Os recursos hídricos vêm sendo degradados de forma exponencial, principalmente, em locais próximos a áreas urbanas, onde os poluentes depositados ultrapassam a capacidade de suporte dos mananciais. Esse estudo avaliou o uso do solo e a qualidade da água do Rio Crato, no sul do estado do Amazonas. A classificação do uso do solo foi realizada em 2014 e 2019, e a amostragem de água foi realizada no período seco e chuvoso em 2019. Foram realizadas análises de parâmetros físico-químicos e biológicos com intuito de aplicar o Índice de Qualidade da Água-IQA, e comparar os resultados das análises com parâmetros de qualidade estabelecidos na legislação vigente. Os resultados obtidos mostram que o avanço da área urbana sobre o corpo hídrico tem prejudicado sua qualidade, uma vez que foram observadas altas concentrações de fósforo, nitrogênio e coliformes termotolerantes no ponto de amostragem P1, que associados contribuíram negativamente para que esse local se enquadrasse com IQA “ruim”. Já os demais pontos, a dissolução e autodepuração dos poluentes contribuíram para um IQA “aceitável”. As informações levantadas podem servir de base para avaliações futuras de mudanças na qualidade da água, visto que a bacia hidrográfica é a principal área de expansão no município.
A utilização dos recursos hídricos subterrâneos cresce em função do crescimento populacional e da atividade produtiva, aumentando a demanda por água de qualidade, ao mesmo tempo em que crescem os riscos de sua contaminação. O presente estudo avaliou a vulnerabilidade à contaminação do aquífero Alter do Chão na área urbana do município de Manaus, com a aplicação do método GOD (Groundwater occurrence Overall Lithology of the unsaturated zone, Depth of the water table). O emprego do método possibilitou o mapeamento de áreas diferenciadas nas três classes de vulnerabilidade. A baixa vulnerabilidade à contaminação foi predominante (0,41%), seguida pela média vulnerabilidade (0,35%) e alta vulnerabilidade à contaminação (0,24%). A distribuição das classes de alta vulnerabilidade na área de estudo é motivo de preocupação, pelo potencial de contaminação associado o atual uso e ocupação do solo, também em função da direção do fluxo subterrâneo.
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