Objetivo: Caracterizar os eventos adversos e fatores relacionados à perda acidental de dispositivos invasivos em um centro de terapia intensiva. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal retrospectivo. Foram utilizados dados de pacientes internados em um Centro de Tratamento Intensivo (CTI), no período de julho de 2018 a julho de 2019, que sofreram eventos adversos. Resultados: A amostra foi composta por 218 indivíduos com os quais ocorreram eventos adversos, sendo 62,8% do sexo masculino, com idade média de 59,8 anos. Esta amostra de 218 indivíduos representou, em um total de 882 pacientes internados no CTI ao longo do mesmo período de tempo, uma prevalência de 24,72%. A ocorrência de delirium esteve prevalente em 33,9% dos casos. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 10 dias em CTI e de 35 dias no setor de internação. Referente à distribuição dos eventos adversos, a maior ocorrência foi relacionada à perda acidental de sonda enteral (49,1%). Destes, 156 eventos (71,6%) foram caracterizados sem dano e 62 (28,4%) como dano leve, evoluindo para recuperação sem sequelas (99,80%). Conclusão: Salienta-se que o hospital em questão apresentou um bom indicador de qualidade no que tange os acidentes ocasionados por dispositivos invasivos. Entretanto, o aperfeiçoamento dos cuidados frente aos pacientes deve ser aprimorado constantemente, a fim de minimizar eventos adversos e fortalecer a cultura do cuidado.
Há significativa discrepância entre a demanda de pacientes que aguardam nas filas de transplantes quando comparada ao número de transplantes efetivados. Objetivo: mensurar a taxa de doações de órgãos e tecidos em pacientes com diagnóstico de morte encefálica no período de 2013 a 2017. Método: estudo transversal desenvolvido na cidade de Caxias do Sul/RS. A coleta de dados foi realizada no primeiro semestre de 2018 e os dados foram analisados descritivamente por frequências absolutas e relativas. Calculou-se o odds ratio e associações pelo teste Qui-Quadrado de Wald, considerando-se p<0,05 como significância estatística. Resultados: A taxa de doação de órgãos e tecidos foi de 48,15% em uma população de 216 pacientes, e a negativa familiar se destacou como principal motivo para a não doação (28,24%). Dentre as associações que se correlacionam com o desfecho da doação destacam-se o estado civil e AVC como causa da ME. Conclusão: Novos estudos com desenhos mais robustos em diferentes centros e com populações maiores são necessários, para que se possa avaliar de forma mais profunda as associações e desfechos. São necessarias ações de sensibilização e conscientização referentes à negativa familiar como causa para a não doação.
Há séculos, a humanidade busca a substituição dos órgãos que apresentam alguma patologia, por órgãos sadios, mas, somente em poucas décadas esse procedimento tornou-se possível, através dos transplantes de órgãos. Existe grande desarmonia entre o número de doadores, quando comparado à demanda de órgãos. Milhares de pessoas no mundo todo aguardam na fila de transplantes e esse número vem aumentando gradativamente. Isso pode estar associado à desinformação, prejudicando o desenvolvimento e, consequentemente, implicando na diminuição dos índices de captação. Objetivo: Conhecer e apontar os principais fatores associados à baixa adesão aos transplantes de órgãos no Brasil, assim como compreender o que é e do que consiste o processo de transplantes de órgãos no país. Métodos: Estudo observacional com base na revisão de literatura científica, com utilização de 10 artigos base. Resultados: Percebe-se certo grau de desconhecimento acerca do tema transplante de órgãos, o que consequentemente vem refletindo nas atitudes dos familiares e componentes das equipes de saúde que trabalham diretamente com o paciente doador. Conclusão: O estudo destaca a presença de fatores associados aos baixos índices nos procedimentos acerca dos transplantes de órgãos, como: crença e religiosidade, dúvidas e desconhecimento dos protocolos que fazem parte do processo de doação, tanto pelos membros da família quanto pela equipe médica, até a dúvida sobre a opinião do ente querido em relação ao assunto “ser ou não doador”, pois não tivera a oportunidade de deixar explícito seu desejo, antes do acontecimento que o tornara um potencial doador.
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