Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar o espaço ocupado por saberes sobre os céus indígenas em documentos educacionais nacionais e do estado do Amazonas. A metodologia tem abordagem qualitativa e os documentos selecionados para análise foram: Parâmetros Curriculares Nacionais, Base Nacional Comum Curricular, Propostas Curriculares do Estado do Amazonas e Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas. Para análise desses documentos utilizamos a Análise de Conteúdo. Os resultados mostram que, dos documentos analisados, somente o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas, documento específico para essas culturas, apresenta explicitamente elementos a respeito dos saberes sobre os céus indígenas. Nos outros documentos, a abordagem específica de saberes indígenas sobre os céus é pouco recorrente. Em se tratando das Propostas Curriculares do Estado do Amazonas, a falta desses temas é preocupante. No estado com o maior número de pessoas autodeclaradas indígenas no país, a abordagem de temas relacionados aos saberes sobre os céus indígenas ressaltaria a importância da valorização dos conhecimentos produzidos por esses povos. A falta dessa abordagem pode contribuir para naturalizar um currículo que apresenta predominantemente a cultura dominante. A pouca representatividade da cultura indígena nos currículos, consequentemente, promove a manutenção de livros didáticos nessa mesma perspectiva. Palavras-chave: Currículo. Cultura Indígena. Diversidade cultural.
A luta das mulheres para obtenção de direitos humanos, sociais e civis, realizada a partir de múltiplas estratégias em diferentes momentos históricos, ampliou a participação feminina na sociedade brasileira e permanece reivindicando a concretização de direitos garantidos pelo texto constitucional. Durante o século XIX, uma parte dos jornais e periódicos se destinava aos interesses femininos e, dentre eles, a imprensa feminista exerceu o importante papel de fomentar discussões que questionavam a posição da mulher na sociedade em defesa da emancipação feminina – ora entendida como a ampliação da participação das mulheres na esfera pública, ora como a igualdade de direitos entre mulheres e homens. Este artigo tem por objetivo investigar o conceito de emancipação feminina nos primeiros anos da República presente nos jornais A Família e O Quinze de Novembro do Sexo Feminino, importantes representantes das perspectivas acerca do papel das mulheres na sociedade brasileira.
RESUMO: A astronomia cultural estuda a produção de saberes sobre o céu atrelada às manifestações socioculturais dos povos, possuindo a potencialidade de abordar a diversidade cultural no contexto das aulas de ciências da natureza. Este trabalho, de natureza teórica, consiste em uma análise de doze materiais e propostas didáticas que abordaram a astronomia cultural, e investigou dois principais aspectos: os temas de maior recorrência e as abordagens ao multiculturalismo. Os resultados indicaram a maior recorrência de narrativas sobre o funcionamento do universo e os asterismos de algumas etnias indígenas, além de narrativas sobre entes celestes, a construção de calendários, entre outros. Da abordagem ao multiculturalismo, identificou-se uma polarização entre um viés diferencialista, que valoriza as diferenças culturais dos grupos, e uma postura intercultural, com ênfase no diálogo entre variadas culturas.
Este artigo aborda a inserção do ensino de ciências da natureza em discussões transversais contemporâneas a partir da realização de um estado da arte em periódicos latino-americanos, envolvendo o tema da diversidade cultural no contexto da produção de conhecimentos. Os estudos decoloniais e as noções de epistemologias emergentes e epistemologias do Sul foram utilizados como aportes teóricos na investigação. O estudo sobre as publicações utilizou como referencial a análise de conteúdo e entre os resultados principais do levantamento, destacamos: o pequeno número de publicações relacionadas mais diretamente às ciências da natureza; a potencialidade da astronomia para tratar da construção do conhecimento em uma perspectiva plural no campo das ciências naturais; a maior recorrência de trabalhos voltados à matemática, tendo em vista o desenvolvimento de áreas como a etnomatemática; a utilização de perspectivas decoloniais como referencial teórico em discussões sobre outras epistemologias na América Latina.
À Cristina, agradeço a orientação de longa data, desde a graduação; o acolhimento e afeto em diversos momentos; o respeito e confiança pelas minhas escolhas no mundo acadêmico.Ao professor João Zanetic, a leitura criteriosa e sugestões dadas a este trabalho durante o exame de qualificação. Neste sentido, também agradeço grandemente à professora Flávia Melo e ao professor Carlos Kantor a leitura atenta da dissertação e participação na banca de defesa, compartilhando suas contribuições e reflexões para melhoria da pesquisa.Agradeço aos colegas que, em algum momento, fizeram parte do grupo de estudos sobre ensino de astronomia, Andreza, Clístines, Daniel, Elrismar, Fernanda, Flávia, Gabriel, Gleice, Lucélia, Valéria e Vanessa, colaborando para a criação de uma atmosfera de parceria e compartilhamento. Em especial, agradeço a Andreza, Elrismar e Vanessa a companhia em viagens para participar dos SNEAs e a Gleice e Lucélia, a torcida e estudos nos últimos tempos. Aos estudantes do 2º ano de 2015 da Escola Estadual Senador AdolfoGordo, meu agradecimento às perguntas instigadoras nas aulas de Física, a compreensão acerca de minhas ausências para finalizar a dissertação e participar de eventos acadêmicos. Em especial, agradeço à professora Ana Célia a preciosa ajuda ao realizar atividades em minhas turmas e a torcida pela finalização deste trabalho; ao professor André, as conversas sobre educação e sobre os problemas de nossa escola.Agradeço ainda ao Ailton e Thomas, funcionários do IFUSP, a ajuda e compreensão nos últimos momentos de entrega da dissertação, e a todas e todos que organizaram suas rotinas, abrindo mãos de seus compromissos para comparecerem à ocasião da minha defesa. A presente pesquisa analisou materiais e propostas didáticas sobre o tema da astronomia cultural, tendo em vista sua inserção no ensino de tópicos de Física e Ciências na educação básica. A astronomia cultural pode ser tomada como o estudo das relações entre os saberes produzidos sobre o céu e as dinâmicas socioculturais de um dado grupo. A existência de uma grande multiplicidade de culturas indica a possibilidade de inúmeras formas de se relacionar com os elementos celestes. Tal diversidade pouco ou raramente é explorada, sendo um dos objetos desta pesquisa evidenciar que as discussões desta temática podem ser potencialmente interessantes para trabalhar em sala de aula a questão do respeito à diversidade cultural, apresentando aos estudantes outras lógicas de pensamento, distintas das referências da cultura ocidental. Foram realizadas revisões bibliográficas a fim de construir um panorama da produção dos pesquisadores da área de ensino de ciências junto aos temas do multiculturalismo e da astronomia cultural. Este procedimento favoreceu o contato com materiais e propostas didáticas que foram selecionadas para comporem o conjunto de dados a ser trabalhado. Com base na metodologia da análise de conteúdo, doze documentos que abordaram a astronomia cultural de maneira articulada ao contexto da sala de aula foram analisados, investigando-se três...
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