In line with the preservation policy on ethnic and cultural diversity of Brazil, the survey of the National Palavras-chave: Patrimônio cultural; pecuária; modo de vida campeiro; relação humanos e não humanos.
Elaborado a partir das pesquisas do Mapeamento das Casas de Religião de Matrizes Africanas no Rio Grande do Sul (Módulo 2) – Pelotas, Rio Grande e Jaguarão, desenvolvidas entre os anos de 2020 e 2021, por demanda do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/RS, este artigo é fruto de trabalho de cunho qualitativo, baseado em observação participante e realização de questionários e entrevistas, que buscou esboçar uma cartografia social do campo afrorreligioso no sítio referido. As interlocuções com pais e mães de santo trazidas pelo presente estudo apresentam narrativas dessas pessoas sobre os impactos da pandemia de Covid-19, suas possíveis causas e efeitos. Temos, assim, que as casas de religiões de matriz africana trazem em seus fundamentos cosmoecológicos e religiosos premissas que, ao ressoar (Anjos, 2006) no discurso das ciências humanas a respeito das crises do capitalismo individualista e exploratório, que tão fortemente tem marcado o Antropoceno, este “tempo de catástrofes” (Stengers, 2015) – discursos tais como, por exemplo, o que traz a necessária afirmação de que “a pandemia é sintoma de uma catástrofe muito maior” (Segata, 2021) – radicalizam-no, permitindo que possamos enxergar em um dos lados da doença o seu antídoto: a retomada dos laços que compõem uma vida boa.
Este artigo, composto de texto e fotografias, foi construído a partir de pesquisa etnográfica no universo de homens, mulheres, animais, paisagem e utensílios envolvidos na pecuária extensiva realizada no pampa sul-rio-grandense. As marcações são festas anuais nas quais ocorrem a seleção de bovinos machos reprodutores e a marcação com ferro quente da insígnia do proprietário no couro de seus animais. Esses eventos são uma celebração do rebanho, da estância e de seu dono, um rito cuja expressividade se refere, principalmente, à possibilidade de atualizar as relações com aquilo que é tido como “tradição” na vida campeira e na construção da pessoa do campeiro – homem que também é chamada de gaúcho, pelas vertentes folcloristas. Palavras-chave: Etnografias do pampa. Antrozoologia. Masculinidade."Doing the job": brandings as male initiation rites of humans and non-humans in the pampa field workAbstract This article, composed of both text and photographs, was constructed based on ethnographic research on the universe of men, women, animals, landscape and tools involved in extensive cattle ranching in the pampa of southern Rio Grande do Sul. Brandings are annual festivals in which bulls (male cows) are selected for breeding and the animals have their skin branded with the owner's mark. These events are a celebration of the herd, the estate and its owner, a rite whose expressivity refers mainly to the possibility of updating relationships with what is considered a "tradition" in the pampa way of life and in the construction of the campeiro (pampas person) - a man who is also known as a gaúcho in folklore.Keywords: Ethnographies of the pampa. Anthrozoology. Masculinity.
O ensaio reúne poemas de Marília Kosby e pinturas de José Darci, que compõem a primeira edição do livro Os Baobás do fim do mundo. Realizada em parceria entre a poeta e o pintor, a obra investiga possibilidades líricas através do encontro etnográfico realizado junto a terreiras na região de Pelotas, sul do Rio Grande do Sul. Os poemas e as imagens descrevem guias, caminhos e vertentes de uma força chamada axé, cuja arte de brotar, se desdobrar e espalhar é um saber gerado, transmitido e atualizado a partir da experiência da diáspora africana.
ResumoEste estudo visa discutir o processo de criação e recepção de um livro de poemas escritos por uma antropóloga a partir de sua pesquisa junto a terreiras na região de Pelotas/RS, bem como os dilemas e motivações que envolveram tal investimento literário. Seguindo algumas premissas de Tim Ingold, o artigo que se segue problematiza noções como as de "etnografia" e "trabalho de campo", propondo uma antropologia amparada em uma perspectiva implicada no mundo, na qual a escrita não esteja separada da observação participante. Dessa forma, abre-se espaço para uma experiência antropológica mais pautada pela contemplação e o encantamento, princípios que aproximam as atitudes epistemológicas da poesia e da educação.
Palavras-chave:Etnografias afro-brasileiras. Antropologia. Educação. Poesia.
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