RESUMO: O artigo lança semeadura para macieiras -imagem de reparação para uma guerra de maçãs ocorrida em uma escola pública brasileira, episódio disparador do texto, cuja referência central é a performatividade cotidiana e extracotidiana na educação e suas possibilidades hermenêuticas: leitura de si, do outro e do mundo compartilhado. A aposta feita é de ocupação dos espaços escolares como espaço convivial dos seres viventes: locais de pertença e de vitalidade, bem como fórum de conversas sobre múltiplos assuntos, incluindo a doença, a violência e a morte.Palavras-chave: Educação. Escola. Performance. Criança. Professor.
War of apples and its developments: the school as a performative landscapeABSTRACT: The article scatters seeding for apple trees, an image that refers to a war of apples that took place in a Brazilian public school. This episode is the trigger for the text, whose central reference is the daily and non-daily performativity in education and its hermeneutic possibilities: reading of one's self, of the other, and of the shared world. The text argues for the occupation of school spaces as the convivial space of living creatures: sites of belonging and vitality, as well as a forum for talks on multiple issues, including disease, violence, and death.
Este texto convida a ampliar os significados dados à categoria “teatro infanto-juvenil” por meio das lentes do “teatro para todas as idades”, bem como por meio do teatro feito com crianças. Aponta para a “arte relacional”: algo não fertilizado em curadorias, editais e concursos, talvez pela forte influência da lógica de mercado (a fatia infanto-juvenil) bem como forte enraizamento de uma noção de infância, por parte da comunidade adulta, filiada às teorias desenvolvimentistas e suas divisões da vida por fases, faixas etárias, adequações a procedimentos e comportamentos.
Resumo: Este texto, escrito a seis mãos, insiste na não-dicotomia entre corpo e mente, ação e pensamento, objetividade e subjetividade, de modo a alcançar as férteis relações adulto-criança no âmbito da ficcionalidade. Defende o exercício da docência do teatro tanto na universidade quanto na escola, na chave de uma dramaturgia encarnada: modo de escrita e de uso do texto dramatúrgico no qual a corporalidade é central. Apresentando mais perguntas do que respostas, busca por um trabalho dramatúrgico que narra, dialoga, propõe performatividade e mudança nos mundos de vida dos discentes das Licenciaturas em Teatro, bem como os mundos de vida de seus futuros alunos, crianças e jovens brasileiros.
Este artigo parte da experiência biográfica da autora junto ao grupo de teatro Ventoforte, na década de 1980, de modo a explicitar pressupostos estéticos e artístico-pedagógicos do encenador Ilo Krugli (1930-2019). A autora associa o trabalho com objetos animados e a direção de atores de Ilo com a teoria do espaço potencial de D. W. Winnicott (2019), habitando um entrelugar: dualidade entre tradição e inovação no chamado “teatro para todas as idades”.
Il y a environ cent ans, Walter Benjamin a publié un essai court sur le thème du théâtre prolétarien pour enfants. Un texte dont le langage peut étonner, s'il est lu dans une perspective contemporaine : l'avant-garde de l'époque était axée sur une pédagogie communiste ; pour éviter l'étonnement et les jugements de valeur, il faut comprendre les changements subis par les moyens de production, l'enfance et le théâtreet aussi, il faut comprendre comment le théâtre traditionnel pour enfants (dit « bourgeois » par Benjamin, dans sa réflexion) n'a pas changé. L'essai est intitulé « Programme pour un théâtre d'enfants prolétarien » et a été publié en 1928. J'ai l'intention d'analyser la pensée de Benjamin et d'Asja Lācis, amie pour laquelle il a écrit ce texte dans le but d'expliciter ou de théoriser sa pratique à elle. Afin de comprendre la richesse de la proposition, il faut se rappeler qu'à la fin du XIX e siècle les enfants prolétariens n'étaient pas seulement des fils d'ouvriers : les 2 Édition française : BENJAMIN, W. « Programme pour un théâtre d'enfants prolétarien ».
ResumoEste texto aproxima a psicologia fenomenológica ao teatro contemporâneo, discutindo as noções de espacialidade e corporalidade a partir do pensamento do filósofo Maurice Merleau-Ponty. Com base no princípio fenomenológico de que somos "seres em situação", a autora propõe que nosso corpo pode ser, ele mesmo, cenário de uma teatralidade intensamente experienciada por meio de estados, lugares e atmosferas, algo que pode nos fazer prescindir de cenografias estruturadas e dadas de antemão.Palavras-chave: teatralidade; espacialidade; corporalidade.
AbstractThis article brings together phenomenological psychology and contemporary theater through the philosopher Maurice Merleau-Ponty's concepts of spatiality and corporality. Starting from the phenomenological principle that we are "beings in situation", the author suggests that our bodies can be, in themselves, the stage of a theatricality that is intensely experienced thanks to states, places, and ambiences, thereby freeing ourselves from the need of pre-established, structured scripts.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.