pico de frutificação mais acentuado na estação chuvosa (janeiro a março). A floração é um evento complexo e demorado que pode durar de dois a três meses, embora o período entre o aparecimento do botão floral até a antese do flor é curto (~15 dias) e o período entre a antese e a maturação dos frutos dura 50 a 60 dias. As regressões múltiplas usadas para determinar o efeito das variáveis climáticas na floração e frutificação não apresentaram altos coeficientes de determinação, embora os modelos tenham sido significantes, provavelmente porque o araçá-boi floresce várias vezes durante o ano e ainda não se sabe qual o estímulo mais importante para iniciar o processo. O vingamento dos frutos variou de menos de 5% a aproximadamente 15%. O peso médio dos frutos avaliados em janeiro de 1988 foi 135 g, com 77% de polpa. Ao longo do período, estimou-se que as dez plantas produziram cm média 1000 frutos/ano, com uma mediana de 890 frutos/ano. Os insetos visitantes eram principalmente abelhas, especialmente Apis mellifera, Eulaema mocsaryi e Ptilotrigona lurida.Palavras-chave: floração, frutificação, mudança foliar, vingamento, clima. Phenology and Yield of Araçá-boi (Eugenia stipitata, Myrtaceae) in Central AmazoniaABSTRACT -The araçá-boi (Eugenia stipitata McVaugh ssp. sororia McVaugh, Myrtaceae) is a small fruit species native to western Amazonia with international potential as a juice and cultivated in other countries. A knowledge of phenology can help plan plantation management and fruit commercialization. The phenology of ten plants growing in a degraded oxisol was year, with at least one strong flowering peak in the dry season (July-September) and a strong fruiting peak in the rainy season (January-March). Flower initiation is a complex event that short (~15 days) and the period from anthesis to fruit maturation takes between 50 and 60 days. The multiple regressions used to determine the effect of climatic variables on flowering and the araçá-boi flowers several times during the year and the most important stimulous for 1988 was 135 g, with 77% of pulp. During the 5 years, the 10 plants yielded 1000 fruits/year, with a median number of 890 fruits/year. Most of the insect visitors were bees, especially Apis mellifera, Eulaema mocsaryi and Ptilotrigona lurida.
Resumo São aqui apresentados aspectos da fenología, ecologia e de produtividade da Sorva (Couma utilis Muell Arg.). Em Manaus, a espécie floresce e inicia a frutificação na época mais chuvosa com a safra no periodo seco. Foram encontradas onze espécies de insetos visitantes, sendo dez Apiidae e uma Heliconiidae. Postula-se a não existência de um polinizador específico para a espécie. O número de flores variou entre 21.000 a 47.000 para as dez árvores com uma taxa de formação de frutos entre 10 e 15%. Foram encontradas correlações muito altas entre o número de flores e outros parâmetros de produção tais como número de frutos verdes, frutos maduros e peso da safra, o que sugere que outros fatores além dos polinizadores podem desempenhar papel importante na determinação da safra.
As observações de campo foram realizadas semanalmente. As datas estimadas quanto ao início e ao término dos fenômenos fenológicos têm assim aproximação de ± 6 dias.Durante o período de floração, em cada ár-vore foram escolhidos 3 galhos, ao acaso, nos quais se fez a contagem das inflorescências e flores. Com a finalidade de estimar-se a quantidade de inflorescênci as e flores produzidas pela árvore, foram contados todos os galhos.As flores foram dissecadas e comparadas com a descrição, feita por Prance & Silva (1975).A fim de ter-se uma idéia de que as flores eram ou não autofecundadas, foram colocados envoltórios de filá de malhas milimétricas ou de morim em 1 O infiorescências de cada árvo-re, dando um total de 100 envoltórios para a espécie.Foi feito o estudo do pólen encontrado nas patas dos insetos com a finalidade de fazer-se uma comparação com o pólen da espécie visitada. Nos dois casos, o método usado na preparação do pólen foi o da acetólise (Erdtman, 1960), seguido da montagem de grãos em gelatina glicerinada.Para determinarem-se os possíveis polini· zadores de cada espécie, todos os insetos que visitavam as flores foram coletados, acondicio· nados e identificados pelo Dr. Norman Penny dD Departamento de Entomologia do INPA, Dr.Warwick Kerr e Dr. João Camargo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.Para estabelecer-se uma correlação entre a freqüência dos insetos nas árvores e a quantidade de pólen que eles carregam, foi feita a contagem padrão de 1 . 000 grãos de pólen por amostra.No período de frutificação, as contagens dos frutos foram feitas nos mesmos gaihos em que foram contadas as inflorescências e flores. Tanto os frutos imaturos quanto os maduros que permaneciam nos galhos ou caídos embaixo de cada árvore foram contados com o obje-446-tivo de caicular-se a média dos frutos perdidos e da safra de cada espécie.Foram pesados 500 frutos, ou seja, 50 frutos de cada árvore. Dos frutos submetidos à pesagem, foram retiradas as sementes, polpas e cascas, as quais foram pesadas, sendo que as sementes foram também contadas. Para as pesagens obtidas foi utilizada balança de precisão.Foram feitas medidas do fuste, do diâme-tro e da copa das árvores em estudo a fim de fazer-se uma correlação entre a idade e a produtividade dessas árvores.Todos os resultados obtidos foram submetidos a diversos cálculos estatísticos, como : média aritmética, desvio-padrão, erro padrão da média, variância, coeficiente de variação, teste "T". teste d'Agostini, curtose, regressão linear e X •As descrições botânicas das espécies foram baseadas nos trabalhos de Prance & Silva ( 1975) . Cavalcante ( 1976) ASPECTOS BOTÂNICOSNome científico : Poraqueiba sericea Tulasne ( Fig. 1; a, b, c, d) . Nomes vulgares FamíliaMary, Mari, Umari e Umaripreto. lcacinaceae.Falcão & Lleras Arvore de 8-12 m de altura, copa ampla e ramificada; folhas simples, alternas, pecioladas; lâmina coriácea elítico-ovads; margem inteira; ápice acuminado; base redonda, glabras na face superior; inflorescências em panículas terminais de 3-7 em de comprimento;...
