OBJETIVO: identificar e discutir alguns dos principais riscos associados ao uso de agrotóxicos na produção de soja do estado de Mato Grosso. MÉTODO: estudo exploratório descritivo, de caráter preliminar, realizado entre 2008 e 2009 e baseado em triangulação metodológica que incluiu: análise de banco de dados agrícola; análise de indicadores biológicos da exposição a agrotóxicos; e análise da contaminação de água de chuva por esses agentes químicos. RESULTADOS: a análise dos dados de consumo mostra um elevado e crescente uso de agrotóxicos, em particular o do herbicida glifosato. A análise da água de chuva mostrou presença de resíduos de diferentes agrotóxicos, ampliando o risco para além do ambiente de trabalho. Essa exposição ambiental foi detectada pela análise de indicadores biológicos de exposição a agrotóxicos junto a trabalhadores e moradores de áreas próximas às zonas de plantio. CONCLUSÃO: os dados do estudo apontam para a necessidade de um monitoramento ambiental e de saúde permanente em áreas produtoras de soja como parte das estratégias de vigilância em saúde do trabalhador e ambiental.
A interface da saúde pública com a saúde dos oceanos: produção de doenças, impactos socioeconômicos e relações benéficasThe interface of public healthcare with the health of the oceans: proliferation of disease, socio-economic impacts and beneficial relationships
Risk perceptions and work practices are strongly influenced by local cultural patterns and, therefore, must be taken into account when developing effective intervention strategies, including risk communication initiatives.
Resumo Objetivo: identificar e analisar os principais desafios e oportunidades relacionados à formação de trabalhadores e profissionais da saúde, no que tange a perspectiva de incorporação das ações de saúde do trabalhador no âmbito da Atenção Básica. Métodos: estudo exploratório-descritivo, baseado na revisão de artigos e documentos de acesso público que subsidiaram a construção de matrizes SWOT (do inglês strengths, weaknesses, opportunities e threats) para as interfaces entre os campos da Saúde do Trabalhador, Atenção Básica e Gestão de Serviços e Programas de Saúde. Resultados: a análise dos dados evidenciou desafios e oportunidades para a formação de trabalhadores em quatro áreas de interface dos referidos campos, cada qual com demandas específicas, desde a formação acadêmica (ênfase nos mestrados acadêmicos e doutorados) até a formação em serviços (ênfase nas residências multiprofissionais e mestrados profissionais). Discussão: a partir da análise dos campos de interface evidenciados, espera-se contribuir para o desenvolvimento de programas que considerem a centralidade dos determinantes sociais e ambientais das relações saúde-trabalho e que contemple a diversidade de modalidades formativas adequadas para o fortalecimento das estratégias de intervenção em Saúde do Trabalhador no SUS.
O presente artigo apresenta e discute alguns aspectos relacionados com a comunicação(em saúde e de riscos) sobre agrotóxicos no meio rural brasileiro, dando ênfaseno papel central que as informações contidas em rótulos e bulas de agrotóxicos têmnesse processo de comunicação. A partir de u ma discussão sobre a f ragilidade daassistência técnica e da educação no meio rural brasileiro, aponta para os principaisdesafio s relacionados com a comunicação sobre agrotóxicos no país, tais como: oteor técnico das informações sobre agrotóxicos; a delegação, ao usuário, da responsabilidadesobre os efeitos negativos daqueles agentes químicos na saúde humana(sua e de terceiros) e o ambiente; e o fato da grande maioria das informações disponíveissobre saúde e segurança em relação a agrotóxicos serem fornecidas pela indústriae o comércio. Como consequência, observa-se a construção de autoimagemnegativa, por parte dos trabalhadores rurais que, ao não conseguirem produzir sentidosa partir da informação técnica a eles disponibilizada, tendem a acreditar que édeles mesmo a culpa por tal situação se dar, e não da elaboração inadequada de umaação comunicativa. Sabe-se que a rotulagem adequada de agrotóxicos não irá compensaras deficiências do processo de comunicação de risco e em saúde, relacionadaao uso desses agentes químicos nos processos de produção agrícola. Mas, seguramente,irá servir como fonte de informação mais clara e concisa àqueles indivíduos egrupos que não dispõem de uma assistência adequada para o manejo desses produtos,dando-lhe(s), pelo menos, condições mí nimas de r esg uardar a sua saúde, asaúde de terceiros e o ambiente.
Divulgação Científica (DC) é um método de difusão do conhecimento científico-acadêmico cujo objetivo é democratizar o acesso à informação e estimular o desenvolvimento de senso crítico, atingindo diferentes públicos. A utilização de práticas lúdico-educativas como método de divulgação faz-se necessária para um aprendizado mais dinâmico e com maior desenvolvimento cognitivo. Reforça ainda as instituições de ensino como importantes promotoras de ações educativas, especialmente em saúde. Sabendo que os adolescentes estão entre os grupos mais vulneráveis e possuem defasagem de conhecimento básico quanto às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), a adoção de intervenções mais efetivas acerca do tema é crucial. Assim, com esse trabalho, objetiva-se propor estratégias de DC em espaços escolares através de atividades lúdico-educativas sobre IST como ferramenta pedagógica e promotora da saúde. Esta proposta de divulgação científica é composta por estratégias de ensino, diferentes do modelo expositivo tradicional, tais como a promoção de conhecimento por meio de informações básicas e preventivas sobre essas infecções e seus impactos na saúde; ações interativas através de jogos de perguntas e respostas intitulados “Jogo de Tabuleiro Humano”, “Quiz Torta na Cara” e “Ida ao Posto de Saúde”; e divulgação das unidades locais de Atenção Primária à Saúde. Essas atividades lúdicas são relevantes por estimularem a participação e trabalho em equipe dos estudantes envolvidos, além de favorecerem ao processo de ensino-aprendizagem mais atrativo e criativo, questões fundamentais para a prática de ações promotoras da saúde no ambiente escolar.
A Plataforma virtual CHA para educadores é uma tecnologia social de apoio aos educadores na ampliação de Conhecimentos e desenvolvimento de Habilidades e Atitudes em saúde para o enfrentamento das mudanças sociais e educacionais devido a COVID-19. O presente artigo apresenta análises quali-quantitativas de uma amostra da população de educadores da educação básica do Brasil, consultados pelo projeto para validação do mesmo. O estudo piloto foi realizado por meio de um questionário eletrônico distribuído nas mídias sociais por um mês para professores ativos da educação básica. Desses, 83 responderam a todo questionário, 75% são mulheres com média de idade de 41,3 anos com mais de 15 anos de magistério; 59% pertencem ao grupo de risco e atuam no ensino público; 52,6% estavam em luto e 43% têm dificuldade com as mídias digitais. Educadores (85%) relataram estar estressados e com medo. A maioria indicou trabalhar mais de 12 horas/dia (75%), mas identificaram que a presença dos alunos nas aulas remotas foi baixa. A análise de conteúdo dos discursos escritos no questionário diagnóstico revelou duas categorias, Saúde do Docente e Ensino-aprendizagem e 14 subcategorias (07 para cada) relacionadas aos impactos da pandemia na saúde do educador influenciando diretamente a sua práxis e a qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Os resultados demonstraram a necessidade de um espaço de cuidado com a saúde do professor e de qualificação e troca profissional entre eles para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem em tempos de pandemia COVID-19
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