RESUMO A Perspectiva Histórico-Cultural tem defendido a centralidade da imaginação para o desenvolvimento infantil e a necessidade de se entender a deficiência por uma via mais positiva, social e inclusiva. Neste trabalho teórico-argumentativo nosso objetivo foi problematizar como as atividades criadoras se desenvolvem em crianças com deficiência visual. Partindo do pressuposto de que essas crianças apresentam particularidades no modo de percepção e produção de imagens e configuram formas alternativas de organização da atividade criadora, realizou-se um levantamento bibliográfico sobre a produção científica de matriz Histórico-Cultural que envolve essas temáticas entre os anos de 2007-2017, nas bases de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, PROQUEST e B-ON (Portugal). Identificamos que os estudos sobre essas temáticas são reduzidos, mas avançam no sentido de defenderem que as situações de brincadeira, a atividade criadora e a autoria são espaços privilegiados para as crianças com deficiência visual interagirem com o ambiente, os objetos e os pares sociais.
Tendo como base a perspectiva histórico-cultural, com destaque para a obra do psicólogo russo Lev Semionovich Vigotski, o presente artigo busca ampliar a reflexão teórica sobre as questões que envolvem a imaginação e o conhecimento na escola, problematizando alguns aspectos que se apresentam enraizados em nosso sistema educacional e que têm prejudicado a emergência dos processos criadores infantis. Na análise, propomos a problematização de três fatores interconectados, a saber: 1) a tradição positivista da escola; 2) a unidade compartimentalizada dos conteúdos escolares; e 3) o disciplinamento dos corpos. Notamos que, apesar dos muitos avanços e mudanças nas discussões acerca do tema e nas práticas pedagógicas contemporâneas, ainda temos um modelo de ensino que atrofia os processos de imaginar e criar na infância, trazendo prejuízos ao longo do desenvolvimento subjetivo.
Tendo como base a perspectiva histórico-cultural, com destaque para a obra do psicólogo russo Lev Semionovich Vigotski, o presente artigo busca ampliar a reflexão teórica sobre as questões que envolvem a imaginação e o conhecimento na escola, problematizando alguns aspectos que se apresentam enraizados em nosso sistema educacional e que têm prejudicado a emergência dos processos criadores infantis. Na análise, propomos a problematização de três fatores interconectados, a saber: 1) a tradição positivista da escola; 2) a unidade compartimentalizada dos conteúdos escolares; e 3) o disciplinamento dos corpos. Notamos que, apesar dos muitos avanços e mudanças nas discussões acerca do tema e nas práticas pedagógicas contemporâneas, ainda temos um modelo de ensino que atrofia os processos de imaginar e criar na infância, trazendo prejuízos ao longo do desenvolvimento subjetivo.
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