RESUMO A retórica acerca da necessidade de se explorar ferramentas que contribuam para o crescimento ordenado da Web pelo prisma das transformações que o avanço tecnológico tem causado na sociedade é cada vez mais substancial. Sendo assim, métodos de organização da informação são de expressiva importância para garantir não apenas a recuperação da mesma, mas igualmente promover a transposição das fronteiras culturais e geográficas de acesso à informação. Nesse cenário, ressaltam-se os Sistemas de Organização do Conhecimento (Knowledge Organization Systems) como ferramentas que englobam todos os tipos de esquemas que visam promover a gestão do conhecimento, como esquemas de classificação, cabeçalhos de assunto, tesauros, ontologias, entre outros. Em 2009, a Word Wide Web Consortium apresentou o SKOS - Simple Knowledge Organization System como um modelo que tem se destacado na padronização de recursos informacionais na Web, pois fornece uma maneira de representar os Sistemas de Organização do Conhecimento tradicionais permitindo que eles sejam legíveis por máquinas. Considerando a crescente tendência de elaboração de tesauros para utilização em ambientes digitais, destacamos o Tesauro Brasileiro de Ciência da Informação, publicado em 2014 pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, como instrumento fundamental para recuperar e acessar informações com precisão. Sem dúvidas, sua transposição para a Web representa ainda mais um avanço para a área de Biblioteconomia e Ciência da Informação. Portanto, o presente trabalho se dedica à avaliação da conversão da categoria “Informação e Conhecimento Estratégicos nas Organizações” do Tesauro Brasileiro de Ciência da Informação em um microtesauro em SKOS. Trata-se de uma pesquisa de cunho teórico e metodológico que se propõe a abordar os temas de representação, organização e disponibilização de vocabulários em ambientes digitais. Caracteriza-se, também, como pesquisa de natureza aplicada e exploratória uma vez que objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática. O presente estudo evidenciou que o SKOS se apresenta como uma opção de baixo custo, favorece maior interoperabilidade entre vocabulários a partir da integração de diferentes conjuntos de dados e tem expressiva contribuição para o aperfeiçoamento das tradicionais ferramentas de recuperação da informação.
A decolonialidade é um movimento dedicado à contínua reflexão acerca da realidade cultural, política e social latino-americana. No projeto acadêmico, ela se expressa através da constituição de linhas de pesquisas autênticas do Sul global, garantindo abertura necessária para que transgressões e insurgências possam se manifestar. A fim de melhor compreender este domínio, levantamos as contribuições que as chamadas Categorias Fundamentais de Ranganathan, ampliadas à luz das Categorias Literárias, podem ter enquanto método de raciocínio aplicado às práticas que se dedicam à identificação e sistematização do pensamento decolonial nas produções informacionais latino-americanas. Como resultado, foi elencado um conjunto de descritores que representam o pensamento decolonial para cada uma das Categorias: Personalidade, Matéria, Energia, Espaço, Tempo e Ponto de Vista. Concluímos que reconhecer e sistematizar os estudos decoloniais é uma forma de garantir-lhes visibilidade, acarretando no fortalecimento e construção de uma identidade decolonial na Ciência da Informação, sobretudo na Organização do Conhecimento.
Objetivo: identificar os conceitos que compõe as enunciações feministas decoloniais, no sentido de reconhecê-las e melhor compreendê-las dentro do contexto em que são produzidas, significadas e acionadas na proposição de políticas e condutas de vida em sociedade. A justificativa para o desenvolvimento do estudo é, inicialmente, por se reconhecer e defender o feminismo como um movimento genuíno de justiça social que tem, como prerrogativa, a defesa de todas as pessoas humanas, independentemente de seu gênero; também por buscar defender que as enunciações e ações do feminismo decolonial, alargam as fronteiras e aprofundam as questões de base da própria decolonialidade, e por fim, por propor, de modo introdutório, um quadro conceitual feminista decolonial que potencialize o reconhecimento da complexidade e das urgências evidenciadas pelo movimento e que merecem compor as agendas dos estudos informacionais, uma vez que as causas pelas quais se lutam no escopo desta plataforma, dizem respeito, antes de mais nada, a defesa dos direitos humanos. Método: o estudo segue em um percurso metodológico ancorado nas Categorias Fundamentais propostas por S. Ranganathan: Personalidade, Matéria, Energia, Espaço e Tempo (PMEST), como base de sustentação para a composição de uma apresentação introdutória dos conceitos e expressões que compõem as enunciações feministas decoloniais. Resultado: se constatou, mais uma vez, que a proposta biblioteconômica Ranganathiana viabiliza a compreensão de domínios do conhecimento para além se suas estruturas linguísticas. Conclusões: No que se refere ao feminismo decolonial foi possível reconhecer, pelas enunciações deste movimento, o quanto ele se sustenta enquanto Espaço (no sentido Ranganathiano) profícuo para um pensar e um agir social e que, por isso, tem muito a agregar a todas as Ciências incluindo, a da Informação.
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