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Objetivo: Revisar e analisar a relação da anticoncepção hormonal como fator de risco cardiovascular. Revisão bibliográfica: Na tentativa de reduzir os efeitos colaterais do uso de anticoncepcionais hormonais, foram criadas novas formulações com alterações da dose do estrógeno e formulações baseadas em progesterona. O uso de anticoncepcionais combinados aumenta o risco tanto de tromboses venosas quanto arteriais. Há evidências de alterações pressóricas associadas ao uso de anticoncepcionais orais combinados (ACOs). Nota-se uma íntima relação entre a ingesta de pílulas contraceptivas e a alteração das taxas lipídicas corporais, o que, de forma indireta, potencializa o risco cardiovascular. O uso de contraceptivos orais está relacionado a tromboses arteriais que, por sua vez, podem cursar com infarto agudo do miocárdio (IAM). O risco geral de trombose arterial é 1,6x maior em mulheres que fazem uso de contraceptivos orais. Considerações finais: O uso do estrogênio exógeno contido nos ACOs, principalmente em altas doses, é um fator preponderante para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. É crucial que ocorra a conscientização acerca da automedicação potencialmente perigosa no uso dos anticoncepcionais hormonais e que os profissionais de saúde prescrevam esse método contraceptivo de forma individualizada, visando evitar desfechos desfavoráveis.
A cloroquina (CQ) e a hidroxicloroquina (HCQ), devido a seus efeitos benéficos, têm sido amplamente utilizados em diversos cenários de terapêutica médica. No entanto, deve-se levar em consideração os importantes efeitos adversos associados à essas drogas, sendo o mais temido o potencial dano oftalmológico, especificamente ao nível da retina. Inicialmente, a CQ foi desenvolvida para o tratamento da malária falciparum, no entanto, no cenário atual é amplamente utilizada em diversas áreas médicas. O risco de toxicidade dessa droga depende da dose diária e da duração do uso, sendo que suas reações adversas podem atingir o trato gastrointestinal, sistema hematológico, neurológico, neuromuscular, dermatológico e cardiológico, sendo, no entanto, os feitos oculares os mais preocupantes, sendo a característica clínica mais conhecida da retinopatia por HCQ a maculopatia bilateral em olho de boi. A fim de minimizar seus efeitos adversos, é preciso que seja feita uma triagem dos pacientes antes do início da terapia com HCQ ou CQ, onde deve ser realizado um exame inicial para avaliar quaisquer condições oculares complicadas, o grau de risco e estabelecer um registro da aparência do fundo e campo visual. Até o momento, nenhuma terapia medicamentosa testada apresentou-se eficaz na prevenção ou no tratamento da retinopatia induzida por HCQ ou CQ. É imprescindível a importância de um acompanhamento dos pacientes em uso dessas medicações. Apesar do risco relativamente baixo esses danos podem ser irreversíveis, mas quando detectados precocemente, maiores serão as chances de que se tenha a preservação da capacidade visual ao suspender o tratamento.
Introdução: A Covid-19 pode provocar um quadro respiratório agudo e sua sintomatologia varia de leve a crítica, culminando, às vezes, com a morte. Em relação às gestantes, existem poucas informações que são relatadas em uma pequena série de casos na China, onde a pandemia iniciou. Normalmente, as grávidas manifestam sintomas leves da doença e não há evidência de transmissão vertical. A gestante com Covid-19 confirmado deve receber assistência especializada, incluindo atendimento obstétrico e perinatal, com condições de segurança e isolamento. Objetivo: Expor o caso clínico e o desfecho de uma paciente jovem, portadora de cardiopatia prévia de etiologia desconhecida, gestante de 34 semanas, a qual testou positivo para a Covid-19. Material e Métodos: Revisão de prontuário e exames realizados durante a internação. Resultados: A.E.S.F., 32 anos, procurou a maternidade do Hospital dos Plantadores de Cana no dia 08 de julho de 2020 queixando-se de tosse e febre de 38°C há 3 dias e dispneia há 1 dia. Questionada sobre outros sintomas, relatou mialgia e coriza iniciados há sete dias. Negou alergias e apresentou ecocardiograma do dia 12 de março de 2020, o qual mostra: função de ventrículo esquerdo normal, aumento de átrio esquerdo, valva mitral com regurgitação moderada a grave, insuficiência tricúspide leve com pressão sistólica da artéria pulmonar de 35 mmHg, veia cava inferior hiperdistendida. Ao exame, estava pouco dispneica, saturando 94% em ar ambiente. As auscultas pulmonar e cardíaca, respectivamente, possuíam murmúrio vesicular universalmente abolido sem ruídos adventícios, e bulhas hipofonéticas com sopro sistólico em foco mitral de intensidade 2+/6+, sem mais alterações. Foram solicitados exames laboratoriais, nos quais vieram alterados: leucócitos 9.000, polymerase chain reaction (PCR) 119, plaquetas 138.000 e lactato desidrogenase (LDH) 655. Também foi realizado um teste rápido de pesquisa de anticorpos para SARS-CoV-2, o qual foi negativo. Após um dia de internação no isolamento, a paciente evoluiu com dessaturação mesmo em uso de cateter de oxigênio (O2), sendo indicada transferência para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI). No segundo dia de internação no CTI, foi colhido swab de orofaringe para pesquisa por meio do reverse-transcriptase polymerase chain reaction (RT-PCR), o qual se obteve resultado em 15 de julho de 2020 e foi detectável. No mesmo dia, a paciente evoluiu com síndrome respiratória aguda, sendo indicada intubação orotraqueal e cesariana de emergência, a qual ocorreu sem intercorrências e extraiu feto vivo. Nos dias subsequentes, evoluiu com oscilação da saturação de O2 mesmo em ventilação à pressão controlada, vindo a óbito em 13 de julho de 2020 por parada cardiorrespiratória não responsiva à reanimação. Conclusão: Com isso, concluímos que a pandemia do vírus atingiu de forma grave a saúde mundial, sendo considerada altamente contagiosa. Em grupos específicos como gestantes, requer uma equipe de saúde multidisciplinar, com cuidados adequados direcionados também para o feto e profissionais envolvidos no atendimento e no parto.
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