Partindo dos princípios da teoria da complexidade humana, buscamos tecer neste trabalho reflexões sobre as características cosmológicas e culturais que constituem o ser humano e a possibilidade de aliá-las ao ensino formal escolar, objetivando um ensino completo para a vida. Acreditamos na necessidade da instituição escolar em utilizar os conteúdos midiáticos como fontes de apoio a esse processo, pois os mesmos falam ao íntimo humano e possuem a empatia e familiaridade necessária para tocar os jovens aprendizes. Utilizamos os pressupostos teóricos desenvolvidos por Edgar Morin; Borys Cyrulnik e Orozco Gomes para compreendermos o desenvolvimento da condição humana no sujeito, e as proximidades e disparidades possíveis entre a mídia e a escola nesse processo. As pesquisas acadêmicas “A televisão na escola” e “Sobre imagens, pensamento e educação: narrativa de uma caminhada ao encontro do sujeito imaginador na escola” embasam nossas reflexões e apontam para a necessidade da integração entre os conteúdos pedagógicos e os conteúdos midiáticos e envolver o aprendizado para o humano. Defendemos que ensinar para o humano compreende incluir todas as variáveis que compõe esse ser, que o singularizam diante das outras espécies de seres vivos e conscienciais. Ensinar para o humano significa refletir sobre seus processos e dilemas interiores aliados às pulsões externas que emanam da sociedade.
O presente trabalho objetiva investigar a utilização de elementos do imaginário infantil como ferramentas de persuasão publicitária. Desse modo, foi utilizada, como objeto de análise, a publicidade televisiva infantil da marca Frisco, que apresenta os palhaços Patati e Patatá como protagonistas, considerando que a publicidade, ao se apropriar de personagens sedimentados no imaginário, consegue construir um apelo afetivo e lúdico, que passa a introduzir a criança e a família numa verdadeira cadeia simbólica.
O presente trabalho propõe a analise da relação fã/ídolo a partir da Antropologia das Emoções. Para tanto, propomos entender a sua constituição, que perpassa um emaranhado de emoções que permeiam não só os aspectos psicobiológicos, mas também a vida social e os processos de subjetivação. Utilizamos da pesquisa bibliográfica como método procedimental, em que adotamos como aporte teórico diversos estudiosos que contribuíram para o entendimento das emoções como fenômenos sociais, como os estudos de Mauss (1979), Benedict (1972), Mead (1989) e Freud (1976) etc, em cujas pesquisas suscita-se o caráter estruturado das emoções, como "obrigações" morais, como comportamento simbólico e, por conseguinte, como elementos ligados à cultura e à vida social. Através desta pesquisa, propomos ainda a reflexão sobre o desejo de fusão dos fãs, que se dá tanto pela carisma/adoração como pelo amor romântico, duas formas de sentimento e emoções extremamente conflituosas, visto a impossibilidade de reciprocidade e a própria natureza da fama.
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