IntroduçãoN este artigo, refletimos sobre as relações entre gênero e movimen to das crianças dentro do contexto da Educação Infantil. As aná lises são feitas a partir de duas pesquisas com observações etnográficas em escolas de Educação Infantil, realizadas em 2007 e 2009. Situações semelhantes encontradas nas pesquisas, em diferentes escolas de Educação Infantil, levaramnos a problematizar a constata ção de que, em relação aos meninos, meninas, de um modo geral, mo vimentavamse menos dentro dos espaços da Educação Infantil, além de seguirem com mais frequência as regras de "bom" comportamento estabelecidas dentro das situações escolares cotidianas.Nas observações das duas instituições pesquisadas, destacamse as diferenças entre meninas e meninos nas atitudes corporais e de movi mento, o menor interesse das meninas pelas atividades nas aulas de Resumo Este artigo analisa as relações entre gênero e movimento na Educação Infantil a partir de duas pesquisas realizadas em instituições desse nível de educação em ci dades distintas do estado de São Paulo. Em ambas foram feitas observações etno gráficas e entrevistas, sendo que uma delas, realizada na cidade de Campinas, investigou como o corpo e o movimento eram tratados dentro da rotina escolar, en quanto a segunda, realizada em Vinhedo, problematizou as relações de gênero den tro de aulas de Educação Física. Analisamos aqui como as diferentes formas de intervenção de professores e professoras produziam relações e significados de gê nero distintos durante suas aulas. Concluímos que diferentes formas de intervenção podem estimular ou não a segregação de meninos e meninas nesse espaço.
Este artigo trata das relações de gênero em aulas de Educação Física na Educação Infantil. A metodologia empregada na pesquisa que o originou consistiu na realização de observações de aulas e entrevistas com um professor e uma professora que lecionam em escolas públicas de um município da Região Metropolitana de Campinas, SP, Brasil. Expectativas e incentivos docentes, quando expressas para as crianças de forma polarizada, produziram desigualdades de gênero. Intervenções menos polarizadas produziram relações de gênero menos hierarquizadas e desiguais entre as crianças, constituindo meninos e meninas como capazes de aprender e vivenciar o corpo e os gestos de forma ampla e diversificada.
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