Considerando as ações de informação promovidas pelo Coletivo Autista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CAUFRJ), esta pesquisa objetiva compreender como a mediação da informação realizada pelo CAUFRJ contribui para o protagonismo social das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Ensino Superior e para a conscientização da comunidade acadêmica no combate ao capacitismo. Discorre sobre o acesso dessas pessoas ao Ensino Superior, os desafios que encontram nesse ambiente e a importância da informação para a conscientização da comunidade acadêmica sobre as demandas das pessoas com TEA que ali se encontram. Esta pesquisa se caracteriza como descritiva, documental, empírica e de abordagem mista. O questionário foi adotado como técnica de coleta de dados primários. Para esta pesquisa, três questionários foram elaborados, compostos com perguntas abertas e fechadas, que tiveram como públicos-alvo a diretoria do CAUFRJ, representada pela sua atual presidente, as pessoas com TEA ou em processo diagnóstico do CAUFRJ e a comunidade acadêmica da UFRJ. Dentre os principais resultados encontrados, ressaltamos as dificuldades que existem no ambiente acadêmico, apontadas pelos participantes do CAUFRJ que responderam o questionário, como sobrecarga, carga horária puxada, comunicação com os professores, trabalhos em grupo, interação, mudanças repentinas, questões sensoriais e pressão. Segundo os resultados, esses estudantes também são impactados na comunidade acadêmica pelo capacitismo, pela falta de informação da universidade sobre a comunidade autista e pela necessidade de melhorar o diálogo com a universidade. A mediação da informação realizada pelo CAUFRJ na UFRJ é feita através de posts informativos sobre o TEA no Instagram, por meio de textos escolhidos de acordo com o interesse geral das pessoas, bem como no atendimento das pessoas que procuram o Coletivo em razão das informações que são divulgadas. Ainda de acordo com os resultados obtidos, a comunidade acadêmica da UFRJ que participou da pesquisa, reconhece o protagonismo social do Coletivo. Esta pesquisa tem como conclusão que as ações de mediação da informação realizadas pelo CAUFRJ podem contribuir para o protagonismo social das pessoas com TEA no Ensino Superior, bem como para a apropriação da informação que é capaz de promover a conscientização nos indivíduos. No entanto, para que o CAUFRJ alcance todo seu potencial, ainda precisa melhorar a representação das pessoas com TEA na UFRJ, o que pode ser dificultado pelo fato de suas demandas serem pouco ouvidas pela universidade.