Resumo Neste artigo postula-se a existência de uma dimensão biológica do conceito de pulsão na obra de Freud, relacionada com o enigmático da gênese e do desenvolvimento do aparato psíquico. Considerando que no pensamento freudiano existe uma tensão entre duas modalidades discursivas, a primeira relacionada com os desenvolvimentos da hipótese estrutural sobre o inconsciente, e a segunda que funciona como centro gravitacional de teorizações provenientes da fisiologia e da biologia, estabelece-se determinadas linhas de força que atravessam o pensamento freudiano, designadas como variantes evolucionistas e decompostas em variantes evolucionistas-ontogenéticas-derivativas, evolucionistasfilogenéticas-instintuais e evolucionistas-ontogenéticas constitutivas. Ao final do artigo, conjectura-se que com a expansão da psicanálise talvez seja possível traduzir numa linguagem metapsicológica os aspectos fronteiriços da reflexão freudiana.
Resumo Pretende-se, neste artigo, analisar as relações entre o traumatismo e a sublimação a partir da análise da produção testemunhal, literária, poética e autobiográfica de Primo Levi. Partindo da distinção, proposta por Freud, acerca dos efeitos positivos e negativos do traumatismo, demonstra-se, através do estudo da obra de Primo Levi, incluindo suas entrevistas, que é possível sublimar, a partir das experiências traumáticas, articulando, assim, traumatismo e sublimação. Entretanto, admite-se que o alcance da sublimação de Primo Levi no decorrer das décadas tenha sido insuficiente, sublinhando um hiato que marca o retorno do real traumático. O trabalho finaliza com alguns questionamentos acerca do lugar da Psicanálise na leitura de fenômenos humanos que transbordam a capacidade humana de significância.
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