Este estudo buscou comparar o desempenho de alunos da primeira série do ensino fundamental (Grupos 1F e 1IN) e alunos da segunda série do ensino fundamental (Grupos 2F e 2IN), testados no início (IN) ou final do ano letivo (F), na solução de problemas matemáticos. Trinta e oito alunos divididos em 4 grupos foram submetidos ao mesmo procedimento, que consistia da apresentação oral de problemas matemáticos. Após cada resposta, o aluno era questionado sobre a forma de solução. Os dados foram analisados quanto ao índice de acertos e às estratégias empregadas. Os acertos e o uso da escrita foram maiores no Grupo 2F e menores no Grupo 1IN. Os grupos 2F e 1F apresentaram uso mais freqüente de algoritmos. Os resultados também indicam melhor desempenho do Grupo 1F em relação ao Grupo 2IN, sugerindo que a história de freqüência recente à escola favorece o desempenho dos alunos.
O objetivo deste estudo foi compreender, a partir da concepçao dos professores, como ocorre o acesso e apropriação de conhecimentos matemáticos por crianças com síndrome de Down a partir de sua participação no contexto de sala de aula no ensino regular. Participaram 03 professoras que trabalhavam com alunos com síndrome de Down, onde responderam a entrevista semi-estruturada, cujo propósito foi verificar e analisar como as mesmas possibilitam o acesso ao conhecimento matemático para crianças com síndrome de Down. Os resultados mostraram que as crianças com síndrome de Down não estão tendo acesso e muito menos se apropriando de conceitos matemáticos nessas escolas, uma vez que as práticas das professoras tem se limitado a exposição oral para ensinar todas as crianças, inclusive as crianças com síndrome de Down, negando suas especificidades ou de qualquer outra criança. As escolas participantes deste estudo continuam alicerçadas num paradigma escolar homogenizador e meritocrático, onde as diferenças individuais e sociais são vistas como pré-requisitos para a exclusão. Palavras-chave: Inclusão escolar; Apropriação de conhecimentos matemático. Síndrome de Down.
Buscou-se compreender como ocorre a apropriação de conhecimentos mediante interação verbal por tríades de crianças com e sem relação de amizade quando participam conjuntamente de tarefas matemáticas. Participaram 24 alunos da 3ª série do Ensino Fundamental, agrupados em quatro tríades com relação de amizade (TCRA) e quatro tríades sem relação de amizade (TSRA). A seleção para agrupá-los nas tríades ocorreu por meio de entrevista buscando conhecer o vínculo afetivo. As interações foram registradas com filmadora e gravador, transcritas e analisadas segundo o método microgenético. Os resultados mostraram que as TCRA evidenciaram uma interação verbal mais intensa, provocando maior apropriação de conhecimentos entre os participantes do que nas TSRA. Verificou-se que um contexto cooperativo ensejou maiores possibilidades do uso de uma linguagem comum, facilitando, desta forma, o entendimento, bem como a negociação em caso de discordância entre os participantes.
Este artigo, de caráter ensaístico, tem por objetivo discutir sobre o acesso ao ensino superior às pessoas com deficiências no Brasil. Discute sobre as barreiras existentes no acesso, permanência e conclusão do curso pleiteado, a proporção de menos de 0,5% de estudantes com deficiência no Ensino Superior, e sobre a cultura do capacitismo que submete as pessoas com deficiência à falsa a concepção de igualdade de oportunidades. Este artigo discute ainda a implantação do Decreto n° 9.034/17, em que o Governo Federal altera as regras do programa de cotas dos Institutos e Universidades Federais e inclui pessoas com deficiência na lista de estudantes com direito à reserva de vagas nessas instituições. Considera que, com relação à abertura das IFES é fundamental que estas organizem esforços para a garantia da acessibilidade e da permanência das pessoas com deficiência, com direito à apropriação do conhecimento universal e científico ao longo do processo de estudos. Seguindo esta compreensão, este artigo propõe que os espaços que se baseiam numa materialidade inclusiva constituem mais um instrumento contra hegemônico de luta, para a construção de ambientes favoráveis à consecução de igualdade de condições e oportunidades para acessibilidade do conhecimento historicamente produzido às pessoas com deficiência. Alerta para o fato de que será preciso compreender que, as dificuldades em relação à contradição inclusão e exclusão extrapola a questão da deficiência, pois entende que a relação direta é com o projeto societário existente.
ResumoO propósito desta pesquisa foi descrever e analisar as estratégias utilizadas por tríades de alunos com e sem relação de amizade durante a participação guiada em tarefas matemáticas. Participaram 24 alunos da 3 a série do Ensino Fundamental, agrupados em quatro tríades com relação de amizade (TCRA) e quatro tríades sem relação de amizade (TSRA). A seleção para agrupá-los ocorreu através de entrevista buscando conhecer o vínculo afetivo. As interações foram registradas com filmadora e gravador e, posteriormente transcritas e analisadas. Os resultados mostraram que as tríades utilizaram uma multiplicidade de estratégias algorítmicas (EA) que envolviam seguimento de regras e estratégias não algorítmicas (ENA), caracterizadas pela ausência de regras matemáticas explícita. As estratégias algorítmicas (EA) foram ainda divididas em Orais e Escritas. Observou-se que tanto as TCRA quanto as TSRA utilizaram como estratégia comum à contagem utilizando os dedos e escrita. A diferença analisada nas estratégias foi à utilização de ENA por cálculo mental pelas TSRA, ou seja, os alunos buscavam resolver de forma individual e não expressavam para seus parceiros as estratégias utilizadas, ensejando desta forma, que o significado atribuído ao outro e a tarefa são possibilitadores ou não de interação entre os alunos.Palavras-chave: Estratégias Matemáticas. Tríades de alunos. Participação Guiada. Afetividade.
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