RESUMO -O abacateiro (Persea americana Mill., Lauraceae) é nativo da Mesoamérica e chegou à Amazônia antes dos europeus. Acredita-se que a raça aqui introduzida foi a antilhana, similar a da maioria dos abacateiros pé-franco da Amazônia de hoje. Estudos de sua fenologia podem ajudar o planejamento de seu manejo e comercialização. A floração iniciou-se na segunda metade da estação chuvosa (março/abril) e durou até meados da estação de estiagem (agosto/setembro). As árvores produziram 25±15 mil flores em 1980 e 38±28 mil flores em 1981. A frutificação iniciouse no final da estação chuvosa (maio/junho) e a safra ocorreu em plena estação de estiagem (agosto/outubro). As árvores produziram 634±299 frutos em 1980 e 1.054±456 frutos em 1981. O vingamento foi de 2,6±1,8%, menor que os valores na literatura. Os frutos pesaram 177,7±41,2 g na safra de 1980, com 51,1±4,5% de polpa. A produtividade, estimado em 112 kg/árvore em 1980 e 187 kg/árvore em 1981, foi abaixo da média de uma árvore bem manejada no sul do Brasil. As flores foram visitadas por oito espécies de abelhas, destacando-se Trigona branneri Ckll, Frieseomelitta sp. e Partamona pseudomusarum Camargo.Palavras-chave: floração, frutificação, vingamento, mudança foliar, abelhas. Phenology and Yield of Avocado (Persea americana Mill.) in Central AmazoniaABSTRACT -The avocado (Persea americana Mill., Lauraceae) is native to Mesoamerica and arrived in Amazonia before the Europeans. We believe that the West Indian race was introduced first, since it is similar to the majority of seedling trees in Amazonia today. Study of its bee species, the most common of which were Trigona branneri Ckll, Frieseomelitta sp. and Partamona pseudomusarum Camargo.
Resumo Neste trabalho, são apresentados dados da fenologia, ecologia e produtividade do Mapati (Pourouma cecropiifolia Mart.). Na região de Manaus, a espécie floresce na época de maior precipitação pluviométrica (abril a junho) com a safra no final da seca e início da seguinte época de chuvas (outubro a janeiro). Cinco espécies de insetos visitantes foram observados, dos quais quatro, todos da família Apidae apresentaram quantidades significativas de pólen, sugerindo a não existência de um polinizador específico e sim de um síndrome de polinização. O número de flores variou entre 4500 e 14000 para as cinco árvores estudadas com taxa de formação de frutos muito alta (91% aproximadamente). Existe uma correlação muito alta entre número de flores e outros parâmetros de produção tais como número de frutos imaturos (r = 0,999**), número de frutos maduros (r = 0,999**), e peso da safra (r = 0,988**), o que não é surpreendente, considerando o alto índice de polinização. Sugere-se, como no caso do Umari, que o número de flores está intimamente ligado com a capacidade energética da árvore e que existe um controle endógeno de número de frutos levados à maturação de maneira a manter um certo peso por fruto individual.
A fruta-pão (Artocarpus altilis) e a jaca (A. heterophyllus) são comumente cultivadas na Amazônia. Ambas apresentaram vários picos de floração ao longo do ano. A fruta-pão floresceu na época chuvosa e na de estiagem, enquanto que a jaca floresceu principalmente na época chuvosa. A proporção de inflorescências estaminadas e pistiladas na fruta-pão alternou irregularmente ao longo do ano, enquanto as flores pistiladas na jaca foram quase sempre mais frequentes. Os frutos da fruta-pão estavam presentes durante a maioria do ano, com picos de abundância no início da época chuvosa (janeiro a março) e na época de estiagem (agosto a outubro), enquanto frutos de jaca estavam presentes com abundância na época chuvosa de 1988 (janeiro a março) e na época de estiagem de 1988 e 1989 (julho a setembro). O vingamento dos frutos da fruta-pão foi maior que o da jaca, com médias de 76% e 48% por semestre, respectivamente. Tanto a fruta-pão como a jaca apresentaram uma acentuada caída de frutos entre o vingamento e a maturação, com médias de 36% e 28% por ano, respectivamente. Embora o número de frutos produzidos por planta não foi muito diferente (médias de 53 e 45 por planta, respectivamente), a produtividade da jaca foi expressivamente maior (475 kg/planta) que a da fruta-pão (48 kg/planta), porque os frutos da jaca são maiores que os da fruta-pão (médias de 8,9 kg e 1,1 kg, respectivamente). As abelhas foram os principais insetos visitantes, sendo muito mais numerosas que as formigas, borboletas ou moscas.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.