Este trabalho apresenta imagens disparadas por modos de olhar e habitar a cidade de São Paulo, Brasil, desenvolvidos a partir da experiência do Projeto Encontrar-te entre os anos de 2005 e 2014. O projeto realizava saídas na cidade com um grupo formado a partir de uma composição heterogênea. A circulação por lugares da arte e da cultura em uma prática conectada com a invenção de formas de vida, de estar com o outro e de habitar a cidade compôs artifícios que favoreceram expressões poéticas, criativas e sensíveis; e a inauguração de gestos singulares.
Resumo O presente artigo trata do diário invertido, uma ação pedagógica feita junto aos alunos do 3º ano de graduação de uma universidade pública. A iniciativa dos professores de enviar diários de campo aos estudantes visava horizontalizar, intensificar e qualificar a comunicação entre ambos. A proposta foi desenvolvida em uma disciplina prática com mulheres em situações de vulnerabilidade em Santos e, considerada como variação pedagógica, discutiu sobre uma prática de ensino-aprendizagem que pudesse promover relações de confiança, respeito e composição no contexto da universidade. Dar linha a um tempo melhor cadenciado alçou a qualidade dos encontros a novos ares, reconciliando a confiança e o cuidado como sentidos primevos da relação pedagógica.
O texto que se segue apresenta o Grupo de Estudo e Pesquisa das Poéticas e Políticas do Sensível (GEPPPS)8, do Programa Interunidades de PósGraduação em Estética e História da Arte (PGEHA), e um breve relato sobre o I Seminário Internacional de Pesquisa: Experiências Poéticas e Políticas do Sensível, organizado por esse grupo em parceria com o Laboratório de Estudos e Pesquisa Arte, Corpo e Terapia Ocupacional, ambos da Universidade de São Paulo, realizado em 31 de agosto de 2015, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
Apresentamos aqui as Cartas da Pandemia, proposição do Grupo de Experimentações Poéticas e Políticas do Sensível (GEPPS) que, desde março de 2020, mantém um espaço de trocas e expressão em seu site, acompanhado de um convite para receber e publicar colaborações anônimas criadas sob o mote da pandemia de Covid-19. O objetivo, agora, é produzir uma dobra naquela proposição olhando algumas questões disparadas pelo gesto colaborativo original, de acordo com seus aspectos estéticos, políticos, clínicos e sociais, entre outros, e organizando-as em formato de verbetes. Tal exercício busca provocar reflexões, tensionar perspectivas e incitar outras leituras possíveis por meio das contribuições recebidas.
This dissertation is an attempt to accompany Fernand Deligny's path and practices, particularly the most long-lasting experiment in Cévennes, which involves creating places where to live with autistic children with adults' participation. The experiment put into operation the network principle and supported other ways of living together based on sensitive observations and by setting aesthetical experimentations-maps, movies, activities and writing-which enabled ways to resist the hegemonic practices of social normalization. Deligny lived a singular life, wandering, building up a restless and resilient movement in a path of intensities and militancy. Among the themes that permeate his productions there are issues such as freedom, otherness, sharing a common place, relations with other people and absence of language as resistance against symbolic taming. Studying his experience has contributed to make thinking denser and to create tools able to set ethical, aesthetical and political openings in the contemporary life, to mobilize the sensibility and clinical actions currently taken. Multiple resonances of this experience articulate with the contemporary philosophical thinking and deepen notions such as ethics, aesthetics, common, desubjectivation, affection system, among other concepts which after studied, articulated and analyzed have unfolded in the proposition of "a clinic to come".
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