ResumoObjetivo: apresentar as concepções de sindicalistas a respeito da relação entre trabalho e adoecimento mental, bem como algumas de suas ações, que possam indicar rumos para abordagens do movimento sindical que favoreçam o enfrentamento do adoecimento mental relacionado ao trabalho. Método: foram realizadas entrevistas reflexivas em profundidade com cinco representantes sindicais de diferentes categorias profissionais, do estado de São Paulo, que possuem um histórico de comprometimento com a saúde dos trabalhadores. Resultados: a concepção predominante entre os sindicalistas entrevistados é de que as causas dos adoecimentos do trabalhador são de caráter multifatorial. Assim, esses líderes sindicais reconhecem a organização do trabalho, os processos produtivos, as relações trabalhistas e as condições físicas do ambiente de trabalho como alguns dos fatores que podem gerar sofrimentos ou adoecimentos psíquicos nos trabalhadores. Discussão: os participantes indicam, como possíveis estratégias de enfrentamento do adoecimento mental provocado pelo trabalho, a união dos trabalhadores e dos sindicatos, o restabelecimento de laços de solidariedade, maior investimento do Estado e conscientização de toda a sociedade a respeito da relação entre a saúde mental e o trabalho. Palavras-chave: saúde mental; trabalho; sindicatos.
Resumo Objetivo: apresentar e discutir uma proposta de intervenção grupal com trabalhadores de uma indústria automobilística que apresentavam intenso sofrimento psíquico. Métodos: intervenção com métodos participativos, abrangendo 14 trabalhadores de uma mesma empresa, com queixas de adoecimento físico e mental relacionado ao trabalho. Os participantes compartilharam suas vivências cotidianas relacionadas ao trabalho em um grupo de reflexão, aberto e construído coletivamente, realizado no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Campinas (SP), ao longo de 11 encontros, durante seis meses. Para estimular a discussão acerca das experiências cotidianas relacionadas ao trabalho e seus impactos sobre a vida e a saúde dos trabalhadores, utilizaram-se estratégias metodológicas como rodas de conversa, dinâmicas e materialidades mediadoras, como filmes, textos e imagens. Resultados: as intervenções no grupo de reflexão geraram discussões sobre temas como trabalho no capitalismo, culpabilização dos trabalhadores pelo adoecimento, suas histórias e seus novos projetos de vida, e a importância da união e da solidariedade entre eles. Conclusão: o grupo auxiliou no desenvolvimento de reflexões críticas pelos trabalhadores, fazendo-os se sentir menos culpados, mais fortalecidos, unidos, solidários entre si e mais ativos na busca por transformação das condições e da organização do trabalho.
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