Este artigo aborda a comunicação publicitária diante das transformações sociais, culturais e tecnológicas contemporâneas. E também o papel da Universidade Pública no ensino, extensão e pesquisa de temas sobre o consumo, publicidade e responsabilidade social. O relato sobre o Laboratório Universitário de Publicidade Aplicada (LUPA) nos levou a compreender a importância da agência experimental no processo de formação acadêmica.
Este artigo apresenta uma análise dos testemunhos de sobreviventes ao desastre ocorrido em 2011, no Vale do Cuiabá (Petrópolis, RJ), região serrana do Estado do Rio de Janeiro, a partir de uma abordagem psicossocial. Os testemunhos foram coletados sete anos após a tragédia por meio de entrevistas individuais e grupais e mostram que o desastre continua. Dentre os resultados, evidencia-se que as pessoas entrevistadas se percebem como sobreviventes e não como afetados, atingidos ou vítimas; a vivência do abandono permanece com a ausência do Estado; e a precariedade das políticas públicas praticadas fragmentaram as relações comunitárias, gerando comprometimento da comunicação interpessoal. Destaca-se que o desastre permanece enquanto durar o sofrimento social dos envolvidos e que os profissionais que atuam nesse campo necessitam desenvolver uma escuta qualificada.
A publicidade é hoje um dispositivo de experimentações que coloca impasses para a cultura contemporânea. Ao ter como propósito deixar no usuário/consumidor uma sensação que deverá ser lembrada a qualquer momento, ela se reapropria do espetáculo no sentido de que ele envolve o espectador. A hipótese é de que esse novo uso da linguagem não é só devido aos desafios provocados pelas novas interfaces, pelo excesso de informação e pela cultura digital acelerada e dispersa. Ele é também devido às solicitações da sociedade pós-industrial que cria zonas indiscerníveis entre cotidiano e espetáculo, experiência e ilusão.
Nos últimos anos, profissionais de diversas áreas de conhecimento têm demonstrado interesse crescente pelo tema desastres, com aumento de atores nesse campo, sejam eles vinculados às instituições públicas, privadas, ONGs ou voluntariado, além de grande número de pesquisadores. Este artigo tem como objetivo realizar uma reflexão crítica sobre três desastres ocorridos no Brasil – Vale do Cuiabá (2011), Samarco (2015) e Vale (2019), assim como as possíveis contribuições para a atuação profissional na área. Foram realizadas pesquisas documental e bibliográfica. Os resultados mostram conexões entre os três desastres, destacando-se a atenção primária em saúde como território e recurso em desastres. Este trabalho pretende contribuir para que as ações de profissionais e pesquisadores possam partir de uma demanda centrada nas pessoas e nas comunidades afetadas, com recomendações necessárias para atuação.
RESUMOEste artigo visa compreender as representações do consumo e do meio ambiente quando aparecem associadas como "consumo verde" empregando a perspectiva teórica e crítica dos estudos da governamentalidade. A compreensão dessas duas áreas de pensamento, meio ambiente e consumo relacionadas, torna-se importante, pois o consumo verde, como uma construção discursiva e uma prática, incorpora uma complexa convergência de ideias sobre o que "verde" e "consumo" significam na contemporaneidade. Toma-se como corpus de investigação a revista semanal Veja, edições dos anos de 1992 e 2012, marcos das duas conferências mundiais sobre o meio ambiente, Eco 92 e Rio+20, ambas realizadas na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Como resultado, destacam-se dois pronunciamentos discursivos distintos: o da Eco 92 é marcado pelo benefício da eficiência do mercado, e o da Rio+20, pela soberania do consumidor e seu poder de alterar os padrões ambientais. Os pontos em comum entre os dois momentos é que ambos atenuam o envolvimento das relações sociais e políticas, e os conflitos a eles associados.Palavras-chave: meio ambiente, consumo, governamentalidade, Eco 92, Rio+20. ABSTRACTThis paper focuses on the representation of consumption and the environment when they appear associated as "green consumption" employing the theoretical and critical studies of governmentality. It is important to understand these two areas of thought, environment and consumption, because green consumption as a discursive construction and practice incorporates a complex convergence of ideas on the meaning of "green" and "consumption" nowadays. The weekly magazine Veja, editions of 1992 and 2012, is taken as the research corpus and marks the two world conferences on the environment, Eco 92 and Rio +20, both held in the city of Rio de Janeiro, Brazil. As a result, we highlight two distinct discursive pronouncements: Eco 92 is marked by the benefit of market efficiency, and Rio +20 by the consumer sovereignty and its power to change the environmental standards. The commonalities are that both attenuate the involvement of social and political relations, and conflicts associated to them.
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