O Programa Bolsa Família (PBF) visa complementar a renda das famílias beneficiárias. No entanto, brasileiros beneficiados vêm aumentando o consumo de alimentos industrializados, com maior densidade energética e menor valor nutricional. Este fato demonstra que o aumento do poder aquisitivo não vem acompanhado de escolhas alimentares mais saudáveis, favorecendo modificações no estado nutricional e contribuindo para o aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade. Neste contexto, objetivou-se avaliar a repercussão do PBF no consumo alimentar, estado nutricional e nível de segurança alimentar e nutricional das famílias beneficiárias. Estudo de revisão integrativa da literatura realizado por meio da busca de artigos científicos nas bases de dados SciELO, Medline e LILACS. Foram selecionados 13 estudos publicados nos últimos dez anos, incluídos apenas estudos do tipo observacionais e excluídos aqueles baseados em dados secundários, artigos de revisão e estudos que não estabeleceram associação entre o Programa Bolsa Família e a segurança alimentar e nutricional. Os dados foram analisados por temas, agrupando-se as informações semelhantes em uma mesma categoria, sendo: consumo alimentar, estado nutricional e segurança alimentar e nutricional. Os resultados revelaram que após a inclusão das famílias no programa, o consumo alimentar dos beneficiários aumentou de forma quantitativa, observando-se maior frequência no consumo de alimentos ultraprocessados, o que justifica a prevalência de excesso de peso encontrada nesta população. O recurso repassado promoveu melhora no acesso aos alimentos, mas não na qualidade nutricional, evidenciando-se ainda níveis de insegurança alimentar elevados. Assim, conclui-se que o Programa Bolsa Família repercutiu positivamente apenas para o aumento do consumo alimentar, diminuindo a fome, porém as proporções de Insegurança Alimentar continuam elevadas e o estado nutricional inadequado, devido às escolhas alimentares.
Objetivou-se analisar a intersetorialidade nas ações de promoção de saúde escolar e a percepção dos profissionais da saúde e educação sobre o Programa Saúde na Escola (PSE). Trata-se de um estudo de revisão integrativa. A coleta dos dados foi realizada entre agosto a setembro de 2020, consultando as bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Virtual em Sáude (BVS). Incluiu-se estudos publicados em português e inglês, realizados no Brasil e indexados nos referidos bancos de dados no período de 2010 a 2020. A análise do material foi agrupada em três categorias de núcleos temáticos: ações do PSE, percepção dos profissionais da saúde e da educação envolvidos no PSE e intersetorialidade no PSE. Constatou-se que existe uma dificuldade entre os setores da saúde e educação quanto a intersetorialidade e desenvolvimento de ações pontuais em relação as atividades preconizadas pelo programa. Ainda, foi observado que a maior parte destas ações são desenvolvidas pelo setor da saúde. As práticas intersetoriais nas ações do PSE ainda são um desafio, mas é possível desenvolver nas práticas de promoção e prevenção à saúde, evidenciando a necessidade de articulação entre os diversos setores que atuam no PSE.
Objetivo: Investigar a percepção da qualidade de vida de gestantes e puérperas e sua relação com dados sociodemográficos e nutricionais. Métodos: Estudo descritivo e transversal, de abordagem quantitativa, realizado em uma Estratégia de Saúde da Família do município de Lajeado, Rio Grande do Sul, no período de junho a setembro de 2019, com 57 gestantes e puérperas, submetidas a um questionário estruturado contendo dados sociodemográficos e clínicos e ao questionário WHOQOL-BREF. Avaliou-se o estado nutricional pré-gestacional e o ganho de peso para a idade gestacional, sendo os resultados considerados significativos a um nível de significância de 5% (p≤0,05). Resultados: 41 gestantes e puérperas consideraram sua qualidade de vida “boa” (72%), 43 estavam “satisfeitas” ou “muito satisfeitas” com a sua saúde (75,4%) e 32 apresentavam-se eutróficas (56,1%). Verificou-se correlação inversa da avaliação da qualidade de vida com a idade (p≤0,01) e o índice de massa corporal pré-gestacional esteve inversamente relacionado com a satisfação com a saúde (p≤0,01) das gestantes e puérperas. As mulheres eutróficas apresentaram-se significativamente associadas à percepção de “muito satisfeita” em relação a sua saúde e aquelas com sobrepeso, à percepção de “insatisfeita” com a sua saúde (p≤0,01). Conclusão: A avaliação da percepção da qualidade de vida associou-se inversamente à idade, assim como a percepção da satisfação com a saúde associou-se inversamente ao índice de massa corporal pré gestacional das gestantes e puérperas investigadas.
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