Resumo: O artigo focaliza a maneira como Tito Lívio (sécs. I a.C. -I d.C.) articula política, civismo e cotidiano em sua Ab urbe condita libri, através da análise das representações sociais que constrói. Discute a noção de história enquanto mimesis de um passado presentificado por Lívio nos primórdios do Império. Apresenta um Lívio construtor de uma memória da sociedade romana que retroage às épocas da realeza e da república romanas. Da ênfase conferida por Lívio a algumas dessas práticas (cerimônias e crenças religiosas, ritos funerários, relações familiares, valores sociais, disputas de poder, etc.), resultou nossa compreensão de que a política constitui o fio articulador de sua escritura. Conceito que em Lívio engloba as práticas cívicas/públicas realizadas pelos cives no espaço da urbs a partir do respeito aos valores da civitas.Palavras-chave: Historiografia latina; Tito Lívio; História; Exemplum.Para Tito Lívio, em nossa percepção, o exercício por excelência da política se constituía das práticas civis dos romanos, realizadas no interior da urbe romana. Distingue as
A troca de missivas entre os intelectuais, no decorrer do século XX, se tornou um meio eficaz para a circulação de textos inéditos entre intelectuais modernistas. É importante destacar que, se este não foi um hábito restrito a esse momento histórico, desenvolveu-se de forma considerável nele. As correspondências trocadas entre os integrantes do Modernismo brasileiro e da vanguarda argentina revelam que a partilha do texto inédito se estabeleceu entre eles como uma prática constante. Luís da Câmara Cascudo, Monteiro Lobato, Mário de Andrade, Joaquim Inojosa, Braulio Sanchéz-Saes e Luís E. Sotto, foram, sem dúvida, alguns desses intelectuais. O artigo tem por objetivo estudar a ação de Luís da Câmara Cascudo na divulgação do modernismo brasileiro na Argentina Intelectual durante os anos de 1922 a 1925.
RESUMO . O ensaio discute a personagem de Cícero a partir do auto-retrato por ele elaborado e das representações biográficas que lhe construíram autores de sua época e da contemporaneidade. Problematiza a escritura ciceroniana, destacando as relações que constrói entre a retórica e o exercício político. Intenciona contribuir para a construção da imagem de Cícero enquanto sujeito histórico, ainda que toque em aspectos estéticos de sua produção discursiva.PALAvRAS-CHAvE . Literatura latina; história de Roma; Cícero; política; retórica.No universo dos escritores latinos do século I a. C., tais como Tito Lívio, Virgílio, Propércio, Horácio e Cícero, é possível perceber uma ênfase na temática do político ou de suas ligações pessoais para com a cena política que os rodeia. A escritura ciceroniana assume, no entanto, destaque, haja vista que é constituída por um conjunto considerável de obras que toma a política como tópos central e, mesmo naquelas em que se propõe a tratar de questões jurídicas e filosóficas, mantém as preocupações políticas como norteadoras de seus discursos.Com efeito, desde obras como Do sumo bem e do sumo mal, em que Cícero discute questões concernentes à vida humana a partir de uma perspectiva filosófica, ao conjunto de seus discursos em que ora acusa ora defende figuras públicas, a temática da política aparece como eixo de compreensão de mundo do orador. Cícero, na referida obra, faz comentários sobre a honestidade enquanto a maior das virtudes para mostrar como um homem púbico deveria agir em benefício da República, e é provável que enderece sua obra para um grupo específico e limitado de leitores: os homens públicos. Nesse sentido, percebemos que a discussão que traça sobre o sumo bem se dá a partir de um objetivo pragmático que se associa ao universo da política. Aspecto, na maioria das vezes, diluído no âm-
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