Tomamos como objeto de reflexão e análise encaminhamentos e resultados de uma experiência de formação continuada de professores(as) acerca do processo de alfabetização matemática na perspectiva do letramento. Buscamos no contexto extensionista de uma atividade promovida pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, apresentar e problematizar em que medida interações virtuais assíncronas no Facebook constituem-se eixo catalisador de compartilhamento de práticas profissionais em que a literatura infantil representa campo promissor ao ler, escrever e resolver problemas em Educação Matemática nos anos iniciais, particularmente em turmas de 1º ao 3º ano, sendo este o objetivo do artigo. O referencial teórico abarca discussões sobre alfabetização, letramento e alfabetização matemática na perspectiva do letramento por meio de projetos de ensino e sequências didáticas. Em termos metodológicos, validamo-nos de uma dinâmica de colaboração e interação virtual cujo o foco era que os/as docentes compartilhassem suas práticas profissionais em que a linguagem ocupou/ocupa posição de destaque no trabalho pedagógico com base na indicação de títulos de livros de histórias infantis de natureza matemática à problematização via projetos de ensino e/ou sequências didáticas. Como resultado central, podemos inferir que a adoção de ambientes virtuais de aprendizagem constituem-se fontes ricas e promissoras de compartilhamento de práticas, desde que mediadas de forma colaborativa e interativa, o que para nós ocorreu na proposta em apreciação. Além disso, frente ao trabalho docente remoto durante a pandemia, recorrer às redes sociais como recurso pedagógico possibilitou tornar o processo mais natural, dado que contribuiu para fluir positivamente o sentimento de pertença dos partícipes. Palavras-chave: Interações virtuais; Formação continuada de professores; Alfabetização matemática; Literatura Infantil.
Analisamos o potencial das redes sociais como alternativa de formação docente. Neste contexto, para nós, o Facebook é instrumento promissor de compartilhamento de práticas profissionais na perspectiva de ampliação do repertório didático-pedagógico. Para tanto, o objeto de análise descrito reflete como este espaço virtual torna-se possibilidade de trabalho remoto no campo da formação continuada de professores que ensinam Matemática. O referencial teórico mobiliza constructos que regem a ação formativa, implementada entre novembro de 2020 e janeiro de 2021, que buscou constituir um grupo de estudos virtual centrado na discussão sobre alfabetização matemática na perspectiva do letramento. A metodologia, de natureza qualitativa, evidencia as interações virtuais por meio de atividades assíncronas. A partir da discussão empreendida, a literatura infantil apareceu como uma abordagem contextualizada nas aulas de Matemática e o narrar de experiências anteriores à pandemia da COVID-19, revelaram-se indicadores de ação futura das professoras em relação aos conteúdos matemáticos.
Relatamos uma experiência de formação continuada de um grupo de professoras que ensinam Matemática no ciclo da alfabetização (1º ao 3º ano). O tema central que fomentou o debate crítico-reflexivo dos encontros decorreu do processo de alfabetização matemática na perspectiva do letramento, especialmente por meio do trabalho com sequências didáticas e/ou projetos de ensino. O referencial teórico tanto para o tratamento das questões didáticas na experiência formativa quanto para a problematização do artigo, parte da conceituação dos termos "alfabetização", "letramento" e "alfabetização matemática", bem como a relevância da apropriação destes conceitos para implementação de tarefas em sala de aula que cumpram o objetivo de contribuir com os direitos de aprendizagem matemática das crianças. O delineamento metodológico insere-se na possibilidade de constituir espaços virtuais que fomentem a problematização da prática pedagógica via estudos coletivos que toma como base momentos síncronos e assíncronos, dado o contexto atual devido a pandemia do novo coronavírus, que culminam no trabalho colaborativo e na possibilidade da videogravação como elemento de reflexão dos planejamentos das professoras. O resultado aponta indícios do potencial formativo da reflexão sobre o ensino de Matemática, pelo viés da colaboração, em ambientes virtuais de aprendizagem, os quais possibilitam a ampliação do repertório didático-pedagógico dos partícipes ao compartilharem seus saberes e práticas profissionais.
O artigo revela resultados obtidos a partir de uma pesquisa de Iniciação Científica, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), em que se objetivou entender como se estruturou uma disciplina de Matemática em um curso de Pedagogia público do estado de São Paulo durante o ensino remoto, com foco nas perspectivas docente e discente. A fim de cumprir este propósito, a bolsista se inseriu em uma disciplina com o contexto elencado e realizou análises da observação participante e de formulários on-line desenvolvidos com o formador e futuros pedagogos. Para o presente texto, optamos por discutir os dados produzidos a partir do formulário do professor da disciplina, que possibilitou entendermos as percepções sobre o ensino e aprendizagem experienciados com a disciplina de Matemática no curso de licenciatura em Pedagogia, no ensino remoto, bem como suas possibilidades e desafios. Ao olharmos para os resultados, percebemos que o docente vislumbrou caminhos que considerou inovadores, dentre eles a viabilização da participação de pesquisadores da Educação Matemática por meio de palestras e o uso de jogos digitais para exploração dos conteúdos matemáticos. No entanto, o professor também sofreu alguns obstáculos, como o impedimento da parceria com os estágios presenciais obrigatórios e o uso de materiais manipuláveis.
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