Este artigo tem por objetivo mensurar e avaliar os reflexos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) sobre o espaço de manobra da gestão financeira dos pequenos municípios paranaenses com população entre 10 e 20 mil habitantes, tendo como referência as peculiaridades e atribuições dos governos locais. A fundamentação teórica compreende os conceitos relacionados à organização do setor público brasileiro, LRF, administração pública gerencial, gestão municipal e, especificamente, à gestão financeira municipal. A pesquisa é caracterizada do ponto de vista metodológico como descritiva e explicativa quanto aos objetivos; bibliográfica e documental quanto aos procedimentos; e quantitativa quanto à abordagem do problema. São analisados os municípios paranaenses com população entre 10 e 20 mil habitantes que disponibilizaram informações na base de dados Finanças do Brasil, da Secretaria do Tesouro Nacional (Finbra). A técnica estatística empregada é a regressão linear múltipla. Nas análises de regressão, foram incluídas 22 variáveis explicativas, envolvendo aspectos financeiros e de gestão dos municípios. Conclui-se que o espaço de manobra dos pequenos municípios paranaenses não foi reduzido pela LRF como era esperado e, sim, aumentado tanto em termos absolutos como em termos relativos, o que evidência significativa melhoria da gestão financeira. Além disso, as análises de regressão e as análises complementares envolvendo o coeficiente de espaço de manobra sobre as despesas correntes mostram significativa mudança estrutural como decorrência da LRF.
A responsabilidade social corporativa (RSC) se tornou de grande importância para as empresas, temática que tem sido um campo fecundo para divergências em relação ao que vem a ser e se é adequado o aporte de recursos para o desenvolvimento de ações na área socioambiental. O objetivo desta pesquisa consistiu em analisar a relação entre os indicadores socioambientais e o desempenho financeiro em companhias abertas do setor de energia elétrica que compõe o Índice Bovespa, no período de 2009 a 2015. Os resultados denotam que tanto o retorno sobre o ativo (ROA) como o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) apresentam resultados similares quando comparados aos investimentos socioambientais e ao tamanho das empresas. Nota-se principalmente que os indicadores sociais internos apresentam uma relação direta e significativa com os resultados organizacionais, indicando que investir nos funcionários tende a produzir resultados financeiros positivos para as empresas.
O setor de energia elétrica brasileiro passou por inúmeras transformações ao longo dos anos, especialmente com a privatização de várias empresas estatais na década de 90. Esse fato culminou na maior importância e atuação dos órgãos reguladores do setor, na busca por garantir qualidade, continuidade e o acesso desses serviços a toda população. Tendo em vista a expressiva participação de empresas privadas no setor de energia elétrica, a presente pesquisa tem por objetivo verificar se existe diferença entre a eficiência econômico-financeira das empresas estatais em relação às empresas privadas que atuam no setor. Os procedimentos metodológicos caracterizam a pesquisa como bibliográfica e documental, com abordagem quantitativa dos dados. Para tanto, após a construção dos indicadores contábil-financeiros, foi realizada a análise de eficiência das empresas por meio da metodologia de Análise Envoltória de Dados (DEA). Os resultados mostraram que apesar de haver uma oscilação diferenciada dos coeficientes de eficiência das empresas estatais em relação às empresas privadas, essa diferença não apresenta significância estatística. Indica que as empresas estatais e as empresas privadas do setor elétrico brasileiro apresentam eficiência econômico-financeira assemelhada.
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