INTRODUÇÃO: Existem diferenças no curso da esquizofrenia entre homens e mulheres, sendo que nessas o início é mais tardio e o prognóstico melhor. Uma possível explicação para esse achado é a presença de estradiol, que pode agir como fator protetor. Essa possibilidade é reforçada por alguns fatores, como piora dos sintomas no período puerperal e perimenstrual, quando os níveis de estradiol estão mais baixos. MÉTODOS: Foram entrevistadas 39 pacientes com esquizofrenia admitidas consecutivamente para internação por exacerbação do quadro psicótico. As pacientes apresentavam ciclo menstrual regular e tinham idade média de 34,2 anos. Os sintomas esquizofrênicos foram medidos com a escala BPRS. O dia do ciclo em que elas se encontravam foi determinado na entrevista de admissão ou durante o período de internação, com a verificação de ocorrência de sangramento menstrual. As pacientes foram divididas em três grupos, de acordo com o período do ciclo menstrual no qual se encontravam no dia da internação. Foi feita comparação da distribuição observada com a distribuição esperada se não houvesse diferença no número de mulheres entre os três grupos. RESULTADOS: Foi observado que a maioria das pacientes estava no início ou no fim do ciclo menstrual quando foram internadas (qui-quadrado=6,02, p= 0,049). CONCLUSÕES: Existe uma relação entre internação em hospital psiquiátrico e período do ciclo menstrual no qual pacientes esquizofrênicas se encontram.
KeywordsA demência com corpúsculos de Lewy (DCL), síndrome com curso flutuante, alucinações visuais, sinais parkinsonianos e hipersensibilidade a antipsicóticos, tem recebido crescente atenção nos últimos anos. Possui, desde 1995, critérios clínicos e neuropatológicos que permitem diagnosticá-la desde o início. A combinação de déficits colinérgico e dopaminérgico requer tratamentos cautelosos. Uso excessivo de medicações dopaminérgicas (L-dopa), antidopaminérgicas (antipsicóticos) ou anticolinérgicas (antipsicóticos ou anti-parkinsonianos) pode complicar o quadro, piorando sintomas cognitivos, psicóticos e extrapiramidais.
Com o ressurgimento do uso da clozapina no tratamento da esquizofrenia refratária, em 1988, vários antipsicóticos de nova geração foram introduzidos no arsenal terapêutico para o tratamento da esquizofrenia, e é de senso comum que esses novos antipsicóticos representam um avanço na terapêutica da esquizofrenia.Diferentemente dos antipsicóticos de primeira geração (APG), a maioria dos novos antipsicóticos, também denominados antipsicóticos de segunda geração (ASG), tem como principal característica farmacológica maior afinidade aos receptores serotoninérgicos do que aos dopaminérgicos, e, embora com algumas exceções (como a amisulprida, quase exclusivamente dopaminérgica), acredita-se que esta seja a explicação para sua alta tolerabilidade em termos do desenvolvimento de sintomas extrapiramidais. No entanto, provavelmente devido a seu alto custo, os ASGs passaram a ser questionados em sua eficácia e, em virtude disso, várias revisões foram publicadas comparando os ASGs com os APGs em termos de eficácia terapêutica global e, mais especificamente, sobre sintomas positivos e negativos, além de, secundariamente, avaliar sua tolerabilidade.Com o objetivo de sintetizar os resultados obtidos nos vários ensaios clínicos realizados que avaliam a eficácia de determinado tratamento, há vários anos foi criado um método estatístico denominado meta-análise, ou processo de síntese de pesquisa. O objetivo de uma meta-análise é encontrar um efeito que é definido como a diferença clinicamente significativa entre dois grupos (experimental versus controle) que receberam tratamentos diferentes (por exemplo, clozapina versus clorpromazina).A obtenção de conclusões a partir de um efeito obtido em uma meta-análise é um método mais científico do que a revisão da literatura por "contagem de votos", que se baseia em conclusões provenientes da simples diferença entre o número de estudos favoráveis (por exemplo, a um determinado medicamento A, que se quer testar, dado ao grupo experimental) versus o de estudos desfavoráveis (por exemplo, medicamento B, dado ao grupo-controle). Os efeitos individuais extraídos dos diversos estudos são integralizados no chamado "efeito global" ou "tamanho do efeito" ("effect size" -ES).Para que uma meta-análise seja bem conduzida, devem-se tomar certos cuidados para que a conclusão não seja influenciada ou substancialmente modificada por outros fatores que não os de interesse. Há que se levar em consideração se os tamanhos de efeito têm distribuição homogênea, o que geralmente é verificado "Ausência de evidência não representa evidência de ausência"Carl Sagan -The Dragons of Eden
