O trabalho problematiza o papel, ainda incipiente, da sociologia de Pierre Bourdieu para compreensão dos objetos analisados no campo de Relações Internacionais bem como de seu entendimento crítico como um campo social específico. O argumento central do artigo se divide em duas partes. Primeiro, aponta para contribuições da sociologia dos campos para uma historiografia crítica da formação do campo científico das Relações Internacionais. Em segundo lugar, demonstra como os objetos do campo, os fenômenos sobre o “internacional”, podem ser apropriados pelas noções de Bourdieu. Para além de uma revisão de literatura de parte da obra de Bourdieu, realiza-se uma análise bibliográfica dos trabalhos de autores internacionalistas com o intuito de contribuir para os debates teóricos do campo.
La presente discusión se inserta en el debate acerca del estado del arte de la Economía Política Internacional (epi) en América Latina y, específicamente, de la necesidad de producirse panoramas más completos acerca del desarrollo de la subárea en Brasil. A partir de una literatura crítica frente a la producción de conocimiento en la periferia de las Relaciones Internacionales, se parte del supuesto de que entender los caminos del estudio revelan los límites y las potencialidades de la producción de conocimiento autóctono en las distintas regiones. El objetivo del trabajo es, en este contexto, presentar un estudio exploratorio de la producción académica de epi en Brasil entre los años 2000 y 2015, en especial en relación con los artículos publicados en periódicos brasileros en el periodo.
O artigo analisa o processo de desigualdades sociais do período recente do capitalismo histórico, com ênfase no acirramento da iniquidade e como ela impacta nos meios de luta dos movimentos sociais. Primeiro, apresentamos o debate teórico-metodológico sobre desigualdade, a lógica das expulsões, os novos riscos sociais e suas consequências para a democracia contemporânea. Em seguida, avaliamos como os movimentos sociais têm lutado contra a desigualdade e a retirada de direitos por meio de novas formas de articulação, manifestação e formação de movimentos antissistêmicos. Partindo do debate agência-estrutura, demonstramos como o local e o global se entrelaçam na dinâmica das desigualdades e a luta dos diferentes movimentos sociais. E, por fim, apontamos osprincipais desafios para que os movimentos recuperem sua capacidade de promover a emancipação social.
ResumoA discussão do artigo se situa dentro do debate contemporâneo sobre a categorização de potências emergentes no capitalismo global, um fenômeno cada vez mais problematizado acerca da ascensão política e expressivo crescimento econômico dos Estados em desenvolvimento do Sul Global. A despeito da preexistência de um debate dentro de correntes tradicionais de relações internacionais, o resgate e a consolidação desses esforços analíticos no início do século XXI permitiram às teorizações econômicas uma crescente influência nos esforços interpretativos sobre tal aspecto do ambiente internacional. Entende-se que as abordagens interpretativas de relações internacionais que partem da economia política internacional fornecem atributos consistentes e são adequadamente correlacionados para compreender o posicionamento de países com crescente projeção internacional. Os avanços interpretativos possibilitaram novas compreensões sobre os fenômenos, mas a tentativa de dimensionar os Estados segundo sua potencialidade de influenciar na política internacional se torna problemática em função do seu nível de integração à economia capitalista global.
Com base na análise do arquivo denominado Cartas de Amarna, que menciona um movimento de mercadorias entre o Egito e os grandes estados de seu entorno, o artigo propõe uma distinção entre os dons habituais entre reis e os dons enviados por uma razão de comércio entre excedentes produtos. O artigo destaca a correspondência com o Egito das grandes potências do período: Assíria, Babilônia, Mitani e Hatti (o reino dos hititas), bem como as cartas dos príncipes vassalos asiáticos do Faraó. Entre outras referências, utilizou-se o trabalho seminal de Mario Liverani (2003), baseado em um entrecruzamento de análise das fontes primárias ao longo de cinco séculos de relações internacionais (1600-1100 a.C.). Embora semelhante em muitos outros aspectos da civilização egípcia, o período de amarniense coloca dúvidas e evidências que permitem repensar a concepção convencional de sua história. Liverani (2003), adotando alguns conceitos da Escola Substantivista representada por Karl Polany (1957, 2000, 2012), sustenta que os países estrangeiros são provedores de bens para o Egito em diferentes formas - tais como "tributos", "regalos" e "maravilhas" ou produtos exóticos - concluindo que é um comércio administrado, em vez de uma redistribuição burocrática, assim como uma abordagem ortodoxa entendia esse processo
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