Resumo Esta pesquisa adaptou e analisou as evidências de validade da versão simplificada do Deliberate Self-Harm Inventory (DSHI-s) para o português. Participaram 160 estudantes do ensino médio. Aplicou-se um questionário sociodemográfico, o Questionário de Impulso, Autodano e Ideação Suicida na Adolescência (QIAIS-A) e a versão traduzida do DSHI-s (nomeado como Inventário de Autolesão Deliberada - reduzido - IAD-r). A análise dos dados foi conduzida por meio dos softwares SPSS e Factor. O resultado da análise fatorial exploratória indicou uma estrutura final para o IAD-r composta por 15 itens distribuídos em um fator e a escala apresentou boa consistência interna (alfa de Cronbach=0,95; ômega de McDonald=0,95). Constataram-se, também, evidências de validade convergente do IAD-r com o QIAIS-A (índice de correlação=0,775; p<0,001). Portanto, os presentes achados demonstraram evidências de validade do IAD-r, pois foram obtidas características psicométricas satisfatórias para mensuração de comportamentos autolesivos em adolescentes.
Resumo Esta pesquisa teve como objetivo verificar a relação entre eventos traumáticos (ET) na infância e a ocorrência de comportamentos autolesivos em adolescentes. Os instrumentos utilizados foram o Questionário sobre Traumas na Infância (QUESI) e o Inventário de Autolesão Deliberada - reduzido (IAD-r). Participaram 494 estudantes do ensino médio de ambos os sexos e idade entre 15 e 18 anos (M = 16,4). Destes, 58,5% afirmaram ter sofrido abuso emocional de forma recorrente e 19,0% e 59,5% assumiram já ter sofrido abuso sexual e físico, respectivamente. Quanto à prática de autolesão, 65,0% revelaram já ter se engajado em comportamentos autolesivos. De acordo com a análise de Regressão Logística Binomial, todos os tipos de ET exibiram associação significativa com a prática de comportamentos autolesivos. A análise de moderação a respeito da interação entre a ocorrência de ET infantis e a prática de autolesão revelou ausência de moderação pelo sexo e pela idade. Porém, quanto ao abuso físico, o efeito de moderação da idade apresentou significância estatística limítrofe e indicou que os adolescentes mais novos, de 15 e 16 anos, que sofreram este tipo de abuso na infância, foram mais susceptíveis à prática autolesiva. Portanto, as altas taxas de ET e de autolesão encontradas nesta pesquisa revelam a gravidade do problema. Espera-se que esta investigação possa contribuir para a elaboração de intervenções para prevenção e controle dos fatores de risco que acometem a população infanto-juvenil.
Esta pesquisa objetivou realizar o rastreamento de sintomatologia depressiva em Aracaju (Sergipe, Brasil) e estimar as chances para depressão a partir e características do perfil amostral. Os instrumentos utilizados foram um questionário sociodemográfico e clínico, além do Inventário de Depressão de Beck, segunda edição (BDI-II). A amostra foi composta por 693 indivíduos, por meio de coleta domiciliar. Além das análises descritivas, conduziram-se análises de regressão logística binomial e multinomial, tendo como variáveis dependentes a presença de sintomatologia depressiva e os respectivos níveis de severidade. As variáveis explicativas foram aquelas relativas ao perfil sociodemográfico e clínico. Constatou-se que mais de um terço dos participantes revelaram presença significativa de sintomatologia depressiva. Região geográfica, sexo, doença crônica, grupo etário e IMC afetaram a chance de pertencer ao grupo com diagnóstico de rastreamento positivo. Já as variáveis escolaridade, ocupação laboral, doença crônica e IMC impactaram de modo diferenciado na severidade dos sintomas. Conclui-se que o rastreamento de depressão é fundamental no atendimento preventivo em saúde mental, especialmente para a minimização do subdiagnóstico e demora no início do tratamento psicológico e psiquiátrico apropriados.
This study aimed to detect the prevalence of symptoms of depression in a representative household population sample from Aracaju (Sergipe, Brazil), as well as estimating the chances of positive diagnostic screening of depression, based on socio-demographic and general health profiles. The sample was composed of 690 participants. The Beck Depression Inventory (BDI) and questionnaires about socio-demographic and health-related data were used. Almost 35% of participants had positive screening diagnosis of depression. The Logistic Regression showed that those people who perceived themselves as sick, non-religious, lacked a college degree, smokers or who were obese, smokers composed the profile of individuals with a greater chance to be in the BDI positive group. These findings are important due to the lack of similar studies in Brazilian Northeast region.
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