In a fixed-dose, double-blind study, the clinical response of schizophrenic patients to a high (0.40 mg/kg) or a low (0.15 mg/kg) dose of haloperidol (HL) was compared. The relationship between HL steady-state plasma levels and clinical improvement was examined. The utility of HL plasma level after a single test dose (0.05 mg/kg) in predicting the clinical response to treatment was evaluated. No difference in clinical improvement was observed between the two groups as a whole, although the high-dose group had a faster initial improvement. The high-dose group showed more extrapyramidal effects during treatment. No relationship was found between HL steady-state levels and clinical improvement. For the low-dose group, HL plasma level after the test dose was significantly positively correlated with the improvement after eight days of treatment. The test dose HL plasma level was no predictor of the clinical response to treatment in the high-dose group. The possibility of predicting the clinical response of schizophrenic patients to treatment from the plasma level after a test dose is still an open question that requires further studies.
BackgroundThe impact of schizophrenia on the family is complex1 and affects not only the patient, but his/her whole family. The adverse consequences involve physical, emotional, social, and economic restrictions and imply an objective and subjective burden for caregivers.2This study aims to evaluate the burden of caregiving in a sample of outpatients with schizophrenia, in Sao Paulo, Brazil.MethodsCross-sectional observational study. Patients with diagnosis of schizophrenia (DSM-5), 18–50 years, both sexes, and a relative/caregiver, both sexes, aged 18 to 70 years, living in contact with the patient at least 20 hours/week. Measures included patients and caregivers’ demographic variables. Family burden was evaluated using the Brazilian version of the Family Burden Interview Schedule (FBIS-BR), a semi-structured interview, considering objective and/or subjective burden, distributed in five subscales (assistance to the patient in daily life [objective and subjective burden]; supervision of patients’ problematic behaviors [objective and subjective burden]; financial burden; impact on family routine [objective and subjective]; worries about the patients’ present and future life [subjective]). The questions of FBIS-BR refer to the last thirty days prior to the interview, except for one item, which evaluates the overload during the last year. The objective burden is assessed in a Likert scale (1 = never to 5 = every day), and subjective burden, in Likert scale (1 = not at all to 4 = very much).ResultsPatients: n= 56: 69.6% male; mean age: 36.04 ± 9.62 years; 89.3% single; duration of disease: 15.07 ± 9.83 years; number of hospitalizations: 2.95 ± 3.76; 76.8% with elementary or middle school; 66.1% without social security.Caregivers n=56: 76.8% female; mean age: 56.30 ± 11.46 years; 57.1% mothers; 10.7 % fathers; 23.2% siblings; 57.1% married; 62.5% with elementary or middle school; in contact with the patient 81.71 ± 37.04 hours/week, most of them live with the patient; 53.6% without social security.The mean total score of the objective and subjective burden was 2.43 ± 0.57 and 2.14 ± 0.53, respectively.In the analysis of subscales the assistance to the patient in daily life (objective) was 3.26 ± 0.71 and it subjective aspect was 1.82 ± 0.89; supervision of patients’ problematic behaviors (objective) was 1.80 ± 0.53 and it subjective aspect was 0.95 ± 0.71. The impact on family routine (objective and subjective) was 2.21 ± 0.93 and worries about the patients’ present and future life (subjective) 3.64 ± 0.61; financial burden: 3.39 ± 1.54. The mean total family income was US$1008.49 ± $526.02.There were no significant differences in FBIS-BR scores between male and female patients, except for “supervision of patients’ problematic behaviors”, both objective (p=.013, uncorrected for multiple comparisons) and subjective (p= .032. uncorrected for multiple comparisons) aspects, in which female patients were responsible for a higher burden for their caregivers. Regarding the family’s perception of the financial burden ...
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